Sônia Bridi receberá o troféu no dia 10 de dezembro, dia dos direitos humanos |
A repórter especial da TV Globo há 30 anos, Sônia Bridi foi escolhida para o GP da 15ª. Edição do Troféu Mulher IMPRENSA de “Contribuição ao Jornalismo”. |
O prêmio tem o objetivo de reconhecer o histórico de carreira e a importância da participação da homenageada no desenvolvimento da comunicação no País. |
“Este prêmio especial é um reconhecimento pelos trabalhos jornalísticos prestados à sociedade de apuração e denúncia às mulheres jornalistas, que dão exemplo de força e inspiração ao exercer sua função de jornalista com excelência e contribuindo para que o jornalismo brasileiro seja cada vez melhor e mais respeitado”, ressalta Sinval de Itacarambi Leão, diretor de IMPRENSA. |
Sônia Bridi participará ao vivo do programa comemorativo a ser transmitido no dia 10 de dezembro, dia dos direitos humanos, às 10h, no canal do Youtube e no site do Troféu Mulher IMPRENSA. |
O ‘Troféu Mulher Imprensa de Contribuição ao Jornalismo’ é uma premiação especial, idealizada na quinta edição, que tem o objetivo de reconhecer o histórico de carreira e a importância da participação da homenageada no desenvolvimento da comunicação no país. A condecoração já foi conferida a Alice Maria, Marília Gabriela, Mônica Waldvogel, Glória Maria, Claudia Vassallo, Míriam Leitão, Joyce Pascowitch, Astrid Fontenelle, Patrícia Campos Mello e Vera Magalhães. |
“Diálogo, pluralidade e colaboração são pilares muito importantes para nós na Bayer e sabemos que o jornalismo de qualidade também se apoia nesses mesmos elementos. Por isso o Troféu Mulher Imprensa + Diversidade foi uma das ações que priorizamos nesse ano que celebramos 125 anos da companhia no Brasil”, conta Malu Weber, diretora executiva de comunicação corporativa da Bayer no Brasil. “Reconhecer e fortalecer o espaço das mulheres no jornalismo e na comunicação é uma necessidade ainda presente e Sônia Bridi, sem dúvida, tem sido uma referência importante nessa jornada de equidade que vivemos”. |
Trajetória* |
Em 1989, Sônia Bridi fez sua primeira cobertura para o Jornal Nacional, sobre a exploração de crianças carvoeiras no interior de Santa Catarina. |
Em 1991, foi convidada pela Globo para integrar a equipe da editoria Rio. À primeira impressão da cidade, embalada pela alegria do carnaval, se somaria outro lado da realidade carioca: a violência. Não por acaso, as coberturas desse período que mais a marcaram foram as das chacinas da Candelária e de Vigário Geral. |
Sônia Bridi ficou no Rio de Janeiro até 1995, quando foi convidada a ser correspondente em Londres e logo depois foi trabalhar no escritório de Nova York. |
Baseados em Nova York, Sônia Bridi e Paulo Zero fizeram juntos inúmeras reportagens, como a cobertura da invasão da embaixada japonesa pelos guerrilheiros tupamaros no Peru, em 1997. Nessa reportagem, Paulo Zero fez imagens exclusivas da retirada de corpos de guerrilheiros de dentro do edifício e Sônia conseguiu um contato que a levaria a entrevistar o então presidente Alberto Fujimori, meses depois. |
Ainda naquele ano, com o cinegrafista Sherman Costa, Sônia entrevistou o ex-presidente Fernando Collor de Mello, então residindo em Miami, nos Estados Unidos. Exibida com destaque no Jornal Nacional, a entrevista teve grande repercussão no Brasil. Nela, o político tentou diminuir a entrevistadora por sua pouca idade e pelo fato de ser mulher. |
Em 1998, Sônia Bridi integrou a equipe enviada pela Globo para a Copa do Mundo, na França. No ano seguinte, já de volta ao Brasil, fixou-se em São Paulo, de onde realizava reportagens do dia a dia para os telejornais. Em 2002, acompanhou o dia a dia de campanha dos candidatos à presidência. |
Em 2004, ela e Paulo Zero apresentaram à direção de jornalismo da Globo um projeto para abrir uma reportagem especial na China. Foram surpreendidos com um convite para inaugurar o posto de correspondentes em Pequim. |
Em janeiro de 2007, os dois foram transferidos para o escritório de Paris, onde permaneceu durante três anos. Segundo ela, foram anos de trabalho intenso, com muita demanda de material para todos os telejornais. Nessa época, realizou uma entrevista com o filho de Ingrid Betancourt, franco-colombiana sequestrada pelas Farc, que estava prestes a ser libertada. |
De volta ao Brasil, Sônia Bridi e Paulo Zero iniciaram sua verdadeira volta ao mundo. Como repórter especial do Fantástico, emplacou séries sobre a vida na terra e mudanças climáticas. A primeira foi Terra, que Tempo é Esse?, de 2010. Em nove reportagens, o casal percorreu 12 países: Bolívia, Peru, Estados Unidos, Dinamarca, Inglaterra, Itália, Tanzânia, China, Butão, Austrália, Vanuatu e Brasil, para mostrar os efeitos visíveis do aquecimento global. |
Em junho de 2012, a Rio+20 reuniu representantes de quase 200 países para renovar o compromisso político mundial com o desenvolvimento sustentável. Na esteira dessa discussão, a repórter tocou a série Planeta Terra: Lotação Esgotada, quando visitou regiões com alta pressão demográfica para responder à pergunta: quantas pessoas o planeta pode sustentar? |
“A miséria da África e da Índia tem um nível muito profundo. Foi muito impactante no momento em que a gente fazia o cruzamento das reportagens, mostrando com quanta comida vive o indiano e quanta comida é jogada fora nos Estados Unidos. A exposição dos contrastes do mundo rico de consumo irresponsável e a vida dos despossuídos foi o grande mérito da série”, conta Sônia. |
Também em 2014, Sônia Bridi inaugurou a primeira de duas temporadas do quadro A Jornada da Vida, que busca mostrar a evolução das espécies mais diversas no planeta. Nessa viagem, visitou a ilha de Socotra, no Iêmen, onde passou dias sem ver o rosto de uma mulher, para filmar árvores com milhares de anos. |
Entre as longas viagens pelo mundo, Sônia Bridi realiza reportagens para o Fantástico também no Brasil. O quadro Brasil, quem paga é você foi um dos trabalhos de que mais se orgulha. No ar em 2013, o quadro reuniu reportagens que evidenciavam o gargalo em obras públicas de infraestrutura. |
*Fonte: Memória Globo |
Troféu Mulher IMPRENSA |
O Troféu Mulher IMPRENSA é destinado a reconhecer o trabalho jornalístico das mulheres dentro e fora das redações brasileiras. A 15ª edição visa prestigiar as jornalistas que se destacaram em suas áreas de atuação no biênio 2020/2021, além de fomentar a pauta dos direitos humanos através do tema diversidade. Uma iniciativa da Revista e Portal IMPRENSA, esta edição especial conta com o apoio da ESPM e o patrocínio da Bayer, no ano em que celebra seus 125 anos de atuação no Brasil. |
Para conhecer as vencedoras da edição 2021 do Troféu Mulher IMPRENSA, acesse www.portalimprensa.com.br/trofeumulherimprensa |