Criptomoedas: por que elas estão sendo usadas em crimes digitais?

Criptomoedas: por que elas estão sendo usadas em crimes digitais?

Especialista em cibersegurança alerta para o aumento no uso de moedas digitais para pagamento de resgaste de sistema e banco de dados

A popularização das criptomoedas vem crescendo a cada ano. Por terem um retorno muito rápido, a utilização de criptoativos atraem diversas pessoas pelo mundo que desejam obter lucros nos investimentos. Mas, com o sucesso, vem também o lado negativo: as criptomoedas estão sendo usadas em crimes virtuais. As características das moedas digitais atraem os ataques cibernéticos, já que elas possuem mecanismos que asseguram o anonimato nas transações de dinheiro em resgaste de sistemas ou de banco de dados, por exemplo.

Segundo Thiago Bordini, professor coordenador da pós-graduação em Inteligência de Ameaças Cibernéticas no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP), o uso de moedas digitais para atividades ilícitas não é novidade. “Os criminosos já usavam essa tática de regaste há bastante tempo. Por ser uma moeda descentralizada e possuir uma grande velocidade de transação, eles conseguem ter a confirmação do pagamento de forma imediata e redistribuir esse dinheiro para outras carteiras”.

De acordo com o especialista, o que vem mudando é o tipo de criptomoeda utilizada. Há muitos anos, os cibercriminosos utilizavam o Bitcoin como moeda de troca em ataque de ransomware. “Atualmente, houve um aumento na utilização da criptomoeda Monero, já que ela possui uma rastreabilidade menor que o Bitcoin. Com isso, os criminosos garantem o anonimato e recebem o dinheiro em negociações na Dark Web”, explica Bordini.

Segundo dados da Fortinet, somente no primeiro trimestre desse ano, o Brasil teve mais de 3 bilhões de tentativas de ataques virtuais. Um dos motivos para isso, é que as empresas não fazem o investimento necessário para a área de  cibersegurança. “O valor investido em contratações, serviços de consultoria ou seguros cibernéticos são bem baixos. Portanto, a gestão de risco de segurança ainda é pequena e sem planejamento. As companhias precisam entender que não é um custo a mais para elas e sim um redirecionamento para uma nova realidade, reposicionando as companhias e a competitividade da indústria”, finaliza.

Confira abaixo alguns casos recentes que tiveram pagamento em criptomoedas:

  • JBS – US$ 11 milhões em bitcoin;
  • Light – US$ 7 milhões em Monero;
  • Colonial Pipeline – US$ 5 milhões em bitcoin;
  • Garmin – aproximadamente US$ 10 milhões em bitcoin.

Sobre o IDESP 

Fundado em 2005, o Grupo Daryus, de origem e capital 100% brasileiro, tornou-se referência na atuação de Consultoria e Educação em GRC. A Daryus Educação promoveu a capacitação profissional para mais de 20 mil alunos, 60 cursos oferecidos, sendo 9 cursos de pós-graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação e parcerias com faculdade e institutos renomados. Atualmente, a empresa se reposiciona com o Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP) e continua a oferecer conhecimento em cursos voltados para educação executiva, treinamento e certificações internacionais nas áreas de continuidade de negócios, cibersegurança, segurança da informação, forense digital, inteligência de ameaças cibernéticas, gestão de riscos, gestão de TI, projetos e processos, entre outros. A empresa é pioneira na criação dos cursos de pós-graduação de segurança da informação, perícia forense digital, gestão riscos, continuidade de negócios e cibersegurança. Para mais informações, acesse: https://www.daryus.com.br/pos-graduacao

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