Perda de olfato e do paladar, vômito e náusea apareceram na sequência, sendo necessário fazer um novo teste 37 dias após o início, que mais uma vez deu positivo. A maioria dos sintomas só foi desaparecer em meados de maio, conforme o artigo.
Revisão no prazo de isolamento
Já a segunda paciente apresentou febre, tosse, coriza, dor de cabeça, nas articulações e no corpo, náusea e fraqueza em maio. Ela testou positivo cinco dias após o surgimento dos sintomas, que persistiram e levaram a um novo exame, 24 dias depois, ainda indicando a presença do coronavírus. No total, foram 35 dias sintomática.
Como se tratam de casos atípicos, as amostras de secreção nasofaríngea das pacientes passaram por uma análise profunda. “O material foi inoculado em uma cultura de células epiteliais e, após diversos testes, confirmamos que o vírus ali presente ainda estava viável, ou seja, era capaz de se replicar e de infectar outras pessoas”, afirmou a líder do estudo.
A transmissão pode se dar por mais de 30 dias, segundo a pesquisa.Fonte: Rawpixel
O grupo de pesquisa acompanhou ainda outras 50 pessoas em situação semelhante — sintomas leves e prolongados. Em 18% dos casos, o teste RT-PCR indicou o Sars-CoV-2 ativo por até 50 dias. “Entre estes, 6% mantiveram-se transmissores (com o vírus ainda se multiplicando) durante 14 dias”, comentou a professora.
De acordo com Mendes-Correa, o resultado do estudo mostra que os 10 dias de isolamento recomendados pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) para quadros leves podem não ser o ideal para impedir novas contaminações.
Transmissão por vários meses
A pesquisadora relatou também a existência de pacientes imunossuprimidos que podem permanecer infectados por mais tempo. Um dos voluntários, submetido a um transplante de medula óssea, está em isolamento há seis meses.
O monitoramento de casos como este é fundamental, pois eles oferecem as condições ideais para que surjam variantes do coronavírus ainda mais agressivas, segundo a autora.
Fonte: www.tecmundo.com.br