Todos os dias, mães refugiadas e deslocadas lutam para que seus colos voltem a ser o lugar mais seguro do mundo
Colo de mãe é o lugar mais seguro do mundo, certo? Infelizmente, para milhões de crianças refugiadas, a resposta é não.
São crianças que estão expostas a tantas situações de vulnerabilidades que não conseguem se sentir a salvo nem mesmo ao lado de suas mães. Para fugir de guerras, conflitos e violações dos direitos humanos, mães refugiadas enfrentam obstáculos inimagináveis: elas cruzam rios com seus filhos no colo sem saber nadar ou caminham por quilômetros sem saber aonde vão chegar. Não importa de onde elas sejam, as mães refugiadas têm em comum uma força que nos impressiona e inspira.
Neste Dia das Mães, relembre histórias de mulheres que fizeram o possível e o impossível para garantir a segurança daqueles que mais amam.
“Rezo para que meus filhos tenham uma vida bonita – melhor que a minha”
Abeer, 30, com seus filhos do lado de fora de sua casa em Dayr Hafir, Síria © ACNUR / Bassam Diab
Durante os dez anos de conflito na Síria, Abeer e seus cinco filhos se deslocaram inúmeras vezes para fugir da violência, mas a cada mudança os desafios aumentavam. A parte mais difícil era cuidar das feridas de sua filha mais nova, Amal, que perdeu a perna direita quando tinha apenas 18 meses após uma bomba explodir o quarto onde dormia. A cada mudança, as feridas abriam e demoravam meses para sarar. Hoje, a família retornou à Alepo, sua cidade natal, e luta para recomeçar sua vida em meio aos escombros que restaram na cidade. Com o seu apoio, Abeer e sua família podem reconstruir seus sonhos.
“Eu decidi ir embora. Eu estava preocupada que meus filhos morressem também se ficássemos lá”
Mãe solteira do lado de fora de seu abrigo em um assentamento para pessoas deslocadas internamente na cidade de Ibb, no Iêmen. Um quarto de todas as famílias deslocadas no país são chefiadas por mulheres © ACNUR/Rakan Al-Badani
Tijolo por tijolo, Nabiha reconstrói sua vida nos arredores do Mar Vermelho, no Iêmen. Seu marido morreu no início do conflito no país, que há seis anos assola o país. Mãe de três filhos e chefe da família, Nabiha foi forçada a se deslocar inúmeras vezes dentro do país. Agora, ela busca devolver a estabilidade de volta aos seus filhos e constrói uma casa longe das linhas de frente no conflito, mas ainda enfrenta um desafio assustador: a fome. O pouco que ganha é suficiente para apenas uma refeição, que normalmente consiste apenas de arroz e feijão. Muitas vezes Nabiha deixa de comer para alimentar seus filhos. Ao doar para o ACNUR, você ajuda a garantir a segurança alimentar de mães refugiadas e de seus filhos.
“Tudo queimou – só restaram as cinzas”
Halima perdeu tudo no incêndio que devastou grande parte do campo de Kutupalong. Ela ainda não sabe do paradeiro de um de seus filhos. © ACNUR/Amos Halder
Hamila passou pelos piores dias de sua vida quando o incêndio no campo de Kutupalong, em Bangladesh, a separou de seus filhos. Após dias em agonia, a refugiada Rohiynga encontrou todos os seus filhos são a salvos. Juntos eles se esforçam para retomar sua vida de onde pararam, apesar do incêndio ter queimado a maioria de seus poucos pertences. Agora, com sua família reunida novamente, tudo que Halima quer é a segurança de seus filhos. Ajude-a a recomeçar.
Filha do exílio
Amira, 24, segura sua recém-nascida, Sham. © ACNUR/Hannah Maule-ffinch
Amira deu à luz a sua segunda criança no campo de refugiados Azarq, na Jordânia. A pequena Sham é mais uma das filhas do conflito na Síria, que assola o país há uma década e já forçou 13,3 milhões de pessoas a se deslocarem. Graças do ao apoio que recebeu do ACNUR no pré e no pós-natal, Amira teve um parto seguro. Você pode fazer com que mais mães refugiadas tenham acesso a cuidados neonatais nos campos de refugiados.
“Eu andei e nadei. Tive que colocar meus filhos em segurança”
Maria (em amarelo) com suas filhas e outros membros da família em um centro de trânsito em Pemba, Moçambique. © ACNUR / Martim Gray Pereira
Maria estava trabalhando na plantação de arroz e mandioca de sua família quando seu marido ligou e avisou que a cidade de Palma, em Moçambique, estava sendo atacada. Junto com suas filhas, Maria correu em direção à praia em busca de segurança e deixou tudo para trás. Elas chegaram à costa e viajaram por dois dias para chegar à próxima cidade, mas logo tiveram que se deslocar novamente após os confrontos se aproximarem de onde estavam. Agora a família está em segurança em um abrigo em Pemba comandado pelo ACNUR. Mesmo assim, Maria ainda não tem notícias de seu marido.
Doando para o ACNUR, você contribui para que mães refugiadas construam uma nova vida ao lado de seus filhos.
Mãe deve ser refúgio, não refugiada.
Fonte: www.acnur.org