Entre os dez veículos mais vendidos no país, de acordo com o ranking da Fenabrave, metade apresenta essa tendência, segundo um levantamento da Kelley Blue Book Brasil (KBB)
Alguns carros seminovos estão sendo vendidos com preços acima dos modelos equivalentes zero quilômetro, um comportamento bastante atípico, segundo um levantamento da Kelley Blue Book Brasil (KBB). Entre os dez veículos mais vendidos no país, de acordo com o ranking da Fenabrave, metade apresenta essa tendência.
O Fiat Strada 2021 seminovo, por exemplo, pode ser vendido, em média, até 3,37% mais caro do que o equivalente zero quilômetro. A tabela a seguir mostra quais são as faixas de preços negociadas por cada um dos cinco modelos e a variação entre o preço zero quilômetro mais baixo e o preço de revendedor mais alto no mercado, segundo a tabela da KBB Brasil de março de 2021. A empresa tomou como base os valores referentes ao estado de São Paulo.
Diferença de preço entre carros zero quilômetro e seminovos
Veículo | Faixa média de preço zero quilômetro | Faixa média de preço de revendedor | Diferença de preço |
Fiat Strada 2021 | R$ 79.060 a R$ 79.859 | R$ 77.192 a R$ 81.725 | 3,37% |
Volkswagen T-Cross 2021 | R$ 113.241 a R$ 114.385 | R$ 111.135 a R$ 116.489 | 2,87% |
Chevrolet Onix Plus 2021 | R$ 77.677 a R$ 78.462 | R$ 75.113 a R$ 79.565 | 2,43% |
Hyundai HB20 2021 | R$ 67.806 a R$ 68.498 | R$ 65.717 a R$ 69.272 | 2,16% |
Chevrolet Onix 2021 | R$ 71.726 a R$ 72.451 | R$ 69.438 a R$ 73.039 | 1,83% |
Dentre as possíveis explicações para a ocorrência desse fenômeno anormal está o desequilíbrio entre a oferta e a demanda, tanto para veículos novos quanto usados, segundo a KBB. Os efeitos da pandemia da covid-19 na cadeia de produção de carros novos forçaram a paralisação da fabricação de modelos importantes para o mercado e provocaram um descompasso praticamente generalizado na oferta de automóveis nas concessionárias.
Nesse contexto, a fila e o tempo de espera para alguns modelos novos podem fazer com que ofertas de alternativas seminovas, com baixa quilometragem, se valorizem, sobretudo num momento em que o mercado de usados como um todo também está aquecido, com forte demanda, explica a KBB.
Fonte: valorinveste.globo.com