Marcas pagaram milhões pelo direito de serem patrocinadoras olímpicas por 4 anos
OCOI (Comitê Olímpico Internacional) é o 1º medalhista dos Jogos de Tóquio 2020. Leva ouro em determinação, prata em perseverança e bronze em empenho. O maior show da Terra atrasou 1 ano, mas vai ser realizado com pandemia e tudo. A cerimônia de abertura será transmitida ao vivo para o Brasil às 8h de 23 de julho.
Ainda é cedo para dizer que o público, ausente das arquibancadas e distante na TV, assume o papel de grande derrotado. A magia olímpica e a atenção de todo o planeta devem produzir energia suficiente para que todos se encantem pela 2ª edição japonesa dos Jogos. A 1ª foi em 1964.
COI e público são cúmplices nesse evento. O 1º grupo, dos cartolas olímpicos, não deixará o 2º, todos nós, de emoções vazias. Novas estrelas e novos heróis surgirão em Tóquio para nos inspirar por mais um ciclo olímpico.
A paixão do público pelo esporte garante a força do COI na hora de cobrar patrocínio e direitos de transmissão. 14 marcas pagaram de US$ 100 milhões a US$ 300 milhões pelo direito de ser patrocinador olímpico por 4 anos. São elas: Alibaba, Atos, Airbnb, Bridgestone, Coca-Cola, Dow, G&E, Intel, Omega, Panasonic, Samsung Toyota e Visa. A Coca-Cola é o mais antigo patrocinador Olímpico, está nessa desde 1984.
Além dos US$ 2 bilhões de patrocínio que o COI recebe, a conta de Tóquio inclui US$ 3,3 bi de 70 marcas locais. O resto sai dos direitos de transmissão e do governo japonês.
A conta da TV é gigantesca. Pode-se ter uma ideia pelos valores acertados com a rede NBC. Os norte-americanos pagaram US$ 4,38 bilhões pelos direitos de transmitir os jogos de 2014 a 2021. US$ 1,1 bilhão vai para Tóquio. Pelo ciclo de 2022 a 2032 a NBC vai desembolsar US$ 7,75 bi (US$ 1,25 bi por cada edição dos jogos de inverno e verão). São os maiores contratos da história.
É por isso que o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, 67 anos, merece a admiração de CEOs do mundo inteiro. Reformulou o Business Olímpico em seu 1º mandato e ainda vendeu todos os seus eventos até 2032.
Nos planos do COI e da NBC para Tóquio já ficam evidentes alguns dos segredos desse sucesso. Na busca pelo público jovem, o Comitê Olímpico de Bach fez questão de incluir novos esportes como surfe e skate. “Enquanto os jovens estão nas praias e andando de skate não podemos seguir pensando em pentatlo moderno”, disse ele na época das mudanças, quando a 127ª Sessão da Instituição aprovou, em Mônaco, por unanimidade, as 40 recomendações da famosa agenda 2020 que o alemão lançou.
A NBC pegou a bola no ar para chegar em Tóquio anunciando transmissão ao vivo dos principais eventos pelo Twitch, a plataforma onde a juventude global exibe e consome o conteúdo que mais lhe interessa.
Fonte: www.poder360.com.br