Evento fez parte da programação da 21ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto
A Biblioteca Sinhá Junqueira (BSJ), em parceria com a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, idealizadora da 21ª Feira Internacional do Livro (FIL), realizou no Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis (SP) duas atividades culturais que contemplaram a Jornada de Cidadania e Empregabilidade. Em um feito inédito, as três instituições uniram a programação e conseguiram realizar os eventos (FIL, BSJ “Literatura Brasileira” e Jornada da Cidadania), que aconteceriam em datas diferentes e em cada unidade, para serem realizados na mesma semana e de forma simultânea. As atividades integraram a programação da FIL, que aconteceu neste ano de forma híbrida, de 19 a 28 de agosto, em Ribeirão Preto, com mais de 300 atividades gratuitas.
Foram duas atividades realizadas na penitenciária. A primeira, realizada no dia 22 de agosto, foi a palestra “Escrevendo Poesia”, com o compositor, mestre em Geografia e poeta, Renan Inquérito e Pop Black, que utilizam a música e a literatura como ferramentas de transformação social. Durante a atividade, Renan Inquérito interagiu com o público e mostrou que o rap é poético e que todas as pessoas podem escrever poesia. Já a oficina “Fanzinando no cárcere”, aconteceu no dia 25 de agosto, com o professor e fanzineiro João Francisco Aguiar, coautor do livro “Zines do Cárcere”, que ensinou a arte de criar fanzines. Os participantes criaram diversos zines com mensagens de reflexo reflexão sobre a vida e o cotidiano na prisão.
“A BSJ tem por objetivo fazer parcerias, estar em múltiplos lugares, apoiando e realizando atividades de incentivo à leitura e a arte”, explica Ciro Monteiro, diretor da Biblioteca Sinhá Junqueira, mantida pela Fundação Educandário de Ribeirão Preto.
Para Dulce Neves, presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, ampliar os limites do conhecimento e do incentivo à leitura está entre os principais objetivos da FIL. “Neste ano, a Feira do Livro registrou um público de cerca de 193 mil pessoas, sendo 178 mil participantes de forma presencial e 15 mil acessos on-line. Estarmos em novos locais, como no Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis, foi um novo passo para que possamos ampliar nossa base de debates, reflexões e para reforçarmos nosso papel sociocultural. O que comprova que a feira é encontro, e principalmente nesta edição, reencontro e conexão”.