Os Emirados Árabes Unidos (EAU) aparecem em algumas listas de paraísos fiscais, incluindo a da Receita Federal do Brasil, junto a outros países árabes e europeus, como Bahrein, Omã, Líbano, Panamá, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas, dentre outros.
Essa categorização pode impactar as relações comerciais e os investimentos com esses países. No entanto, é crucial adotar uma visão mais ampla para entender o papel
dos EAU e de outros países árabes na economia global e sua abordagem em relação à transparência fiscal e ao compliance.
Recentemente, os EAU têm empreendido esforços significativos para melhorar a transparência fiscal e alinhar suas práticas aos padrões internacionais. O país implementou reformas importantes, como a adesão às diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre troca de informações fiscais e a criação de um sistema de registro de beneficiários efetivos. Essas iniciativas visam aumentar a clareza nas transações financeiras e garantir a adequada supervisão dos fluxos de capitais.
O sistema regulatório dos EAU é robusto e eficaz, com a Autoridade Federal de Fiscalização de Mercados e Valores Mobiliários e a Autoridade de Serviços Financeiros de Dubai supervisionando as operações financeiras e assegurando que estejam em conformidade com normas internacionais. Esses órgãos trabalham para garantir que as instituições financeiras do país operem segundo as melhores práticas, proporcionando um ambiente de negócios seguro e regulamentado.
Além dos EAU, outros países árabes, como Bahrein, Omã e Líbano, também enfrentam
desafios semelhantes em relação à sua classificação em listas de paraísos fiscais.
Bahrein e Omã têm buscado adotar medidas de transparência fiscal e melhorar seus
sistemas de compliance, seguindo padrões internacionais para atrair investimentos e
fortalecer suas economias. O Líbano, por sua vez, tem feito esforços para reformar seu
setor financeiro e aumentar a transparência, embora enfrente desafios políticos e
econômicos significativos.
Como um hub financeiro e comercial crucial no Oriente Médio, os EAU desempenham um
papel significativo na economia global. Dubai e Abu Dhabi, em particular, são centros
internacionais para comércio, investimentos e serviços financeiros. A exclusão dos EAU e
de outros países árabes das listas de paraísos fiscais pode facilitar a continuidade das parcerias comerciais e investimentos internacionais, beneficiando a economia global e promovendo o desenvolvimento econômico.
Os EAU, Bahrein, Omã e o Líbano oferecem ambientes atrativos para investimentos
estrangeiros com políticas que incentivam a entrada de capitais e fomentam a inovação.
Com zonas de livre comércio e acordos bilaterais, esses países estimulam os
investimentos internacionais, trazendo benefícios tanto para investidores quanto para as economias locais. A categorização desses países como paraísos fiscais pode
desencorajar investimentos legítimos e limitar oportunidades de crescimento mútuo.