Por Sorayah Câmara
Escritora e Advogada
Elizabeth Victoria Montgomery (1933 – 1995) foi uma atriz norte-americana cuja carreira se estendeu por cinco décadas.
Ela é lembrada, principalmente, por seus papéis em “A Feiticeira” como Samantha Stephens (uma feiticeira que se casa com um mortal), em A Case of Rape como Ellen Harrod e em The Legend of Lizzie Borden como Lizzie Borden.
Nascida em Los Angeles, Califórnia, Elizabeth Montgomery era filha do ator Robert Montgomery e sua esposa, a atriz da Broadway, Elizabeth Bryan Allen.
Ela teve uma infância privilegiada, por ser rica e filha de famosos atores de Hollywood. Costumava passar os verões em sua casa de campo em England, Estado de Nova York, onde montava cavalos em companhia de celebridades.
Frequentou a Westlake School, uma escola de jovens refinadas da alta sociedade americana.
Ela era uma mulher jovem, viva e bonita.
Ela teve três filhos, Robert, William e Rebecca.
Seu primeiro casamento foi com o socialite de Nova York Frederick Gallatin Cammann, em 1954, o casamento durou pouco mais de um ano. Depois se casou com o ator Gig Young 1956 – 1963, e em seguida o diretor-produtor William Asher, em 1963. Eles Trabalhavam juntos no filme Johnny Cool.
Eles tiveram três filhos: William Asher Jr. (1964), Robert Asher (1965) e Rebecca Asher (1969).
Em 1971, enquanto filmava a oitava temporada de “A Feiticeira”, ela se apaixonou pelo diretor Richard Michaels e foi morar com ele após a temporada haver terminado.
O relacionamento durou dois anos e meio.
Seu último casamento foi com o ator Robert Foxworth com quem permaneceu casada até sua morte.
Elizabeth fez sua estreia na televisão na série de seu pai, Robert Montgomery Presents, aos cinco anos de idade, e sua estreia no cinema, em 1955, em A Corte Marcial de Billy Mitchell, estrelado por Gary Cooper.
Elizabeth desempenhou o papel central da adorável feiticeira Samantha Stephens com Dick York (e mais tarde Dick Sargent), como seu marido na comédia de costumes da ABC: “A Feiticeira”.
O Show se tornou uma das séries de maior sucesso na época. Estendeu-se por oito temporadas 1964 – 1972 e permaneceu popular ainda em nossos dias por meio da distribuição e versões em DVD.
Com “A Feiticeira”, Elizabeth Montgomery recebeu cinco Prêmios Emmy e quatro indicações ao Globo de Ouro por seu papel.
No seu auge criativo “A Feiticeira” foi considerada uma das comédias mais sofisticadas no ar, e soube explorar temas contemporâneos com habilidade e delicadas questões sociais, dentro de um contexto de fantasia.
Na primavera de 1995, Elizabeth Montgomery foi diagnosticada com câncer colorretal.
Ela havia ignorado os sintomas da doença, permitindo assim, que o quadro ficasse avançado demais para possibilitar a eficácia de qualquer tratamento.
Ela faleceu aos 62 anos de idade, em casa, em companhia do marido e seus três filhos, Robert, William e Rebecca, oito semanas após seu diagnóstico.
Ela foi cremada no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
A série “A Feiticeira” foi cancelada quando a menina que fazia o papel da filha de Samantha Stephens (“A Feiticeira”), Erin Murphy, decidiu não mais atuar, terminando os seus estudos e seguindo sua vida normal.
Em 2005, a cidade norte-americana de Salem, famosa por queimar mulheres acusadas de bruxaria em 1662, inaugurou uma estátua de Elizabeth Montgomery como Samantha Stephens, sua personagem mais famosa.
Elizabeth cresceu à sombra do pai. Quando ela tinha dezessete anos, seus pais se separaram. Elizabeth e seu irmão Robert foram morar com a mãe.
Segundo Herbio Pilato, autor da biografia da atriz Elizabeth Montgomery “Twitch Upon A Star”, em entrevista ao jornal Daily Mail, a atriz passou a vida tentando impressionar o pai.
Ele, por sua vez, parecia não gostar da decisão da filha de seguir carreira artística.
A busca pelo amor do pai levou Elizabeth a se envolver com homens mais velhos.
Além de quatro casamentos, ela também teria mantido relacionamentos com Gary Cooper, com Dean Martin e com Alexander Godunov.
O primeiro marido de Elizabeth, o aspirante a produtor, Frederic Gallantin Cammann, queria que ela largasse a carreira para se tornar dona de casa e mãe.
O casamento com o ator Gig Young acabou, pois ele era alcoólatra. Pilato acredita que, nesta época, a atriz foi vítima de violência doméstica.
O terceiro marido de Elizabeth foi o produtor William Asher, com quem Elizabeth teve três filhos.
Neste meio tempo, os dois teriam mantido relações extraconjugais.
Segundo Pilato, em 1971, Elizabeth se envolveu com Richard Michaels, roteirista, diretor e produtor da série, que também era casado.
A atriz encontraria estabilidade com o ator Robert Foxworth, embora mais jovem com diferença de oito anos, ao contrário dos demais.
Segundo Pilato, o pai de Elizabeth estava consciente da dependência emocional da filha por ele.
Robert teria recusado o convite de Elizabeth para interpretar seu pai em “A Feiticeira”, papel que ficou com Maurice Evans.
O livro também revela que Elizabeth não gostava de ser lembrada por “A Feiticeira” e não se relacionava bem com Dick York, o primeiro ator que interpretou seu marido. Isto porque, segundo Pilato, Elizabeth sabia que Dick estava apaixonado por ela, o que a deixava em uma situação desconfortável, já que ela era casada com o produtor da série.
Com isso, a intérprete de Samantha também não tinha um bom relacionamento com Agnes Moorehead, que fazia Endora, sua mãe na série.
Agnes era amiga de Dick e não gostou de vê-lo substituído por Dick Sargent, a quem ela teria destratado várias vezes, a ponto de levá-lo às lágrimas em certa ocasião.
Em entrevistas concedidas ao longo dos anos, Sally Field e Barbara Eden (que dividiram o camarim com a atriz na época em que estrelavam as séries Gidget e Jeannie é um Gênio, todas produzidas pela Columbia Pictures) disseram que Elizabeth era uma mulher que não gostava de conversar e frequentemente ela chegava mal-humorada ao estúdio.
Pilato diz que, no leito de morte, Elizabeth pediu para ficar sozinha no quarto, pois não queria que ninguém a visse quando ela partisse.
Enfim, Samantha é a feiticeira amada por muitos eternamente!
“A mente humana é um grande teatro. Seu lugar não é na plateia, mas no palco, brilhando na sua inteligência, alegrando-se com suas vitórias, aprendendo com as suas derrotas e treinando para ser a cada dia, autor da sua história, líder se si mesmo!”.
Augusto Cury (1958), psiquiatra, professor e escritor brasileiro.