Após seis anos de seu lançamento no São Paulo Fashion Week, o movimento Sou de Algodão retorna às suas raízes e volta a ser um dos destaques do maior evento de moda da América Latina. O desfile aconteceu no dia 17 de novembro, em São Paulo e teve transmissão online. A produção é foi por conta de Paulo Borges, criador e diretor do SPFW, e o styling de Paulo Martinez, um dos grandes ícones da moda brasileira. Foram 18 estilistas participantes com 36 looks exclusivos, ressaltando criatividade e tendências.
A proposta do desfile é valorizar a matéria-prima cultivada de forma responsável, provocar reflexão sobre a moda consciente e mostrar que o algodão vai muito além da moda básica. Sua versatilidade é colocada em prática através de alfaiataria, artes manuais e diversos tipos de tecidos como malha, gaze, tricoline, jacquard, sarja e denim.
Desfile é costurado por muitas parcerias
Ao todo, são 37 empresas parceiras do Movimento Sou de Algodão que fazem o desfile acontecer, sendo 18 marcas, que também fazem parte do line-up oficial do SPFW, e 19 tecelagens, malharias e fiações.
As marcas trazem a união de grandes nomes: Amapô, Ateliê Mão de Mãe, AZ Marias, Dendezeiro, Heloísa Faria, Isaac Silva, Korshi 01, Martins, Maurício Duarte, Meninos Rei, Naya Violeta, Rocio Canvas, Ronaldo Silvestre, Santa Resistência, Silvério, Soul Básico, TA Studios e Thear. Com isso, o desfile reúne conceitos criativos que passam por minimalismo e multifuncionalidade aliados à temáticas sociais de gênero, identidade e raízes culturais. Tudo isso para reforçar a ideia de que o algodão é democrático e diverso.
Já o grupo das tecelagens, malharias e fiações, apresentam: Canatiba, Cataguases, Cedro Têxtil, Círculo, Dalila Ateliê Têxtil, Fios Pingouin, Innovativ Tecidos, Lunelli Têxtil, Paranatex, Peripan, RenauxView, Santanense, Santista Jeanswear, Tecidos Constâncio Vieira, Teray Têxtil, Têxtil Piratininga, Textilfio, Unitêxtil, Urbano Têxtil e Vicunha.
Conceito criativo e produção por nomes de peso
O desfile tem assinatura de Paulo Borges, embaixador do lançamento do Sou de Algodão em 2016, e que acompanha toda a evolução do movimento. Com essa expertise, a ação traz todo o posicionamento que o algodão brasileiro construiu no País.
O styling, assinado por Paulo Martinez, apresenta um conceito pensado no processo criativo e na identidade de cada estilista. “Montamos uma cartela de cores e passamos para os responsáveis desenvolverem os looks. Teremos brancos, terrosos, vermelhos, amarelos, verdes e azuis. Vamos seguir essa definição, sem nossa intervenção na criação das roupas, porque todos os estilistas já possuem o próprio DNA”, explica.
A beleza segue a mesma ideia e é assinada pelo beauty artist Marcos Costa. “A maquiagem é super natural, respeitando a personalidade de cada modelo. Em alguns momentos, teremos pinceladas de cores inspiradas na cartela de tons definida pelo styling”, explica.
A cenografia, assinada por Claudia Nascimento, une o campo e a moda com tecidos de algodão revestindo a passarela e com projeções de fases da lavoura. O material utilizado, fornecido pelas tecelagens Canatiba e Unitêxtil, será doado ao Instituto ITI, do estilista Ronaldo Silvestre. A instituição, em setembro, perdeu parte dos seus materiais e tecidos em um incêndio de grandes proporções.
Fonte: Guia Jeans Wear