Fotografia bordada, com Bruna Alcântara | Foto: Divulgação
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O Museu de Arte Moderna de São Paulo traz, em fevereiro, uma programação de cursos em formato presencial, híbrido e online, cujo objetivo é ampliar o repertório e conhecimentos gerais sobre a história da arte e temas contemporâneos. Entre os temas abordados nas aulas, estão fotografia, artes visuais e historiografia.
Veja a seguir a programação na íntegra:
História dos genocídios e suas negações, com Patrícia Valim
Curso online, transmissões ao vivo
De 08/fev a 08/mar, quartas-feiras, das 19h às 21h | 4 encontros | Investimento: R$ 320,00
A partir do reconhecimento de que a chamada historiografia profissional não tem sido capaz de desmobilizar, sozinha, o discurso negacionista na mesma velocidade em que ele tem sido produzido, difundido e consumido no país, este curso discutirá um conjunto de obras artísticas que formam contradiscurso ao negacionismo dos genocídios cometidos no Brasil desde a invasão portuguesa no século XVI até a pandemia da Covid-19.
Estruturado em quatro aulas com diferentes abordagens temáticas, o curso busca explicar o negacionismo profissional a partir de exemplos conhecidos na história, para então abordar o genocídio indígena, o genocídio das populações negras e o genocídio pandêmico em obras de artistas como Ester Nazarian, Denilson Baniwa, Arissana Pataxó, Rosana Paulino, Rosângela Rennó, Lenora de Barros e Jaime Lauriano, entre outros.
Programa
Aula 1 – Uma genealogia do horror: negacionismo profissional, genocídio e testemunho
Não há crime sem que haja lei que o defina como tal? – Irene Serra
Genocídio – Daphne Odjig
Genocídio Armênio – Ester Nazarian
Holocausto – Esther Lurie
Genocídio Tutsi – Mariela Yeregui
Genocídio Cambojano – Vann Nath
Aula 2 – Genocídio indígena: dos portugueses a Jair Bolsonaro
Arissana Pataxó
Leide Pankararu
Lindaura Xukuru Kariri
Arawi Suruwi
Denilson Baniwa
Aula 3 – Genocídio das populações negras: entre o navio negreiro e o camburão da polícia
Rosana Paulino
Gê Viana
Ana Lira
Rosângela Rennó
Dalton Paula
Aula 4 – Genocídio pandêmico: negacionisters & cloroquiners
Aline Motta
Anna Maria Maiolino
Jaime Lauriano
Lenora de Barros
Sônia Gomes
Antonio Tarsis
Lambe-lambe para assumir uma linguagem, com Bruna Alcântara
oficina presencial, 11/fev, sábado, das 9h às 13h | Investimento: R$ 160,00
Os cartazes de rua se originaram na França, com a disseminação de casas de shows e prostíbulos, e se desenvolveram em conjunto com a história da publicidade. Mas como eles se transformaram em uma técnica artística de intervenção urbana recorrente nos dias atuais?
Esta oficina, ministrada pela artista visual Bruna Alcântara, prevê um resgate histórico dos cartazes pelo mundo até chegar em movimentos populares brasileiros. Em um primeiro momento da aula será feita uma apresentação teórica da história dos cartazes de rua e seus contextos de utilização. Depois, será realizada uma prática coletiva do fazer manual de um lambe-lambe e sua instalação pelas ruas, tapumes e postes.
Fotografia bordada, com Bruna Alcântara
oficina presencial, 12/fev, domingo, das 9h às 13h | Investimento: R$ 160,00
Ministrada pela artista visual Bruna Alcântara, esta oficina de fotografia bordada busca unir técnicas básicas de bordado em fotografia impressa para propor novas possibilidades de expressão e estimular reflexões sobre estas duas linguagens que costuram memórias de diversas gerações, ganhando novos significados com o passar do tempo.
Ao desvincular o bordado da tradição doméstica, a oficina propõe a construção de uma linguagem poética autoral, através de uma prática que, antes, era vista como um fazer manual feminino. Para tanto, serão apresentadas algumas referências de produção no ambiente da arte contemporânea que permitam materializar questões ligadas aos direitos humanos e das mulheres.
*A oficina é aberta a interessados em geral, não sendo necessária experiência anterior com bordado.
Proust e as artes, com Brunno Almeida Maia
masterclass presencial, 25/fev, sábado, das 15h às 17h | Investimento: R$ 80,00
Por ocasião da efeméride de 100 anos da morte do escritor francês Marcel Proust, e o lançamento do livro póstumo Proust e as artes (Todavia), do filósofo Roberto Machado, o pesquisador Brunno Almeida Maia ministra a aula presencial Proust e as artes, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
O objetivo do encontro é discutir a presença de uma teoria da arte nos sete volumes do Em busca do tempo perdido (1913-1922), desenvolvida pela perspectiva da recepção e o subjetivismo do fruidor, a espiritualização da obra de arte e sua dispensa da materialidade, pontuando os temas As impressões dos sentidos na Recherche, A música, a pintura e a presença da literatura na Recherche.
Os 10 primeiros inscritos ganharão um exemplar físico do livro Proust e as artes, de Roberto Machado, publicado pela Editora Todavia. O curso contempla certificado ao final.
Programa
– Introdução ao projeto da Recherche;
– Proust e a literatura modernista;
– Os signos mundanos, sensíveis, amorosos e da arte na Recherche;
– As impressões dos sentidos e a fenomenologia da obra de arte na Recherche;
– A música, a pintura e a literatura na Recherche;
– Pode a arte salvar a vida?
Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.
O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.
Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser.
*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.
Dúvidas: cursos@mam.org.br | WhatsApp: 11 99774 3987
Telefone: (11) 5085-1300
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado