O Mosteiro de Alcobaça é um imponente e grandioso complexo de mosteiros. O Mosteiro de Alcobaça atrai visitantes de perto e de longe há quase 800 anos. Este Patrimônio Mundial da UNESCO é um dos edifícios mais emblemáticos de Portugal. É um dos melhores exemplos da arquitetura gótica primitiva em Portugal. A poderosa igreja foi encomendada pelo rei Afonso Henriques em 1153 para demonstrar o poder da nova dinastia governante, depois que as Cruzadas Cristãs expulsaram os mouros do centro de Portugal.
A 12 km do interior, longe da sempre atormentada costa atlântica e a 120 km a norte de Lisboa, escondida num vale entre as colinas verdejantes, fica a cidade de Alcobaça. Após a fundação do mosteiro, em 1153, a cidade cresceu ao redor dos rios Alco e Baca, que fluem tranqüilamente no vale. Daí o nome da cidade de Alcobaça. A história do Mosteiro de Alcobaça não está apenas relacionada com o desenvolvimento da cidade de Alcobaça, mas também desempenhou um papel importante na história de Portugal e também está ligada à história dos Cavaleiros Templários e à Era dos Descobrimentos.
MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
O início do Mosteiro de Alcobaça foi marcado pela revelação de um monge, a promessa de um rei, as lutas portuguesas para recuperar seus territórios dos mouros, a importância dos monges cistercienses neste processo e a implicação dos Cavaleiros Templários nas batalhas. Em resumo, muita coisa aconteceu.
O mosteiro foi construído logo após a igreja, e data de uma época em que ser monge era um chamado duro e difícil. E o Mosteiro reflete bem essa vida austera e severa. Os únicos verdadeiros lampejos de beleza artística são os túmulos de D. Pedro e sua esposa Inês. Eles, juntamente com a sua história fatídica, serão o destaque de qualquer visita ao Mosteiro de Alcobaça. Uma das maiores reivindicações para a fama do Mosteiro de Alcobaça, possivelmente a maior história de amor de Portugal. A versão portuguesa de Romeu e Julieta.
O Mosteiro é tão comprido que é difícil de capturar o edifício inteiro em uma única moldura. Mas não se deixe intimidar: pode ver o interior do Mosteiro de Alcobaça em cerca de uma hora. Ao contrário de outros edifícios históricos que você pode visitar, este não é mobiliado. Você terá que usar sua imaginação para entender como o interior dele era séculos atrás, quando foi habitado. Mas as salas nuas tornam os detalhes arquitetônicos e as dimensões do espaço muito óbvios.
Visto de fora é impossível a gente pensar que tanta coisa cruel passou por ali. As paredes são guardiãs de algumas histórias tristes e fascinantes. Mas não se preocupe, enquanto você visita o Mosteiro, pouco a pouco, essas histórias são reveladas a você.
HISTÓRIA DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
O Mosteiro de Alcobaça foi a primeira fundação cisterciense em Portugal e também marcou a chegada do estilo gótico em Portugal. Desde a sua fundação, o Mosteiro tornou-se uma ilha de conhecimento no meio de uma turbulenta Idade Média. Em 1269 foram realizadas as primeiras aulas públicas e estas ações tiveram uma grande influência no desenvolvimento da cultura em Portugal. Mas as lições não foram suficientes para obter isso. Os monges criavam manuscritos iluminados e, no século XIX, o Mosteiro possuía uma das maiores bibliotecas medievais portuguesas.
D. Afonso Henriques ordenou a São Bernardo a construção da igreja após a vitória em Santarém em 1147, contra os mouros. São Bernardo foi o fundador da Ordem dos Cistercienses. A construção do Mosteiro para os cistercienses trouxe a primeira dinastia portuguesa do papa. São Bernardo era um abade francês (Bernard de Clairvaux) e o Mosteiro de Alcobaça tem muitas semelhanças com outros mosteiros góticos franceses.
Por razões políticas, Pedro era casado com Constança de Castela. Quando chegou a Portugal, trouxe também Inês de Castro como sua dama de companhia. Para Pedro e Inês foi amor à primeira vista. O romance começou rapidamente e ficou claro para todos que estavam apaixonados. A relação entre Pedro e Inês torna-se motivo de preocupação para o rei. Apesar de seu pai, Pedro chegou a dar a seus irmãos importantes posições. Tentando matar seu amor, o rei manda Inês para um castelo perto da fronteira espanhola. Eles continuam a escrever um para o outro e logo Constance morre após o parto. Depois de sua morte, Pedro vai atrás de Inês e eles se mudam para Coimbria. Eles moram juntos e se casam em segredo em Bragança.
Mais uma história de amor para esses tempos sombrios. O amor inabalável de Pedro por sua amada proibida. Inês foi assassinada pelos capangas de seu pai, teve o seu corpo exumado e uma coroação póstuma quando Pedro se tornou rei, em 1357. Ele também ordenou a construção de túmulos correspondentes no Mosteiro de Alcobaça para os seus corpos. A tumba de Inês de Castro é apoiada por quatro estátuas de gremlin, que representam seus assassinos.
Estes caixões de pedra magnificamente esculpidos encontram-se opostos um ao outro na nave do mosteiro de Alcobaça, com os pés virados para a frente. A ideia é que quando Pedro e Inês acordarem na vida após a morte, a primeira coisa que cada um verá é a sua amada. Os túmulos do rei Pedro e Inês foram muito danificados pelos soldados franceses em 1810, que esperavam encontrar jóias e tesouros dentro. Ahhh os franceses.
Os claustros foram construídos por volta de 1280, sob o reinado de D. Dinis, 130 anos depois de o rei Afonso I ter ordenado a construção da igreja. Nos tempos aureos do Mosteiro de Alcobaça, haviam mais de 900 monges alojados no Mosteiro e as terras férteis do mosteiro asseguravam a prosperidade. O Mosteiro de Alcobaça era originalmente duro e silencioso, mas no século XVIII tinha uma reputação de indulgência (especialmente com comida). Isto é exemplificado pela chaminé colossal na cozinha, que foi projetada para acomodar um boi inteiro sobre a fogueira.
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IGREJA DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
A fachada da igreja foi remodelada durante o século XVIII e é uma combinação de gótico (rosácea) e barroco (as torres). Quando a igreja foi concluída em 1223, foi e ainda é a maior igreja em Portugal. A nave da igreja é simples, mas dramática, com colunas incrivelmente altas sustentando um teto abobadado. Em ambos os lados do altar estão os túmulos de Pedro (lado direito do lado sul) e Inês de Castro (lado norte esquerdo).
As paredes incrivelmente altas dão uma sensação de grandeza que de outra forma poderia ser conseguida através de enfeites de ouro ou grandes pinturas a óleo que você encontra em outras igrejas portuguesas. No final da igreja (no cofre manuelino de azulejos elegantes) encontrará a entrada para a sacristia.
O Panteão Real está no lado sul da Nave principal e contém os túmulos de muitos reis e rainhas de Portugal. No altar oposto, o Panteão Real é uma representação em terracota da morte de São Bernardo, mas infelizmente foi danificada pela água da chuva. A sacristia foi destruída pelo terramoto de 1755 e reconstruída no estilo manuelino. Este período é representado pela elaborada escultura em pedra. O Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa) é o melhor exemplo.
ALAS PAGAS NO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
As seções a seguir só podem ser visualizadas após a compra de um bilhete de entrada €6.
SALA DOS REIS
A primeira sala a ser visitada logo após o pagamento da taxa de entrada é o Kings Hall (Sala dos Reis). Esta sala contém 19 estátuas dos reis portugueses. Não deixe de apreciar os azulejos pintados, que detalham a história do Mosteiro de Alcobaça. A estátua mais notável é a coroação do rei Afonso I, de São Bernardo e do papa Alexandre III, o que implica a legitimidade de Portugal como país após as cruzadas.
Esta sala conduz aos claustros onde encontrará todos os tipos de esculturas em pedra, esculturas e inscrições, bem como uma bela fonte gótica. Alguns dos quartos em torno dos claustros estão abertos ao público, incluindo um que abriga vários anjos e sacerdotes.
CLAUSTRO DO SILÊNCIO
O salão do rei sai direto para o Claustro de Dom Dinis (Claustro do rei Dinis), mas é muitas vezes referido como o Claustro do Silêncio, como os monges foram proibidos de falar. Embora as histórias dentro dessas paredes sejam fascinantes, a própria beleza das paredes são incríveis. E pense que são “só” paredes mesmo. Não tem um quadro ou cor para dar uma animada. Mas tem várias inscrições que você pode tentar adivinhar o assunto.
Uma coisa que eu adorei é que tem vários sofás para dar uma sentada e descansada. Sem falar que eles estão virados de frente para o “jardim interno”. Então a vista é deslumbrante.
Eu estou apontando a beleza, tranquilidade e o encanto do Claustro do Silêncio. Que mesmo usando um trocadilho tosco, é realmente um silêncio. As intrincadas esculturas nas colunas e a imagem perfeita da fonte renascentista, no momento em que o sol entra pelas janelas é envolvente. Mas admito que o que mais gostei foram as laranjeiras. Elas foram ótimas modelos no pátio interno. =D
Ao sair para o claustro do silêncio não perca a vista do nível superior da cozinha e enorme chaminé que se estende desde a cozinha. Um dos meus elementos favoritos no edifício são os arcos que dão para o pátio. Eles combinam com os tetos arqueados das salas do mosteiro e os da igreja. Tudo se encaixa lindamente.
No andar de cima é o vasto dormitório, que era a área de dormir comum dos monges. A câmara se estende por 67m e era desprovida de detalhes artísticos. Tudo isso para não distrair os monges de seu trabalho e estudo.
O dormitório estava ligado ao nível superior do Claustro do Silêncio e do Claustro do Cardeal (Claustro do Cardeal). O claustro cardinal não está aberto ao público, mas pode ver a partir da varanda. O terceiro claustro – Claustro da Rachadura já teve uma extensa biblioteca. Ela tinha uma das maiores coleções de textos religiosos medievais portugueses, mas estes foram destruídos pelas tropas de Napoleão em 1810.
REFEITÓRIO E COZINHA
A próxima sala a visitar é o refeitório e esta é no nível mais baixo do claustro, então retorne pelo dormitório. O refeitório tem uma porta alta e fina em uma das paredes. Os monges aparentemente tinham que atravessar por ela para ter acesso à sala de jantar. Se eles fossem muito gordos, não passariam pela porta e consequentemente eles não poderiam comer. Eu não quis me humilhar, então mantive uma certa distância da portinha =D
O refeitório é a sala icônica do mosteiro e tem um teto alto abobadado apoiado por arcos góticos. No lado sul está o púlpito de onde o (abade) ensinaria. Ao lado do refeitório é a cozinha, e esta é a sala que muitas vezes é a mais interessante para os visitantes. A cozinha é impressionante para dizer o mínimo. Construído no século XVIII, possui um gigantesco forno e chaminé de azulejos que domina o centro da sala. Este forno foi projetado de modo que um boi inteiro pudesse ser assado sobre a fogueira.
No final da cozinha há uma grande fonte onde a água doce do rio Alcoa é desviada para fornecer água potável aos moradores do mosteiro.
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BRINDE – PRA MIM, NA MINHA VISITA
Assim que chegamos no Mosteiro de Alcobaça fomos comprar o ticket para entrar e fomos surpreendidas. A entrada custava 6 euros, mas neste dia estava apenas UM EURO. Se já não bastasse essa alegria, fomos surpreendidas com a Mostra Internacional de Doces Conventuais. Meus amigos, o que foi isso?! Eu não botei muita fé, afinal sou bem chatinha para doces. Conhecemos o Mosteiro, eu até esqueci dos doces, e na hora da saída tchum. O que foi aquilo meu povo?! Fui olhando e nada me atraia (eu avisei que sou chata pra doces). Mas somente até o momento que avistei canudinhos com gemada.. gemada!! quer coisa mais doce que isso? Ali foi a minha ruína. Me afoguei na gemada =D Que de brinde era doce mais feio da Mostra. Hahahaha!!! Mas com um super valor sentimental e de infância ♥
Essa sala, o refeitório é maravilhosa. Foi aqui que foi realizado a Mostra Internacional de Doces Conventuais.
Foto : Shutterstock | Por Yuri Turkov
INFORMAÇÕES BÁSICAS DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
A igreja (e a nave) são livres para visitar, e isso inclui os túmulos do rei Pedro I e Inês de Castro. A taxa de entrada de € 6 dá acesso a um dos claustros (o Claustro de Dom Dinis) e aos quartos adjacentes. A taxa de entrada inclui um guia de áudio informativo. É grátis no primeiro domingo do mês. Se estiver a visitar outros monumentos da região, pode comprar um bilhete combinado que também lhe permitirá visitar o Mosteiro de Batalha e o Convento de Cristo em Tomar por 15 euros.
Uma visita à igreja (a seção gratuita) leva cerca de 20 minutos. Para explorar o mosteiro inteiro requer de 60 a 90 minutos. Se você quiser explorar com mais profundidade, considere visitar Alcobaça de forma independente.
O Monastério de Alcobaça é um local fantástico para visitar num bate e volta a partir de Lisboa :
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HOTEL EM ALCOBAÇA
Alcobaça é um ótimo lugar para ficar durante a noite, especialmente se você, assim como a maioria dos turistas, está fazendo os 3 mosteiros em 1 dia. Ter uma pausa é boa.
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MARTINHA ANDERSEN
Vim para a França em 2006 para ficar 11 meses e aqui estou até hoje. Sou formada em Turismo, e tenho levado a formação à sério. Amo a Alemanha & Bélgica. Meu maior sonho é conhecer a China. Amo Museus. Sou apaixonada por Fotografia, Tecnologia & Cervejinhas. Me considero a louca dos aplicativos, mas não devo usar 20% deles. Ainda não aprendi a levar apenas o essencial nas viagens, sempre exagero nos Gadgets, roupas e acessórios. Viajar de Mochila ou Mala, pouco importa; o importante é viajar.