O mercado nacional tem alguns carros bem antigos e parte deles tem mais de dez anos de presença por aqui.
Outros estão chegando perto disso e tem até modelo dos anos 90 ainda em comercialização no Brasil.
Assim, separamos alguns modelos que, tanto nacionais quanto importados, estão na estrada há bastante tempo e pedem urgentemente uma nova geração ou simplesmente precisam pendurar as chuteiras.
Veja a lista:
Chevrolet Montana
A picape leve da General Motors é mais antiga que aparenta. Lançada em 2010, é o exemplo máximo de retrocesso no desenvolvimento de automóveis, uma vez que assumiu o lugar de um produto mais moderno, a primeira Montana.
Usando a plataforma do Corsa de 1994 e adaptada sobre o Celta de 2001, a Montana é derivada do Agile, um hatch altinho que a GM teve a audácia de empurrar no mercado em um momento de crise. A picape 1.4 pede para sair faz tempo…
Chevrolet Spin
A minivan da GM está no mercado desde 2012 e é outro modelo da Chevrolet que já deveria ter sido substituído no mercado nacional, porém, a montadora ainda não colocou seu sucessor em testes, indicando que a coisa vai demorar.
Com muito espaço interno e porta-malas enorme, a Spin recebeu um bom facelift e a Chevrolet chegou a entrar na onda de chamar o produto de “SUV”, sendo que permanece como minivan e com o longevo Família I 1.8 SPE/4 de até 111 cavalos.
Fiat Grand Siena
O sedã compacto da marca italiana já está na estrada desde 2012, sendo o sucessor do Siena e importante player no segmento de compactos, porém, ele viu aparecer o Cronos, que é bem mais moderno, embora de porte semelhante.
O Grand Siena foi simplificado para funcionar como um modelo de entrada, usando velhos motores Fire 1.0 e 1.4, mas ele também matou parte das vendas do Cronos, que nunca emplacou como deveria e bem distante do irmão Argo.
Fiat Doblò
Alguns motoristas da multivan da Fiat nasceram com ela ou pouco depois, visto que o Doblò está por aqui desde 2001, ou seja, 20 anos de mercado nacional e ainda continua no portfólio da marca, além de custar mais de R$ 100 mil.
Usando motor 1.8 E.torQ, o Fiat Doblò tem bom espaço interno, capacidade para sete passageiros e boa confiabilidade, assim como robustez mecânica. Após tanto tempo, ele resiste e apenas com uma versão.
Fiat Uno
Há 21 anos ele é um hatch de entrada na atual geração, sendo que chegou aqui na primeira em 1983. O Uno andou sumido nos últimos anos, mas em 2020, com a queda no mercado por conta da pandemia, ele ressuscitou nas vendas.
Lançado em 2010, teve motores Fire e depois passou a dispor do Firefly, tanto 1.0 quanto 1.3, sem contar o câmbio automatizado GSR-Comfort. Atualmente focado em frotas, o modelo sairia de linha por esta época, mas ganhou sobrevida.
Hyundai ix35
Em agosto de 2010, ele apareceu como segunda geração do Tucson, mas a Hyundai CAOA manteve o primeiro em comercialização. Com linhas fluidas num visual atraente, o ix35 chegou ao Brasil e ficou de vez.
Feito em Anápolis-GO, o SUV (Tucson de segunda geração), foi ousado em estar em linha tanto com a geração anterior quanto com a posterior, ocupando a mesma fábrica. Com motor Nu 2.0, ele foi atualizado e não dá sinais de cansaço.
Jeep Grand Cherokee
Se você pensa que carro “jurássico” é somente o popular e, talvez, um ou outro médio, se enganou. No mercado de luxo, existem carros bem caros e com idade avançada, como o famoso Grand Cherokee.
Alguns podem dizer que a nova geração chegou (Grand Cherokee L), mas a verdade é que o antigo continua firme e forte. Herança da Daimler-Chrysler, o SUV da Jeep está no mercado desde 2010 e segue aqui com a série especial 80 Anos.
Mitsubishi Pajero Full
Achou o Grand Cherokee velho demais? É por que você não lembra quando surgiu a atual geração do Pajero Full. A atual (a última) geração V80 está na adolescência e não vai pedir valsa.
Lançado mundialmente em 2006, o Pajero Full conta com 15 anos e não terá sucessor. O SUV continua em produção no Japão, mas deve sumir no próximo ano. Robusto, o grandalhão de sete lugares ainda tem a versão curta, a 3D.
Mitsubishi ASX
Mais novo que o Pajero Full, o ASX é outro da Mitsubishi que está fazendo hora extra. Ele surgiu em 2010 e depois de algum tempo importado, passou a ser feito na fábrica da ex-MMC em Catalão-GO.
O crossover já foi até um Peugeot (Citroën também) e recentemente ganhou uma atualização, que no Brasil é oferecida como Outlander Sport. Contudo, ele já tem 21 anos e agora tem duas atualizações em produção no país.
Nissan V-Drive
O nome é novo, mas o carro é antigo. Com 10 anos de pista, o V-Drive é o Versa anterior, que surgiu em 2011. Feito em Resende-RJ, inicialmente vinha do México, assim como a nova geração.
Para mantê-lo em linha e com preços menores, a Nissan mudou seu nome e conservou o motor 1.0 12V, assim como o 1.6 16V. Com 460 litros no porta-malas, o compacto chegou com bom espaço interno e visual condizente (exceto o segundo).
Peugeot Partner
Lançada em 1996, o Peugeot Partner ainda está no mercado nacional, ao lado dos recentes Peugeot Expert e Boxer de nova geração. O monovolume tem motor 1.6 Flex de até 122 cavalos e câmbio manual.Já teve versão de passageiros e atualmente só é vendida como furgão. A versão elétrica, oferecida para empresas, já é de geração mais recente. Passou da hora da Peugeot trocar esse monovolume.
Volkswagen Fox
Embora a Fiat chame atenção para alguns modelos velhos, a VW tem um time de carros bem antigos, porém, de grande volume de vendas. O mais notório é o Fox, que dizem ter linha 2022 e não se sabe quando ele sairá de linha.
Contudo, não espere vê-lo depois de 2022. O hatch altinho é um projeto nacional e que foi lançado aqui em 2003. Teve exportação para a Europa, versão CrossFox e motores EA111/211, além de ter gerado a perua SpaceFox. Logo se despede.
Volkswagen Gol
Com 13 anos de mercado, o Gol está em sua terceira geração (de fato) e não está cansado da estrada, que também é um dos cinco carros mais vendidos do mercado. O hatch popular não terá sucessão direta, sendo um crossover o alvo da VW.
No Brasil desde 1980, este carro foi nada menos que campeão de vendas por 27 anos consecutivos, sendo forte nas gerações quadrada e bolinha. Na atual perdeu para players recentes. Em versões 1.0 e 1.6, além de opção de automática.
Volkswagen Voyage
Assim como o Gol, o atual Voyage está por aqui desde 2008 e recebeu as mesmas atualizações e propostas recentes do hatch, tendo boas vendas no Top 20 do mercado e, da mesma forma, tendo versão automática com motor 1.6 litro.
Com 480 litros no porta-malas, o Voyage é o modelo de acesso da VW, ficando abaixo do caríssimo Virtus e tendo uma boa oferta de opções, mas em versão única. Feito em Taubaté-SP, o veterano deve se aposentar até 2022.
Volkswagen Saveiro
Dois anos mais nova que Gol e Voyage da atual geração, a Saveiro também está em sua terceira forma e agora com mais de 10 anos de mercado. A picape leve da VW recebeu um importante facelift recentemente.
Mesmo lançada em 2010, a Saveiro é ainda tecnicamente mais moderna que a Nova Strada, tendo inclusive o XDS automático, algo que a rival da Fiat insiste em manter um botão para bloqueio eletrônico do diferencial. MQB vem aí…
Suzuki Jimny
Discreto, você só lembrará dele quando precisar atravessar uma trilha ruim e estiver com um carro comum. Pequenino, o 4×4 da Suzuki é da terceira geração, mas a quarta também está no mercado nacional e é chamada Jimny Sierra.
O Jimny nacional está em linha aqui desde 2012, mas vem lá de 1998, mantendo um conjunto bem robusto, porém, tecnicamente antigo, com eixos rígidos na frente e atrás, mas com bom motor 1.3 e a devida tração 4×4 com redução.
Fonte: www.noticiasautomotivas.com.br