A Ford garantiu que fica no Brasil, de acordo com o site UOL. O motivo é o temor dos concessionários de uma saída definitiva da marca americana do país em médio prazo, com alguns falando em dois anos para acontecer.
Por conta disso, a rede Ford está empenhada em resolver logo a questão com a marca, visto que é esperada uma queda no faturamento de 80% com o fim da linha dos modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport. A rede terá apenas 120 lojas.
Em nota, a Ford disse que “continuará fornecendo assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul”.
Se não fosse pelo investimento já aprovado e acordado com o governo argentino, a Ford teria que dar mais explicações para o medo dos distribuidores de uma saída definitiva. Ainda assim, nada é seguro, leia mais abaixo.
Contudo, se retirar de um mercado de importância não é nada estranho entre os grandes fabricantes. A General Motors, por exemplo, simplesmente arrumou as malas e saiu de países como Austrália, Nova Zelândia, Índia e todo o Sudeste Asiático. Isso sem contar a Europa…
O objetivo da GM era o mesmo da Ford, reduzir custos para se tornar mais rentável. Como é líder na região, ficou por aqui, mas o próprio Carlos Zarlenga, presidente da empresa na região, já havia alertado para uma possível saída se os prejuízos não acabassem.
Por isso, o medo de uma saída da Ford não é nada infundado, ainda mais partindo de quem esteve ao lado da montadora há décadas. Um alento, no entanto, é a Austrália, onde a produção acabou, mas a marca continua até hoje, cinco anos depois.
Aqui, projetos já feitos foram descartados com o fechamento das fábricas, algo que nos faz lembrar da Índia. Lá, a Ford iria transferir seus ativos para a Mahindra e desenvolver três produtos em conjunto com a indiana.
O cancelamento do negócio se deu nos primeiros dias de 2021, de maneira abrupta também e pouco antes do anúncio nacional. Se a Ford vai ficar na Índia, não sabemos, mas é bom ficarmos de olho nisso…