País terá 14 dias seguidos de confinamento a partir de segunda-feira (22), em vez de modelo atual de uma semana de confinamento seguida por uma de relaxamento. Presidente Nicolás Maduro expressou preocupação com disparada de casos de variante brasileira.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou neste domingo (21) a prorrogação do confinamento durante a Semana Santa para frear o avanço da variante brasileira do coronavírus, que já disparou os casos no país caribenho.
“Anuncio que a Semana Santa este ano será em uma quarentena radical novamente”, afirmou Maduro durante um discurso transmitido pela televisão estatal em que decretou 14 dias seguidos de confinamento a partir desta segunda-feira.
Em meio a um esquema que consiste em sete dias de relaxamento seguidos de sete de “quarentena radical”, Maduro, que se disse preocupado com a variante brasileira e com um “relaxamento” dos cidadãos, pediu um reforço do isolamento.
Embora a variante brasileira seja um “fator fundamental” no aumento de casos confirmados, o “fator multiplicador” é o “relaxamento das medidas de prevenção”, apontou o presidente, que questionou a proliferação de festas.
Na sexta-feira, o governo venezuelano alertou para a chegada de uma segunda onda de Covid-19 mais contagiosa do que a registrada em 2020, em consequência da variante que surgiu no Brasil.
Sem detalhar o percentual, Maduro ressaltou que, por conta disso, “a ocupação de leitos hospitalares está aumentando” na Venezuela.
Até sábado, o governo confirmou 150.306 infecções e 1.483 mortes no país de 30 milhões de habitantes, mas os números são questionados pela oposição e por organizações não governamentais.
A Venezuela inicou sua campanha de vacinação em fevereiro com a vacina russa Sputnik V, tendo como prioridade profissionais de saúde e autoridades. Em março, também passou a aplicar a injeção da farmacêutica chinesa Sinopharm.
Com a oposição, liderada por Juan Guaidó, foi acordada a liberação de US$ 30 milhões para acessar vacinas pelo mecanismo Covax da OMS.
Maduro informou ainda que na primeira semana de abril chegarão 60 mil vacinas desenvolvidas em Cuba para ensaios clínicos.
Fonte: g1.globo.com