Destaques no 1º dia do Grupo Especial do carnaval de SP em 2025

Destaques no 1º dia do Grupo Especial do carnaval de SP em 2025

Colorado do Brás, Barroca Zona Sul, Acadêmicos do Tatuapé e Camisa Verde e Branco também passaram pelo Anhembi. 

Dragões da Real, Mancha Verde e Rosas de Ouro foram os destaques 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2025. A noite quente foi marcada por enredos que contavam histórias sobre diversos temas como fé, luto, religiosidade, jogos, além de homenagens a artistas.

Colorado do Brás , Barroca Zona Sul , Acadêmicos do Tatuapé e Camisa Verde e Branco também desfilaram da noite desta sexta-feira (28) à manhã deste sábado (01). Todas as escolas atravessaram o Anhembi dentro do tempo máximo previsto.

Um dos carros da Barroca apresentou problemas ainda na concentração, mas conseguiu atravessar o Anhembi. A escola optou por não fazer o tradicional recuo da bateria.

O segundo dia dos desfiles do Grupo Especial de São Paulo, que acontece entre o sábado (01) e o domingo (02), contará com apresentações da Águia de Ouro, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel, Acadêmicos do Tucuruvi, Estrela do Terceiro Milênio e Vai-Vai.

Desfiles do 1º dia

Colorado do Brás

Barroca Zona Sul

Dragões da Real

Mancha Verde

Acadêmicos do Tatuapé

Rosas de Ouro

Camisa Verde e Branco

Colorado do Brás abriu o primeiro dia dos desfiles de São Paulo em seu retorno ao Grupo Especial após dois anos. Vice-campeã do Grupo de Acesso em 2024, a escola que está completando 50 anos levou para a avenida um enredo homenageando o afoxé Filhos de Gandhy, um dos maiores e mais tradicionais blocos de carnaval do Brasil.

Cruzando a avenida sem problemas técnicos e dentro do tempo, a escola homenageou astros da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Clara Nunes no carro abre-alas. Os integrantes da Colorado atravessaram o Anhembi bem animados e desfilaram usando roupas inspiradas nos trajes do ativista Mahatma Gandhy.

Segunda escola a entrar na avenida, a Barroca Zona Sul homenageou Iansã, que nas religiões de matriz africana é conhecida como a rainha dos raios, ventos e tempestades. Rainha de bateria da escola, Juju Salimeni veio à frente dos 210 ritmistas representando a divindade.

Assim como em 2024, a escola chamou a atenção com sua comissão de frente, representando espíritos andarilhos perdidos na floresta e se transformando com a presença de Iansã. A passagem do carro foi deixando a avenida toda perfumada com uma fumaça que representava os ventos.

O segundo carro da Barroca apresentou problemas ainda na concentração, mas conseguiu entrar na avenida sem falhas. Porém, deixou um buraco entre as alas, o que pode comprometer a escola no quesito evolução. A escola, que não fez o tradicional recuo de bateria, finalizou a travessia da avenida faltando apenas um minuto para o fechamento dos portões.

Vice-campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2024, a Dragões da Real usou a música “Aquarela”, de Toquinho, para falar sobre o ciclo da vida. O tema foi inspirado no neto do carnavalesco Jorge Freitas, Jorge Freitas Neto, de 8 anos, que morreu em abril de 2024 por causa de uma doença rara que causava o crescimento desordenado dos órgãos.

A comissão de frente e os carros alegóricos foram destaques da escola, que emocionou o público com seu enredo. A Dragões atravessou a avenida entre fantasias e alegorias de cores vibrantes, deixando o preto para os integrantes da bateria. Os instrumentos dos músicos traziam cores e luzes de led.

Tentando a vitória inédita no Grupo Especial, a Dragões da Real não teve problemas ao longo do percurso e encerrou o desfile com uma ala na qual todos os membros vestiam branco.

Quinta colocada no carnaval de São Paulo em 2024, a Mancha Verde levou para a avenida um samba que mostra onde a fé e o profano se encontram na Bahia. A dualidade foi representada em várias alas e alegorias. Inspirada em uma série do cineasta Gastão Netto, o enredo conta como o povo baiano carrega a religiosidade com a mesma força com que se permite viver as festas.

A comissão de frente veio bastante cênica, mesclando as festas e a tradicional lavagem do Bonfim. A bateria da escola trouxe referências do jongo e do pagodão baiano. E Viviane Araújo, à frente dos ritmistas, veio com a fantasia Canto da Cidade, em homenagem à cantora Daniela Mercury. A escola atravessou o Anhembi sem dificuldades.

Acadêmicos do Tatuapé
Terceira colocada no carnaval de São Paulo 2024, a Acadêmicos do Tatuapé se inspirou na frase de Martin Luther King (“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”) e levou para a avenida um enredo sobre justiça e esperança.

Com uma coreografia ágil, a comissão de frente veio representando o caos e trazia um “homem enforcado” em seu carro. O boneco simbolizava um dos métodos de execução mais marcantes da história. Outro carro com um forte simbolismo trazia o corpo de uma criança morta nos braços da justiça.

A rainha de bateria da escola, Muriel Quixaba, chamou a atenção com um look futurista, contando com óculos com luzes e que se movimentava para cima e para baixo durante o desfile, simbolizando como a justiça é cega em alguns momentos.

Rosas de Ouro
Sexta escola a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles, a Rosas de Ouro contou como os jogos influenciaram a humanidade ao longo dos anos. A comissão de frente representava “uma noite no cassino”, e seus membros intercalavam momentos teatrais com danças.

A escola, que escapou por pouco do rebaixamento em 2024, ficando em 11º lugar, fez um embaralhar de cartas com os integrantes de sua primeira ala. E a bateria chamou a atenção com suas coreografias enquanto colocava a avenida para sambar.

Outro destaque foi a flor com luz neon no costeiro da rainha de bateria Ana Beatriz Godoi, que mudava a cor das pétalas. A escola, que despertou a memória de todos com jogos como War, Detetive, Pac-Man e Mario Bros, encerrou o desfile já no amanhecer de sábado (1).

Camisa Verde e Branco
Camisa Verde e Branco levou para a avenida uma homenagem ao cantor e compositor Cazuza e fez o dia do público nascer feliz no Anhembi. Última escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial, a Camisa tenta um resultado melhor do que o de 2024, quando escapou por poucos décimos de ser rebaixada.

A escola mostrou músicas e fases importantes do artista, que morreu em 1990. O samba-enredo trazia várias menções ao repertório do cantor em carreira solo e com a banda Barão Vermelho, como “Faz parte do meu show”, “Exagerado” e “O tempo não para”.

Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, desfilou com a escola. Assim como Guto Goffi, baterista da primeira formação do Barão Vermelho. Daniel de Oliveira, que interpretou Cazuza no longa “O Tempo Não Para” (2004), também marcou presença. A tradição ala das baianas merece menção especial, com sua fantasia toda branca e envolta pela fita vermelha que é símbolo mundial de luta contra a Aids.

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