Mostra “Para Sair de Casa” traz a produção contemporânea na gravura na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo

Mostra “Para Sair de Casa” traz a produção contemporânea na gravura na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo

O projeto questiona a bidimensionalidade e reprodutibilidade da gravura e estuda o que as faz “sair de casa”

A exposição coletiva “Para Sair de Casa” segue em cartaz até 10 de dezembro de 2022 no espaço expositivo das Oficinas Culturais Oswald de Andrade, no Bom Retiro, região central de São Paulo. A mostra tem curadoria de Ana Carla Soler e reúne obras das artistas visuais Cleiri Cardoso, Elisa Arruda, Eneida Sanches e Kika Levy e realização do Adelina Instituto. A visitação é gratuita.

“Para Sair de Casa” recebe artistas que têm na gravura o ponto de partida para a criação de seus trabalhos, explorando as possibilidades expandidas da técnica. Na curadoria, as obras se inspiram nos timbres de um lar. Refletem sobre o corpo, a arquitetura, a natureza e a espiritualidade como uma possibilidade mútua, tanto de serem uma casa, como formas de saírem dessa morada. “Para Sair de Casa” surge na compreensão de um lugar habitável ontológico, que conjuga o espaço com o tempo e o corpo.

“Eu acompanho as artistas reunidas nesta exposição nos últimos anos e suas pesquisas são um mergulho íntimo sobre o que a casa significa para cada uma delas, mas, mais do que isso, me interessam os significados pessoais e individuais do que ‘sair de casa’ pode remeter em cada pessoa”, afirma a curadora Ana Carla Soler.

Sobre as artistas

Elisa Arruda
Artista visual nascida, em 1987, na região amazônica do Brasil, em Belém do Pará. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP (2017) e atualmente vive e trabalha entre Belém e São Paulo. O interesse poético de Elisa tem como cerne a condição da mulher, sobretudo pelos relevos e camadas de tempo que a vida acrescenta ao corpo e espaço feminino. Os temas ligados à memória, laços de afeto, rupturas, maternidade, habitação, vida cotidiana e ao amadurecimento estão subscritos em suas obras.

Seus trabalhos reverberam a poesia lida, a música e a memória a partir de reelaborações e estudos. Suas obras se apresentam como relatos expressos em gestualidades pictóricas. Em seu percurso o desenho foi o ponto de partida, porém ao longo dos anos diferentes linguagens surgem como possibilidades expressivas.

Atualmente, Elisa faz fortemente uso da gravura em metal, pintura e instalações com mobílias manipuladas, objetos e matéria física do seu cotidiano. Indicada ao Prêmio PIPA 2021. Foi premiada recentemente pelo 32º edital de exposições do CCSP (2022), Prêmio

Branco de Melo de pautas de exposições da FCPTN – Belém PA (2022), 1° Prêmio Marcello Grassmann – Artes Gráficas (2021), pelo Edital de Pautas do Espaço Cultural do Banco da Amazônia (2021), participou do 48º Salão Sacilotto (2020), Salão de Itajaí (2018) e recebeu a Bolsa de Pesquisa e Experimentação da Casa das Artes do Pará (2017).

Esteve em diversas exposições coletivas e individuais sob a curadoria de Alexandre Sequeira (PA), Vânia Leal (PA), Julia Lima (SP), Renato de Cara (SP) e Yohana Junker (EUA). https://www.premiopipa.com/elisa-arruda/

Kika Levy
Nasceu em São Paulo, 1963, onde vive e trabalha. Formada em Desenho Industrial pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), em 1985. Pós-graduada em Artes Plásticas pela FASM (Faculdade Santa Marcelina), em 2000.

Em seu trabalho, Kika Levy explora com delicadeza e precisão sua busca inesgotável pela aproximação com a essência da sua fonte de inspiração. Seja pela geometria exata de cubos e icosaedros ou pela natureza indomável de plantas e nuvens, transita entre o racional e o intuitivo, o exato e o impreciso.

Desde 2006, coordena o Espaço Atelier [Cris Rocha e Kika Levy] que além de atelier das artistas, oferece workshops, projetos na área de artes e exposições. Com o projeto educativo “O que é uma gravura?” desenvolve workshops e palestras em escolas. Ministra aulas de gravura e aquarela em seu atelier e também em Sesc e ateliers públicos. Participa regularmente de exposições no Brasil e exterior. https://www.kikalevy.art.br

Eneida Sanches
Nasceu em Salvador, Bahia. Mora e trabalha em São Paulo desde 2017. Graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA, além de realizar cursos livres na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

Em 1990, passa a pesquisar e produzir ferramentas de uso litúrgico do candomblé yorubá, onde a estética africana e afro-brasileira aparecem em forma de símbolos que contam histórias. Entre 1995 e 2000, estudou gravura em metal nas Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia.

Em 2000, apresenta obras relacionadas ao tema do Transe e passa a usar a gravura na forma de objetos e instalações. De 2000 até 2015 criou e coordenou o Circuito das Artes e Triangulações. A partir de 2011, reúne gravuras e vídeo-instalação através da série Transe – Deslocamento de Dimensões em um trabalho colaborativo com o fotógrafo e videomaker Tracy Collins (NY).

Foi indicada ao Prêmio PIPA de 2015 e participou da 3ª Bienal da Bahia. Em 2021, foi artista convidada no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e participou da Mostra Modernistas Desde Aquí no Paço das Artes, em São Paulo. Em 2022 participou da mostra 37º Panorama MAM das Artes Visuais e expôs no Contemporary Center for Arts em Rockland, Maine, EUA.

A artista recebeu o prêmio do XXIV Salão de Artes MAM Bahia e participou de residência na Holanda (2008), Tanzânia (2014) e Portland EUA (2019). Tem seus trabalhos publicado em: Revista N/Paradoxa (Olabisi Silva), Revista Contemporary&amp, com texto de Alexandre Bispo, e Revista Transition de artistas negros e latinos em Boston EUA.https://www.lazygoatworks
https://www.pipaprize.com/pag/eneida-sanches


Cleiri Cardoso
Artista visual e professora, com Licenciatura em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (2001) e Mestrado em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP (2014). Vive em São Paulo onde desenvolve trabalhos no eixo da imagem impressa e repetida e suas conexões com a fotografia e com o vídeo.

Integrou o Grupo dragão de gravura – xilogravura e intervenção urbana – com o qual participou da exposição “a gravura coletiva do grupo dragão” pelo Programa de Ações Itinerantes SESI 2005. Integrou o grupo proponente do Projeto volante – gráfica e intervenção urbana – 2009/2015 – premiado na 8ª edição do programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais.

Entre as exposições mais recentes que participou estão: “Registros” com curadoria de Ricardo Resende e Lahir Ramos, no Museu da gravura da Cidade de Curitiba, 2020; “Xilo, corpo e paisagem”, com curadoria de Claudio Mubarac, no Sesc Guarulhos e no Sesc Pinheiros em São Paulo, 2019/2020; “habitar a paisagem” na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo, 2019/2020; Reading cities: Plana at Art Book in China, Modern Art Museum, Shanghai, 2018; “Tendências do livro de artista no Brasil, 30 anos depois” com curadoria de Amir Brito Cadôr, no Centro Cultural São Paulo em 2015; “em direto”, com curadoria de Paulo Miyada, na Oficina Cultural Oswald de Andrade e unidades do Sesc SP, 2015/2016. https://cleiricardoso.wordpress.com/

Sobre a curadora
Ana Carla Soler é graduada em relações públicas pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Direção e Gestão de Marketing pela Universidade de Barcelona e graduanda em História da Arte pela UERJ. Tem sua pesquisa direcionada à presença das mulheres no ensino e sistema da arte e busca trazer reflexões sobre os apagamentos históricos, possibilidades de releituras e novas narrativas para a história e o sistema em que a produção artística está inserida. É iniciante em pesquisa científica pela UERJ e co-criadora do projeto “Elas Estão Aqui” (@elasestaoaquinaarte).

Atualmente é responsável pela programação de exposições do Espaço Villa Mandaçaia, pelas exposições do acervo de arte do Centro Cultural da Diversidade, consultora de estratégia para institutos de arte e ministra cursos de comunicação digital para artistas e espaços de arte no Instituto Adelina e nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade.

Foi a curadora selecionada do Edital de Curadoria da OMA Galeria de 2022 e fez a curadoria das exposições “Nós Dizemos Resistência”, no Centro Cultural da Diversidade e “É preciso ultrapassar”; na Villa Mandaçaia. Também foi assistente de curadoria das exposições “Projeto Mirante”, no MAC Niterói, e “MITA: cosmologias da Diversidade”, no Centro Cultural da Diversidade, com o artista e curador Felippe Moraes e na “Ministério da Solidão”, nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade, e “Ser Paisagem”, no Massapê

Projetos, com a curadora Julia Lima. Atuou nas exposições “Espaços do Ainda” no Paço Imperial – RJ com o professor e curador Luiz Cláudio da Costa e em “Forma Temporale” no Museu Nacional de Belas Artes com a artista italiana Martina Merlini.

Sobre o Adelina Instituto
O Adelina Instituto, fundado em 2017, desenvolve projetos de pesquisa, produção e compartilhamento de conhecimento em arte contemporânea, com o compromisso de fomentar a arte, a cultura e a educação e promover intercâmbios culturais entre artistas e curadores, ampliando horizontes, perspectivas e reflexões por meio de nossas ações e programações. São promovidos encontros, oficinas, publicações, cursos interdisciplinares, exposições, prêmios e ações educativas. Todas as faixas etárias são atendidas pelos projetos e intercâmbios que atendem a artistas, curadores, professores, estudantes e profissionais liberais. A instituição oferece bolsas e orientações artísticas.



SERVIÇO RÁPIDO
Exposição “Para sair de casa”
artistas: 
Cleiri Cardoso, Elisa Arruda, Eneida Sanches e Kika Levy
curadoria: Ana Carla Soler
visitação: até 10.12.202
segunda a sexta, das 10h às 20h; sábados, das 12h às 18h
fechado aos domingos e feriados

visitas mediadas:
segunda a sexta das 10h às 19h

sábados, 12h às 18h

local: Oficina Cultural Oswald de Andrade
rua três rios, 363 – bom retiro
são paulo – sp – 01123-001
tel: (11) 3222.2662
site: https://oficinasculturais.org.br/espacos-2/oswald-de-andrade
https://adelina.org.br
valor: gratuito
metrô: estação Tiradentes (L1 – azul)

Visitas Educativas
Além de mediações ao público espontâneo durante todo o expediente da exposição, a Adelina Instituto oferece visitas para grupos a partir de 6 anos, mediante agendamento. As visitas são gratuitas e podem ser realizadas para grupos de até 20 pessoas, com duração média de 1h.

Agendamento de gruposPara agendar uma visita em grupo, basta enviar um e-mail para oi@adelina.org.br com data e horário da visita, número de pessoas e nome do responsável pelo grupo. A visitação em grupos é gratuita, mediante agendamento, no horário de visita da exposição. Programação Paralela
Oficina de carimbos, com a artista Cleiri Cardoso
Público: Geral a partir dos 7 anos
Data: 10/12 – sábado, das 14h às 16h
Atividades Presenciais na Oficina Cultural Oswald de Andrade
Inscrições gratuitas a partir de 09.11 pelo Sympla.com.br/adelina
Vagas limitadas



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