Se você tem algum contato com o mundo dos negócios é muito provável que já tenha ouvido falar dos 4 P’s do Marketing. Esse conceito foi criado em 1960 pelo professor Jerome McCarthy, mas muito difundido na década de 90 por Philip Kotler.
Os 4 P’s do Maketing é um modelo de estratégia, que segundo o McCarthy e Kotler, quando corretamente empregado, garantem resultados positivos em qualquer tipo de empresa. Cada P, representa uma palavra, Produto, Preço, Praça e Promoção, quem compõem o modelo e deve ser considerado no momento da realização do planejamento estratégico das organizações. O “P” de Produto – É o primeiro item que deve ser considerado, sendo aquilo que a empresa comercializa ou um serviço que tenha um valor agregado.
O “P” de Preço – É o segundo item, definir o valor do produto é crucial para o sucesso do negócio. O “P” de Praça – Vem em terceiro lugar e por sua vez, faz referência ao local onde o produto ou serviço será comercializado/prestado. Por fim O “P” de Promoção – apesar de remeter em nossas mentes quase que de imediato não é liquidação. Ela está relacionada com promover a marca e a busca por mecanismos de divulgação. Contudo nosso objetivo nesse breve artigo, não é dissertar sobre o conhecido modelo estratégico dos 4 P’s do marketing, mas apresentar outros modelos estratégico que venho arduamente difundindo as 4 forças ou 4 P’s da economia circular, mas antes, para que possamos absorver melhor esse conteúdo, é importante falarmos sobre esse modelo econômico emergente, a Economia Circular propriamente dita.
A Economia Circular, como o próprio nome sugere, é um modelo econômico que preconiza a busca a circulação dos materiais, assim, exaurindo ao máximo todo o seu potencial de geração de valor, isso se tornar um contrassenso muito forte, quando comparado com a economia linear (modelo que estamos habituados) que vê a prosperidade na eficiência do processo de extração, industrialização, comercialização e descarte. Atualmente o mecanismo mais empregado para o entendimento do conceito é o conhecido Diagrama Borboleta (nome dado, pela similaridade visual com o inseto), concebido pela Ellen Macarthur Fondation.
O diagrama se divide em o que chamamos de ciclo biológico “asa” da esquerda, onde vemos estratégias para circular esse tipo de recurso e ciclo técnico “asa” da direita onde é proposto uma serie de estratégias de circularidades dos materiais não regenerativos, entre essas estratégias estão: compartilhamento, reuso, remanufatura e reciclagem. Para a plena geração de valor em um modelo estratégico de Economia circular, que devemos empregar as 4 forças que apresentaremos a seguir. Primeiro – Poder do círculo interno: As “asas” do diagrama, são formadas por loop (círculos), naturalmente sendo alguns menores e outros maiores, no caso do ciclo técnico, o menor é o de compartilhamento e o maior, a reciclagem. Nessa Força de poder, busca-se fomentar a utilização dos menores círculos, por estarem mais próximos do utilizador, assim a reinserção na cadeia produtiva é o loop mais favorável.
A baixa necessidade de intervenção fabril eleva a preservação do valor do item. Ao longo da cadeia linear de abastecimento acumula-se grande ineficiência e a estratégia de circular produtos, elimina essas perdas acumulada sendo que quanto menor essa cadeia (poder do círculo interno) de reinserção, maior os ganhos. Segundo – Poder de circular por mais tempo: A segunda força de poder para ganhos na Economia Circular é o prolongamento da vida útil do produto, componentes e materiais, por exemplo, estendendo o uso de uma máquina de 1.000 para 10.000 ciclos e mudando o modelo de negócio de venda para locação ou prestação de serviço, isso permite aumentar a utilização de um bem, que se torna um ativo, e passa a gerar receita recorrente.
Terceiro – Poder de uso em cascata: Enquanto as criações de valor anteriores referem-se a reutilização de produtos e materiais dentro de um modelo circular sem perder suas características originais, a terceira força de poder na geração de valor, deslumbra a oportunidade da cascata de produtos: componentes ou materiais eventualmente passam a ser transformados e utilizá-los em nova aplicação, por exemplo, roupas de algodão que se transformam em enchimento para almofadas e, posteriormente, em material de isolamento antes de devolvê-lo como um nutriente biológico.
Quarto – Poder de puro, não tóxico e designs facilitador: A quarta força de poder trata do aprimoramento do potencial de criação de valor das forças anteriores e oferece uma série de benefícios adicionais. Para gerar valor máximo, cada uma das forças acima necessita uma certa pureza de material e qualidade dos produtos e componentes. Atualmente, muitos produtos pós-consumo tornam-se indisponíveis para a circularidade em função de muitas misturas de materiais, seja no momento da fabricação ou porque eles são coletados e manuseados sem segmentação e sem levar em conta preservação da pureza adequada.
Economias de escala e ganhos de eficiência na logística reversa, podem ser obtidas por meio de melhorias no design original de produtos, facilidade de separação, melhor identificação de componentes e substituição de material. A Economia Circular, não é um modelo utópico e sim uma realidade, uma onda digna de um tsunami que já se formou e está preste a impactar o mundo dos negócios como um todo, grandes organizações globais, já estão atentas e se preparando para fortes e profundas transformações que ouso a dizer que ser a precursora de uma nova revolução industrial, e quem estiver com as ferramentas/estratégias corretas, certamente colherão bons frutos.
Mais sobre a Indústria Fox:
Fundada em 2009, a Indústria Fox é pioneira em reciclagem com base na captação de gases no Brasil, foi a primeira fábrica de produção reversa de refrigeradores na América do Sul e se tornou referência em gestão e solução de armazenagem, manutenção, reforma e reparo de equipamentos. A empresa se posiciona com programas próprios de eficiência energética, além de processos de remanufatura de produtos. Com isso, é a única no Brasil a unir os três pilares de reciclagem, remanufatura e eficiência energética. Tudo isso alinhado com novas tecnologias e desenvolvimento de economia circular e indústria 4.0.