Depois de anunciar o encerramento das atividades comerciais no Brasil, a Sony voltará a vender fones de ouvido no país. A distribuição será feita em parceria com a Multilaser e os produtos chegarão aos mais de 40 mil pontos da marca brasileira ainda neste ano.
A informação foi revelada nesta segunda-feira (26) pelo Estadão. Em entrevista ao veículo, André Poroger, vice-presidente de produtos da Multilaser, contou que o catálogo terá, inicialmente, 23 modelos do tipo in ear e bluetooth, que serão importados e custarão entre R$ 60 e R$ 2,7 mil.
Como o foco será nos modelos premium, eles não concorrerão com as marcas da própria Multilaser e sua subsidiária Pulse. De acordo com Poroger, essa parceria era pensada desde setembro de 2020. “Quando a Sony anunciou o fechamento da fábrica, começamos a estudar a possibilidade. Agora, vamos seguir as estratégias globais de lançamento deles”, afirmou.
O executivo explicou que a ideia será alinhar os lançamentos internacionais da Sony com o Brasil, fazendo com que os consumidores por aqui não fiquem muito tempo sem as novidades.
“O foco será em áudio porque conseguimos cativar amantes de fones de ouvido nos últimos três anos no Brasil. É uma categoria com crescimento exponencial”, explicou Ana Malerbi, gerente de marketing da Sony.
Outros produtos
Apesar do anúncio da retomada da comercialização de itens por aqui, a Sony esclareceu que não discute uma possível retomada de fabricação local.
O vice-presidente de produtos da Multilaser sustentou, porém, que existe a possibilidade de que os fones de ouvido sejam fabricados por aqui, o que seria interessante para diminuir o preço dos aparelhos nas lojas.
Além disso, por enquanto, somente fones de ouvido entram na parceria de retomada. Outros produtos como televisores, câmeras e outros equipamentos de áudio ainda não terão venda oficial no país, apesar da confessar não ter descartado outros acordos para vender de novo os eletrônicos.
Saída da Sony do Brasil
Em setembro de 2020, a Sony anunciou que fecharia sua fábrica em Manaus, espaço que acabou sendo comprado pela Mondial. À época, a justificativa da decisão foram as condições de mercado.
Além de finalizar a produção, a gigante japonesa anunciou no período que encerraria sua atividade comercial por aqui ao final de março deste ano. Atualmente, somente segmentos como a PlayStation, Sony Pictures (cinema), Sony Music (gravadora) e soluções profissionais operam oficialmente no Brasil.
Fonte: tecmundo.com.br