Roteiro em Portugal: 21 dias de viagem do Algarve até Porto

Roteiro em Portugal: 21 dias de viagem do Algarve até Porto

Quando dizemos às pessoas que passamos 26 dias viajando por Portugal, elas nos olham com uma cara bastante incrédula.

Quando dizemos às pessoas que passamos 26 dias viajando por Portugal, elas nos olham com uma cara bastante incrédula. Afinal, a maioria dos viajantes passa dois dias em Lisboa, dois dias em Porto e ‘by by’ terras lusitanas. O que haveria de tanto para ver, fazer e conhecer em um país cuja área é pouco menor do que o estado de Santa Catarina? Olha, as opções de turismo são tantas que, mesmo em 26 dias, não conseguimos visitar tudo o que gostaríamos. Desde as praias deslumbrantes do Algarve, no extremo sul; até as cidades históricas do norte, Portugal desdobra-se em palácios, fortes, castelos, museus, igrejas, rios, campos, monumentos, sítios arqueológicos, penhascos, praias, ilhas, mosteiros, vinhedos, montanhas, parques e um sem fim de pontos turísticos. Tudo acompanhado da deliciosa culinária típica, que já é uma atração por si só.  Quem quiser conhecer esse país esplêndido pode pegar o caderninho e começar a anotar nossa sugestão de roteiro em Portugal.

O roteiro em Portugal que descrevemos abaixo tem uma duração total de 21 dias, indo de Lagos até Braga. Mas ele pode ser tranquilamente cumprido por quem tem menos tempo de viagem disponível. Como o país é muito pequeno, basta selecionar as cidades/praias/atrações que você deseja visitar e que cabem nas suas férias, pulando as que não cabem. Para quem precisa escolher, não podemos deixar de recomendar o Algarve, Porto, Óbidos, Coimbra e Sintra como os locais que mais nos apaixonaram. E Lisboa? Visite se tiver tempo, mas não se apegue. Foi a cidade que menos nos impressionou no país todo, embora tenhamos caído de amores pelas noites de boemia sem fim no Bairro Alto. Outro detalhe importante de mencionar é que Portugal é um lugar que você consegue aproveitar melhor se for visitado de carro alugado.

Isso porque, mesmo estando na Europa, o país não é exatamente a Suíça, e não dispõe de uma rede tão ampla e farta de transporte quanto seria o ideal para percorrer tudo sem um veículo próprio. Há praias, por exemplo, onde só se chega de carro, e outras com transporte tão escasso que você leva muito tempo para ir voltar, matando boa parte do seu dia. Além disso, alugar um veículo possibilita que você percorra várias atrações que estão localizadas muito perto, mas não na mesma cidade, em um único dia. Isso seria quase impossível se ficasse na dependência de um transporte público. Lembrando que Portugal é um dos países mais baratos do Velho Continente e cujas estradas são muito boas – faça cotação do aluguel aqui. Mesmo assim, damos todas as instruções sobre como fazer os passeios sem um automóvel. Seja de carro, ônibus ou trem, visite o país por inteiro que você não vai se arrepender!

Roteiro em Portugal – Dia 1: Lagos (Algarve)

Este roteiro em Portugal já começa a mil! Isso porque tudo se inicia no Algarve, a região mais ao sul do país e famosa por suas belíssimas praias de águas muito azuis emolduradas por rochas douradas. A melhor cidade para usar como base para os passeios é Lagos, localizada 300 quilômetros ao sul de Lisboa. Acorde cedo e, se você estiver de carro, é só setar o GPS em direção à Ponta da Piedade, a três quilômetros do centro. Se estiver de ônibus, dirija-se à Praça Infante Dom Henrique, bem no coração da cidade, e procure pela parada do ônibus da Linha 2 – Azul da empresa Onda. O coletivo custa 1,20 euros, sai de hora em hora a partir das 7h22 e leva apenas oito minutos para percorrer o trajeto até a parada seguinte, que é a Praia Dona Ana (confira a tabela horária completa aqui).

Uma vez lá, deixe apreciar esta bela faixa de areia na volta, retorne duas quadras por onde o ônibus veio, na Alameda Dr. Armando Soares Ribeiro, e dobre para a esquerda na Estrada da Ponta da Piedade. A partir daqui, são 15 minutos de caminhada em linha reta (1 quilômetro), até chegar à Ponta da Piedade. A estrada termina nela, então não tem como errar. A Ponta da Piedade não é uma praia, mas uma bela coleção de falésias recortadas pela ação do mar e do tempo. A vista lá de cima da estrada já é de tirar o fôlego! Em meio a suas rochas douradas, a natureza escavou uma série de grutas sensacionais, que só podem ser vistas de barco. Para fazer o passeio, basta seguir as trilhas de terra que descem em direção ao mar e percorrer a escadaria de 128 degraus que leva até o píer.

Os tours de barco saem a todo momento, bastando para isso que as pequenas embarcações lotem com seis pessoas – às vezes, já partem mesmo com quatro. O passeio dura 30 minutos e custa 15 euros por pessoa. O barco vai entrar e sair por meia dúzia de grutas sensacionais, além de deixar você cara a cara com os paredões de pedra e pitorescas rochas que parecem flutuar sobre o mar hora muito azul, horas muito verde. Depois do tour pela água, suba de volta pelos 128 degraus e vá explorar as incríveis vistas que se descortinam lá de cima em meio a muitas trilhas de terra. Depois de concluído o passeio pela Ponta da Piedade, quem está sem carro pode continuar seguindo pelas picadas no alto dos rochedos em direção ao norte ou voltar pelo mesmo caminho que veio, a Estrada da Ponta da Piedade.

Fica a seu critério, sendo que a primeira opção descortina muitas vistas lindas, mas a segunda é mais rápida e menos cansativa. Quem estiver de carro pode dar a volta e dirigir por meros dois minutos até o próximo estacionamento a sua direita. Trata-se da entrada para a Praia do Camilo, uma minúscula baía cercada pelas já muito mencionadas rochas douradas, em cuja extremidade esquerda o mar cavou pequenas grutas. Antes de se jogar pela escadaria de madeira que leva até a beira-mar, explore as trilhas de terra nas falésias ao redor da praia. É nesta parte do litoral de Lagos que você vai encontrar os recantos e formações mais bonitos do balneário. Depois de cansar o dedinho no botão da máquina fotográfica, é hora sim de descer até a areia. Encontre um cantinho para abrir a esteira, sentar e fazer uma pausa para o almoço.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois de descansadas as pernas e a cabeça, explore a pequena enseada e suba de volta todos aqueles degraus. Pegue o carro e siga novamente pela Estrada da Ponta da Piedade, entrando na primeira rua à direita. Você estará de volta à Praia Dona Ana. A pé, as opções são iguais às da primeira caminhada: seguir pelas trilhas nos altos dos rochedos ou pegar a mesma estrada que os carros. De qualquer forma, será apenas 1 quilômetro andando até chegar à Dona Ana. Muito popular e de fácil acesso, esta faixa de areia reúne muitas famílias e está quase sempre lotada. O que não diminui em nada sua beleza. O roteiro é o mesmo da Praia do Camilo: explore as trilhas nas rochas para ter vistas maravilhosas do alto das falésias e, depois, desça para a areia para encerrar o passeio.

A parte praiana do primeiro dia do roteiro em Portugal termina aqui. Basta pegar o carro e dirigir de volta ao seu hotel ou pegar o ônibus da Linha 2 – Azul da Onda exatamente no mesmo ponto onde você desceu pela manhã. Para quem quiser finalizar a noite em um clima bem português, recomendamos ir até a Esquina do Fado (Rua Marquês de Pombal 30, está sinalizado no mapa). Misto de bistrô típico e bar a tapas, é um lugar informal e aconchegante. Você pode pedir linguiças, sardinhas, queijos, frios, saladas, camarões, sanduíches e sobremesas para fazer uma bela mesa de degustação de petiscos portugueses. Para saber em detalhes como chegar a Lagos e como visitar a região, com mapas, confira nosso roteiro no Algarve. Quer sugestão de onde ficar na cidade e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 2: Benagil e Praia da Marinha (Algarve)

Segundo dia de roteiro em Portugal, hora de pegar o carro para conhecer as belezas que ficam fora de Lagos. Basta setar a Praia de Benagil no GPS e aproveitar a jornada de 45 minutos pela rodovia N125. Quem não estiver de carro alugado tem duas alternativas para visitar o local: uma é reservar um passeio de barco diretamente de Lagos até lá. O custo é de 40 euros e o tour leva duas horas (veja mais informações aqui).  Mas é claro que, neste caso, você ficaria impossibilitado de completar o restante do roteiro, pelo menos no mesmo dia. A segunda opção sem carro é ir à Estação Rodoviária de Lagos – Rua Mercado de Levante 9, em frente à marina – e pegar um ônibus local que vá até Lagoa (veja aqui os horários), de onde deve tomar um táxi para percorrer os sete quilômetros de distância até Benagil por cerca de 10 euros.

Assim que chegar à praia, você deve se dirigir a uma das duas empresas de barco que operam tours para as grutas e marcar o seu – o custo é de 20 euros. Podem haver pouquíssimas vagas para horários próximos, principalmente se você estiver viajando na alta temporada de verão, que vai de junho a agosto. De posse da sua reserva, organize-se conforme o horário do passeio para pode conhecer todas as atrações da região. Mas vamos supor que você conseguiu embarcar direto e que esse será o primeiro ponto turístico do dia. O passeio de barco dura cerca de uma hora e vai levar você para admirar paredões de pedra hora dourados, hora brancos, que se erguem muitos metros acima do mar extremamente azul e abrigam grutas gigantescas. Muito maiores do que as que você viu na Ponta da Piedade, sendo que uma delas é muito especial.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Trata-se do Algar de Benagil, uma caverna em cuja parte superior a ação do tempo abriu um buraco que permite a entrada de luz e que abriga uma praia de areia em seu interior. Um lugar simplesmente fantástico! De volta à praia, suba pela rua que vai pelo lado direito de quem está de costas para o mar e que vai dar acesso aos paredões de rocha pelo lado de cima. Aqui não existe Google Maps com o qual possamos te ajudar, basta ir se embrenhando pelas trilhas de terra que saem do estacionamento e chegar até a beira dos penhascos. Você descortinará vistas deslumbrantes de praias escondidas – onde só se chega de barco ou caiaque – e também terá oportunidade de vislumbrar uma das grutas de Benagil pelo ângulo oposto: de cima para baixo. Seguindo com o roteiro em Portugal, é hora de pegar o carro novamente para se dirigir à praia vizinha da Marinha.

São apenas sete minutos de carro – 1,8 quilômetros – seguindo pela mesma estrada na qual você subiu para ter acesso aos penhascos, na direção oposta a de Lagos. Se você não estiver de carro, as opções são pegar um táxi e combinar com ele um horário para fazer o trajeto de volta, ou caminhar pela beira dos penhascos. Mas observe que esta segunda opção pode ser bastante cansativa, principalmente nos dias de calor forte, pois não há uma trilha clara e conservada, apenas picadas na terra. A Praia da Marinha é considerada uma das mais lindas do mundo e sua faixa de areia jaz abrigada entre paredões de rocha dourada muito altos e que formam desenhos e enseadas. Assim que estacionar o carro, você verá inúmero mirantes para admirar a beleza lá embaixo, é só se perder pelos caminhos que seguem pelo lado direito de quem olha para o mar.

Quando cansar de ver tudo de cima, é hora de descer o caminho que sai pela esquerda do estacionamento e que vai dar acesso à areia. Existe um restaurante lá embaixo onde você pode aproveitar para fazer uma pausa de descanso na sombra e beber uma cerveja com essa vista sensacional. Depois, passeie pela praia à vontade. Encerrado o passeio, volte para Lagos e, depois de um belo banho no hotel, é hora de conhecer um pub muito gostoso da cidade. Trata-se do Ol’ Bastard’s (Rua Cândido dos Reis 115, está sinalizado no mapa).  Neste bar aconchegante, você poderá provar os deliciosos peixes portugueses cozinhados no estilo britânico e servidos com batata frita – o famoso fish’n’chips. Para acompanhar, a casa serve cerveja artesanal lusitana. Ideal para fazer um brinde ao seu roteiro em Portugal!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 3: Praia da Albandeira (Algarve)/Évora

Terceiro dia de roteiro em Portugal e é hora de se despedir do Algarve. Mas não sem antes conhecer mais uma praia de tirar o fôlego! Depois de fazer o check outo do hotel, se estiver de carro, é só setar no GPS a Praia da Albandeira. A distância é de 35 quilômetros. O caminho é exatamente o mesmo que você percorreu até Benagil no dia anterior, sendo que Albandeira fica apenas 2,5 quilômetros adiante da Praia da Marinha. Passando por ela, a estrada é de apenas uma pista para as duas mãos, por isso vá com cautela. Sem carro, a opção é ir à Estação Rodoviária de Lagos – Rua Mercado de Levante 9, em frente à marina – e pegar um ônibus local que vá até Lagoa (veja aqui os horários), de onde deve tomar um táxi para percorrer os 8,5 quilômetros de distância até Albandeira.

Mas não esqueça de combinar a volta, pois lá não há meios de transporte! Uma vez em Albandeira, a primeira atração são as belíssimas formações de rocha ao redor da minúscula faixa de areia.  Seguindo pelas trilhas da direita de quem olha para a praia, você verá um belíssimo e imenso arco de pedra que se ergue sobre o mar muito verde. É de chorar de tão lindo. Por fim, você pode morrer na areia fofa da praia até cansar. Mas este não é o fim do terceiro dia de roteiro em Portugal! Ainda é preciso chegar até a cidade de Évora, localizada no norte da região do Alentejo, 35 quilômetros a leste de Lisboa e 225 quilômetros ao norte de Faro. Se você estiver com um veículo alugado, é só setar Évora no GPS e aproveitar as excelentes estradas portuguesas.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Se não, volte para Lagoa e pegue a mesma linha de ônibus que usou para sair de Lagos. O destino agora é o ponto final dela, em Faro, a capital do Algarve. De lá, você pode escolher pegar um trem ou um ônibus até Évora. Há três coletivos por dia, que partem às 8h15, 11h15 e 16h30. São 4h15 de estrada, com passagens a partir de 16,60 euros. Já os comboios são dois – às 7h e 15h05 –, as viagens duram 3h30 e custam a partir de 25,50 euros. Para compra de passagens e mais informações, acesse os sites da Comboios de Portugal e da Rede Nacional de Expressos. A estação rodoviária de Évora fica a apenas duas quadras das muralhas, com fácil acesso a pé à parte central e histórica da cidade. Já a estação ferroviária fica um pouco mais distante, a 1,3 quilômetros de caminhada do centro.

Se estiver carregando pouco peso, o trajeto pode ser completado em 15 minutos de caminhada ladeira acima. Se não, é melhor pegar um táxi. Depois de encontrar seu hotel, fazer o check in, deixar as malas e tomar um banho, você deve estar morto de fome e louco para jantar. Nossa sugestão é a Praça do Giraldo, no coração da cidade, onde há vários restaurantes com mesas na calçada entre os quais escolher. Depois disso, sim, terminou o terceiro dia de roteiro em Portugal. Volte ao hotel para uma boa noite de sono porque, na manhã seguinte, será preciso acordar bem cedo! Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Évora. Quer sugestão de onde ficar na cidade e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 4: Évora

O quarto dia do roteiro em Portugal será totalmente dedicado a Évora, a capital da região do Alentejo e cujo centro histórico cercado por muralhas medievais foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco. É nesta parte da cidade que estão concentradas todas as atrações turísticas e por onde você pode fazer um delicioso passeio todo a pé. A começar pela imponente Sé. Consagrado em 1204, este templo erguido em granito mistura os estilos românico e gótico e lembra mais um castelo do que uma igreja. Já de cara, no portal de entrada, você vai se impressionar com as estátuas dos apóstolos, do século XIV. Por dentro, destaca-se a nave principal, com com cerca de 80 metros de comprimento (trata-se da maior catedral portuguesa).

Não perca ainda a vista panorâmica do telhado, de onde se pode acompanhar de perto o conjunto de sinos dando as horas na torre sul. O claustro, de 1325, também é uma beleza. A Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção abre para visitação todos os dias, das 9h às 17h. A entrada na igreja custa 2 euros, igreja +  claustro são 2,50 e igreja + claustro + vista panorâmica, 3,50. Saindo da Sé e indo para o lado esquerdo, você vira na primeira à direita, primeira a esquerda e, em 3 minutos de caminhada, já vai avistar outra atração da cidade: o Templo Romano. Erguido no século II ou III, acredita-se que tenha sido dedicado à deusa da caça, Diana. Logo em frente a ele está o Jardim de Diana, de onde se tem uma pequena vista da cidade.

Cruzando por ele, você deve pegar a esquerda na Rua do Menino Jesus, entrar na primeira à esquerda (Rua de Dona Isabel), passar pelo Arco Romano de Dona Isabel e entrar novamente à esquerda, na Rua de Olivença. Siga até a próxima esquina e você avistará mais um vestígio de que Évora já foi uma cidade romana. Ali, o comércio local se desenvolveu em meio às ruínas dos antigos banhos romanos, formando um quadro bastante curioso. A essa altura do passeio, você já estará com fome. Então dobre à esquerda na Praça do Sertório, siga pela direita enquanto ela vira Travessa do Sertório, dobre a direita quando chegar à Rua Nova, à direita na Rua João de Deus, à esquerda na Rua do Imaginário, à direita na Rua de Santa Catharina, e à esquerda na Rua Gabriel Victor do Monte Pereira.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Ufa, parece um looooooongo caminho mas foram apenas 5 minutos de caminhada pelas labirínticas ruelas medievais de Évora. Faz parte do charme do passeio. Logo ali, no número 21, você vai encontrar a Adega do Alentejano, uma taberna típica portuguesa com os melhores pratos da região e preços que passam longe da exploração turística. Satisfeita a fome, é hora de seguir com o roteiro em Portugal. Saindo da Adega do Alentejano, vá para o lado esquerdo e siga até encontrar a Rua de São Domingos, onde deve entrar à direita. Logo em frente estará a Praça Joaquim Antônio de Aguiar. Cruze para o outro lado e siga até a esquina da Rua Cândido dos Reis, onde deve entrar à esquerda. Dali, é só seguir reto até chegar ao fim do centro histórico, em uma grande rotatória.

Não se preocupe, pois são menos de 10 minutos de caminhada. Olhando para a sua direita, você verá, passando sobre a rodovia, o Aqueduto da Água de Prata. Esta monumental obra de engenharia, da qual hoje restam apenas 9 quilômetros, impressionou tanto na época de sua construção que é até citada em Os Lusíadas, de Camões. Feito o devido registro, volte até a rotatória de onde você veio e agora siga na direção contrária da do aqueduto. Andando pela rodovia IP 2 por mais 10 minutos, você chegará até os resquícios das muralhas de Évora. A cidade foi fortificada pela primeira vez ainda no Império Romano, mas nada daqueles muros sobreviveu até os nossos tempos. As fortificações que podem ser visitadas nos dias de hoje são do ano de 1640, quando D. João IV foi declarado rei, e protegeram Évora de inúmeros ataques espanhóis.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois de uma rápida caminhada do lado de fora dos muros, é hora de voltar para dentro do centro histórico. Pegue a direita na Rua de Serpa Pinto e siga caminhando reto ladeira acima por cerca de 5 minutos. Você vai sair na Praça do Giraldo, a principal e mais bonita da cidade. As arcadas que a circundam são resquícios da influência moura, enquanto a belíssima fonte de 1541 era abastecida pelo Aqueduto da Água de Prata. Na ponta esquerda está a Igreja de Santo Antão e, na direita, o prédio do Banco de Portugal. Pela lateral esquerda deste bonito edifício do século XIX, parte a Rua da República. Siga por ela até encontrar a esquina com a Praça 1º de Maio. Entre à direita, e, novamente, à esquerda na frente da Igreja de São Francisco.

Na porta lateral direita da igreja fica a entrada para a Capela dos Ossos, a atração mais inusitada e macabra de Évora. Logo sobre o pórtico de entrada, um aviso de causar arrepios: ‘Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos’. Construída no século XVII, a capela abriga os restos mortais de nada menos do que 5 mil monges. Saindo da capela, volte pela Rua da República de onde você veio por uma quadra e entre à direita no Largo da Graça. Logo na próxima esquina você avistará a bela fachada renascentista da Igreja da Graça, aquela onde  D. João III queria ser sepultado. Admire as figuras de atlantes esculpidas no século XVI, chamadas de ‘Meninos da Graça’ pelos locais. Seguindo o passeio, pegue a rua na lateral esquerda da igreja, a Travessa de Landim, e continue até ela dar na Rua dos Três Senhores, onde pegará a esquerda.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Mais uma quadra e você sairá na Rua Miguel Bombarda, dobrando nela à direita. Em apenas mais três minutos, você estará no Largo da Porta da Moura, onde, antigamente, havia uma porta mourisca marcando a entrada da cidade. A sua direita, há uma fonte que mais parece um globo futurista, mas que, na verdade, data de 1556. Nos históricos edifícios ao redor, é possível observar as arcadas características da arquitetura árabe. Pronto para a reta final do passeio? Da fonte, você estará vendo de novo a Sé, basta seguir em direção a ela pelas ruazinhas labirínticas. É uma caminhada de menos de 5 minutos ladeira acima. Uma vez novamente às portas da catedral, é hora de relaxar e se divertir na Rua 5 de Outubro, que é a que desce da igreja até voltar à Praça do Giraldo.

Nesta via estão concentradas lojas de souvenires, artesanato, vinho, padarias e os melhores restaurantes de Évora. Depois de passear e comprar suas lembrancinhas de viagem, sugerimos um deles para o jantar. É a deliciosa Tasca Tosca, que mistura comida de taverna com uma leitura mais contemporânea. Os preços não extorsivos, as mesinhas na calçada e a comida típica do Alentejo servida em fumegantes panelinhas de ferro são um convite irresistível. Recomendamos a alheira com ovo estrelado e o bife à Tosca, servido na frigideira com molho especial. Peça vinho da casa para acompanhar e lamba os beiços. E aqui termina mais um dia do seu roteiro em Portugal, é hora de voltar ao hotel para um merecido descanso!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 5: Monsaraz/Cromeleque dos Almendres (Évora)

O quinto dia do roteiro em Portugal será reservado a visitar algumas atrações do Alentejo que ficam próximas de Évora e de onde se pode ir e voltar no mesmo dia. A primeira delas é a incrível vila medieval de Monsaraz, uma antiga cidade fortificada que ainda vigia a fronteira entre Portugal e a Espanha às margens do Rio Guadiana. O vilarejo fica 54 quilômetros a leste de Évora e, se você está com um veículo alugado, é só setar o GPS e aproveitar as excelentes estradas portuguesas. Para quem não vai viajar com automóvel, há tours de um dia que saem de Évora e vão até Monsaraz e outras atrações locais, como Reguengos de Monsaraz, São Pedro do Corval e Mourão. Consulte seu hotel sobre passeios do tipo ou sobre a possibilidade de um transfer particular ou conjunto com outros turistas que queiram visitar a cidade.

Tendo chegado lá, adentre pela simples mas imponente Porta da Vila, em forma de arco gótico e protegida por dois torreões. Passe pela fonte e siga acompanhando as muralhas pela via à sua direita. Existem apenas duas ruas que cortam toda o vilarejo, então não há como errar, hehe. Caminhe devagar pela ruela estreita e delicie-se com as casinhas baixas caiadas de branco e adornadas com brasões, construídas nos séculos XVII e XVIII. Namore as lojinhas que vendem o colorido artesanato alentejano e o vinho da região – o Reserva Monsaraz. Em poucos minutos de caminhada, você chegará ao castelo, que é na verdade apenas um torreão. Construído por D. Dinis no século XIV, passou a servir como uma espécie de praça de touros onde, anualmente, é celebrada uma tradicional tourada em honra de Nosso Senhor Jesus dos Passos.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Não é preciso pagar nada para entrar no castelo e, do alto dos seus muros, descortinam-se vistas deslumbrantes dos campos e da Barragem de Alqueva, o maior lago artificial da Europa. Depois disso, siga pela rua central da vila até vislumbrar a Igreja Matriz – do século XVI – e seu Pelourinho em mármore branco. No fim da via, você terá chegado de volta à porta por onde entrou. Uma visita completa não demora mais do que duas horas. Para encerrar o passeio dentro da cidade murada, escolha um restaurante para desfrutar da sensacional culinária do Alentejo. Depois do almoço, siga a pé ou de carro até o Cromeleque do Xerez, um círculo de pedras erguido entre o 4º e o 3º milênio AC que fica a dois quilômetros da vila.

Este monumento megalítico é composto por 50 menires de granito de até 1,50 metros e um menir central de 4 metros. Depois da visita a Monsaraz, existe ainda um outro passeio que se pode fazer nos arredores de Évora, mas apenas para quem está de carro. Trata-se do maior sítio arqueológico pré-histórico da região, o Cromeleque dos Almendres. Ele está localizado 17,5 quilômetros a oeste de Évora, exatamente na direção oposto à de Monsaraz. Acredita-se que este círculo formado por 95 pedras elípticas era um templo dedicado ao culto do sol. Erguido em local um pouco mais afastado, o Menir dos Almendres tem 2,5 metros de altura. Depois da visita, é só dirigir de volta para Évora para encerrar o quinto dia de roteiro em Portugal. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Monsaraz.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 6: Évora/Praia de Galapinhos/Sintra

O sexto dia de roteiro em Portugal será diferente para quem está de carro e quem não está. Quem está, vai sair de Évora e setar o GPS para a Praia de Galapinhos, eleita como a melhor praia da Europa em 2017. Quem não está, infelizmente, não conseguirá visitá-la, ao menos não nesse dia. Nesse caso, o melhor é fazer um bate-volta saindo de Lisboa. Para saber em detalhes como visitar a praia, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Galapinhos. A única opção é pegar um ônibus ou trem para Lisboa e, de lá, seguir diretamente até a cidade de Sintra, que é o destino final do dia. Há coletivos partindo de Évora em direção à capital às 9h, 14h30 e 17h15. São 1h45 de estrada com passagens a partir de 11,90 euros.

De trem, há saídas às 7h05, 9h05, 16h55 e 19h05. Os trajetos duram em média 1h30 e as passagens custam a partir de 7 euros. Em Lisboa, desça na Estação do Rossio, de onde você pegará outro trem, desta vez para Sintra, a 30 quilômetros de distância. Os tickets custam 2,25 euros e não é possível marcar hora ou assento, basta passar a catraca e entrar no vagão. Os primeiros comboios para a cidade vizinha partem às 6h e os últimos, à 1h. Uma vez lá, procure seu hotel e um lugar para jantar, pois o passeio pela cidade começa no dia seguinte bem cedo. Quer sugestão de onde ficar em Sintra e gastar pouco? Clique aqui! Mas quem está de carro ainda tem um longo caminho a percorrer neste sexto dia de roteiro em Portugal antes de poder descansar. De Évora, são 110 quilômetros de estrada até Galapinhos.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Localizada na região de Setúbal, esta praia fica bem ao lado de uma das faixas de areia mais badaladas dos arredores de Lisboa: Galapos. Mas, ao contrário da vizinha, é uma praia quase selvagem. Não existe nenhuma placa na rodovia N379-1 que indique Galapinhos. O acesso é feito alguns metros antes ou depois da praia de Galapos – dependendo do sentido de onde você vem -, esta sim bem sinalizada. Pare no primeiro ou segundo estacionamento que avistar antes/depois da entrada de Galapos. Há trilhas que saem dos dois pontos e descem até a areia, sendo que em uma delas há degraus de madeira bem desgastados, mas que ajudam bastante na subida ou descida. As outras são apenas picadas abertas no mato baixo. De qualquer forma, é uma caminhada curta e sem grandes dificuldades.

Provavelmente haverá outros turistas procurando a entrada da trilha, então não há muito como errar o caminho. Ao final de menos de 10 minutos de descida, você vai descortinar uma faixa de areia muito branca que cobre uma meia baía ornada por mata verde e que encontra um mar mais verde ainda. Um visual de tirar o fôlego, mesmo para quem já conhece o Algarve ou outras belas praias da Europa e do mundo. Protegida numa enseada que o mar escavou na Serra da Arrábida, Galapinhos é uma praia classificada como ‘semi-natural’ (não, isso não tem nada a ver com nudismo!). A praia tem 550 metros de extensão, sendo que das rocas que ficam na ponta esquerda você tem uma bela vista panorâmica da baía. Não há banheiros em Galapinhos, apenas em Galapos.

Um bar com bebidas e sanduíches funciona no local durante a alta temporada de verão, quando também é possível alugar guarda-sóis e espreguiçadeiras. Mas durante os outros nove meses do ano, não há nada lá. Por isso, leve guarda-sol – não há sombra natural -, comida, bebida e tudo o mais que precisar. Quando a maré está baixa, é possível caminhar pelas pedras que ficam na ponta esquerda da baía e ter acesso à Galapos para buscar o que for necessário. Mas não é bom contar com a sorte. Depois de passar o dia relaxando nesse paraíso, é hora de seguir viagem. De Galapinhos, acione o GPS para Sintra, que fica 70 quilômetros ao norte. Uma vez na cidade, você já sabe: hotel, janta e cama para aproveitar bem o passeio na manhã seguinte. E aqui termina o sexto dia de roteiro em Portugal.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 7: Sintra

No sétimo dia de roteiro em Portugal, vamos conhecer a deliciosa Sintra! A maioria dos turistas faz apenas um bate-volta de trem desde Lisboa até lá, mas com certeza essa cidade fresca e sossegada no alto das montanhas merece dois dias inteiros do seu roteiro em Portugal. Na verdade, merece pelo menos dois dos seus dias de roteiro em Portugal e temos certeza que, depois de ler nossas sugestões de passeio, você vai concordar com a gente. Se você está sem veículo alugado, vá para a estação de trem da cidade, que fica bem no centro e é de fácil acesso, para pegar o ônibus 434 – Circuito da Pena. É possível tanto comprar o ticket apenas para ida e volta (3,90 euros cada trecho) ou então optar pela passagem ‘hop on, ho off’, que custa 6,90 e permite que você suba e desça em qualquer parada do circuito quando quiser ao longo de um dia.

O destino é o Palácio da Pena. Se você estiver de carro, basta setar o ponto turístico no seu GPS e percorrer os 5,5 quilômetros e meio que o separam o centro da cidade. Há vários locais para estacionar, tanto pagos como vagas na beira da rodovia, mas tudo pode ficar lotado nos finais de semana ou durante a alta temporada de verão (junho-agosto), portanto chegue cedinho – o palácio abre 9h30. Outra dica que damos é comprar o ingresso combinado para o Palácio da Pena, Castelo dos Mouros e Palácio Nacional de Sintra com antecedência, pela internet, porque as filas nos caixas das três atrações podem ser quilométricas. Além disso, nas compras online, você ganha 5% de desconto. Na bilheteria, o preço individual é de 14 euros para o Palácio da Pena, de 8 euros para o castelo e de 10 euros para o Palácio Nacional.

O bilhete combinado para os três locais dá 6% de desconto. Na internet, os três juntos custam 30,40 euros (clique aqui para comprar o seu pelo site oficial). Uma vez superada a bilheteria, basta subir a colina para conhecer o espetacular Palácio da Pena. Sua mistura de variados estilos arquitetônicos e cores vibrantes é obra de Dom Fernando II, o rei consorte inglês que casou-se com a jovem Rainha Maria II de Portugal. Ele designou um arquiteto alemão para criar um palácio de verão que reunisse excentricidades de todas as partes do mundo e fosse cercado por um parque. Pena foi concluído em 1885, mesmo ano em que seu excêntrico criador faleceu, e virou museu em 1910.  Os destaques da visitação são o pórtico de entrada, encimado por torreões; a capela, a Sala Árabe, o quarto de Manuel II, o esplêndido Salão Nobre, o claustro e o Arco de Tristão, decorado por figuras em estilo neo manuelino e protegido por um monstro marinho.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Depois da visita interna, saia para percorrer um pouco do parque que circunda o palácio. Recomendamos que você desça até o Vale dos Lagos, uma sequência de lagoas em meio a muito verde, e que fica bem próxima de uma das saídas secundárias do parque. Antes de deixar a área para seguir com o roteiro em Portugal, pare no café ali localizado e faça um lanche a título de almoço. Saindo do parque, volte a subir para o lado direito da Estrada da Pena até chegar a entrada do segundo ponto de visitação do roteiro em Portugal: o Castelo dos Mouros. São apenas cinco minutos de caminhada, não é preciso pegar o carro. Da bilheteria até o castelo propriamente dito são mais 15 minutos andando pelo caminho sombreado em meio às rochas. Ao fim dele, você vai vislumbrar um fortaleza espetacular, erguida durante o domínio árabe no ponto mais alto da cidade no século X.

Leve o tempo que quiser para subir e percorrer as duas fileiras de gigantescas muralhas, que se projetam sobre os penhascos da Serra de Sintra. Lá do alto, é possível admirar, de um lado, a cidade e as marcantes chaminés cônicas do Palácio Nacional, enquanto, do outro, fica o Palácio Nacional da Pena. Finalizado passeio, volte para a Estrada da Pena e, ou pegue seu carro onde estiver estacionado, ou volte para a parada do ônibus 434.  Se estiver com seu próprio veículo, programe o GPS para ir ao Cabo da Roca. O trajeto tem apenas 19 quilômetros de distância e pode ser percorrido em pouco mais de 30 minutos. Se estiver dependendo de transporte público, você deve retornar com o 434 até a Estação Ferroviária de Sintra e, lá, perguntar pela parada do ônibus 403 em direção ao Cabo da Roca. O coletivo passa bem em frente ao terminal e demora 35 minutos para percorrer o trajeto.

Cada trecho custa 4,15 euros e a passagem pode ser comparada a bordo. O Cabo da Roca é o ponto mais a oeste do continente europeu. Do topo do penhasco de 140 metros de altura, coroado por um farol, você terá vistas deslumbrantes da costa portuguesa banhada pelo Oceano Atlântico. Faça as fotos que desejar e embarque de volta no mesmo ônibus 403, desta vez com destino à Estação Ferroviária de Sintra. Para encerrar com chave de ouro, recomendamos um jantar típico na cantina Culto da Tasca (Rua Veiga da Cunha 6). O local é simples, mas a comida típica portuguesa uma delícia e a preços super acessíveis – duas pessoas conseguem comer muito bem por menos de 30 euros. Depois de encher a pança sim, é hora de voltar para o hotel e descansar porque o oitavo dia de roteiro em Portugal vem aí! Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso roteiro em Sintra.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 8: Sintra

Para a primeira parte do oitavo dia do roteiro em Portugal, você pode deixar o carro estacionado, pois as atrações estão todas localizadas no centro histórico de Sintra. Vamos usar como ponto de referência de partida do passeio a pé novamente a estação de trens. Parta para a sua direita pela Avenida Dr. Miguel Bombarda, que é a via que passa bem em frente ao terminal, e, em menos de cinco minutos, dobre na primeira esquina à esquerda. Você estará no Jardim Correnteza, um pequeno refúgio onde uma espécie de varanda de pedra descortina a melhor vista do Palácio Nacional de Sintra, com suas icônicas chaminés brancas. Depois de admirar a paisagem e fazer algumas fotos, volte por onde veio, passe pela frente da estação e siga em frente. Em menos de cinco minutos, você chegará a uma rotatória onde a via passa a se chamar Volta Duche.

Logo a sua direita, você verá o belo prédio da Câmara Municipal, em estilo neogótico. Alguns metros adiante, na sua direita, está localizado o aconchegante – embora muito turístico – café Casa da Sapa, onde se pode provar as tradicionais queijadas de Sintra. É um ótimo lugar para tomar o café da manhã! Satisfeito o apetite matinal, você pode seguir passeando sem pressa pela Volta Duche, admirando as casas antigas, os jardins floridos e as montanhas serranas ao redor. 400 metros adiante da Casa da Sapa, você vai encontrar, na sua esquerda, a Fonte Mourisca, a mais bela das inúmeras fontes da cidade outrora usadas pelos moradores para beber água. Como o próprio nome já diz, ela foi construída em estilo árabe e está decorada com azulejos em tons de verde e azul. Passando a fonte, em menos de cinco minutos de caminhada você estará no pátio que se abre em frente ao Palácio Nacional de Sintra.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Se você não comprou o ingresso pela internet, vá para a bilheteria; se não, pode entrar direto para fazer a visita. O Palácio Nacional foi o refúgio de verão da família real de Portugal na cidade até 1880, quando ocorreu a construção do Pena. A parte principal do prédio foi erguida no século XIV por Dom João I em uma área antigamente utilizada pelos governantes mouros. Acréscimos foram feitos no edifício por Manuel I no século XVI, acentuando ainda mais o feitio árabe da construção. Mais adiante, as várias reconstruções e reformas do palácio acabaram resultando em uma mistura fascinante de estilos. Os pontos de destaque são a Sala dos Cisnes, a Sala das Sereias, a Sala das Pegas, o quarto de Dom Sebastião e a Sala dos Brasões. Terminada a visita, é hora de fazer uma pausa para o almoço, pois há vários restaurantes logo do lado de fora do Palácio Nacional.

Depois da refeição, faremos uma caminhada de menos de 15 minutos para ajudar na digestão e também para chegar a mais uma atração do roteiro em Portugal: a Quinta da Regaleira. Saindo da frente do palácio, vá para a sua esquerda até chegar em frente ao Escritório de Turismo de Sintra. Pegue a rua à esquerda do prédio, a Consiglieri Pedroso e siga sempre em frente, mesmo quando ela mudar de nome para Barbosa do Bocage. Há placas por todos os lados, então não muito como errar o caminho. No começo do século XX, Sintra era local de veraneio de aristocratas e milionários, entre eles o excêntrico Carvalho Monteiro, cuja fortuna dizia-se tão grandiosa que ele era conhecido pelo apelido de ‘Monteiro dos Milhões’. Entre 1904 e 1910, ele comprou uma quinta na cidade e mandou erguer nela um luxuoso palacete em estilo neo manuelino inspirado em uma de suas obsessões: o esoterismo.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Tanto o edifício central da Quinta da Regaleira quanto seus jardins abrigam um festival de referências maçons e símbolos ocultos. Prepare-se para dedicar pelo menos uma hora para percorrer a área de 4 hectares, cheia de fontes, lagos, estátuas e grutas, além de uma estufa e uma capela. Destaque para o Poço Iniciático, uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo, 25 metros abaixo da terra. Os ingressos para a Quinta da Regaleira custam 6 euros. Depois de terminada a visita, é hora de sair da cidade para conhecer o último ponto turístico deste dia do roteiro em Portugal. Ele não fica em Sintra, mas na cidade vizinha de Cascais, a 18 quilômetros de distância. Portanto, se você estiver com um veículo alugado, é hora de voltar para buscá-lo no local onde deixou estacionado e setar como destino do GPS a Boca do Infrno.

Você estará lá em menos de 30 minutos. Já quem depende de transporte público deve se dirigir novamente à estação ferroviária e, lá, perguntar pelo ônibus número 417 em direção ao Terminal de Cascais. Uma vez lá, é só sair para a avenida em frente à estação – a Dom Pedro I – e procurar pelo coletivo 427 em direção à Boca do Infrno. A viagem custará 5,15 euros e demora cerca de 45 minutos. A Boca do Infrno é um gigantesco buraco cavado em meio aos paredões de pedra que se erguem na costa oeste de Cascais. Se o mar estiver agitado, vai se lançar contra os penhascos fazendo um barulho enorme e jogando água por todos os lados. Se estiver calmo, ainda é uma vista sensacional. Depois, se a fome bater, é só escolher um dos restaurantes ou bares ao redor das rochas para fazer a refeição noturna. Para encerrar o oitavo dia de roteiro em Portugal, é só retornar para a cidade, seja de carro, seja de ônibus.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 9: Sintra/Azenhas do Mar/Óbidos

Nono dia de roteiro em Portugal e é hora de deixar a refrescante Sintra para trás. Mas o destino final não será menos encantador, nós garantimos! Também não é preciso acordar muito cedo para cumprir o trajeto do dia, então aproveite para ficar na cama quase até a hora do check out, hehe. Uma vez na rua, quem está de carro alugado pode setar o GPS para Azenhas do Mar.  Trata-se de uma pequena aldeia encarapitada nos rochedos sobre o mar na costa do Oceano Atlântico, apenas 11 quilômetros a oeste de Sintra. Se precisar de transporte público, é só caminhar até a Estação Portela de Sintra de trem, que fica a apenas 1 quilômetro do centro da cidade, e perguntar pela parada dos ônibus número 440 ou 441. Ambos chegam a Azenhas em apenas 20 minutos e custam 3,30 euros cada trecho.

O grande destaque de Azenhas com certeza é seu mirante, de onde se descortina uma visão deslumbrante das casinhas brancas no alto das pedras em contraste com o azul do céu e do mar. Para arrematar tudo, na base do penhasco existe uma piscina natural, onde as pessoas podem nadar com a segurança que não encontrariam no mar muito agitado e gelado. Logo acima da piscina, encontra-se o restaurante que leva o mesmo nome da praia e que é procurado por gente de toda a Portugal tanto pela bela vista da praia quanto pela fama dos pratos com frutos do mar. Destaque para a cataplana de polvo, camarões e amêijoas. Se decidir almoçar lá é bom fazer reserva, porque o espaço pode ser muito disputado, principalmente na alta temporada de verão (junho-agosto). É só acessar o site oficial e garantir seu lugar na varanda.

Galeria: Conheça Giethoorn, a cidade holandesa sem ruas e cortada por canais (Escolha Viajar)

Giethoorn é uma cidade de interior conhecida por “Veneza holandesa”. Com esse apelido, já dá para imaginar canais, gôndolas e beleza por todos os lados. A síntese é mais ou menos essa: trata-se de um vilarejo sem ruas -e por consequência sem carros-, que esbanja charme e colorido, mas que ainda está longe de atrair as multidões da “parente italiana”.

Localizada a cerca de 150 quilômetros de Amsterdã, na Holanda, Giethoorn é formada por um grande canal (chamado de Dorpsgracht) e outros três estreitos. Além disso, cada casa ou fazenda também é separada por um pequeno “córrego”. Todo esse cenário é enfeitado por pontes de pedestres, flores, árvores, casas com seu estilo arquitetônico holandês e barcos.

Giethoorn foi fundada em 1230 e praticamente construída em cima de terrenos com uma vegetação já desgastada. A escavação deu lugar aos canais que fazem o contorno do vilarejo. Entrou no roteiro turístico em 2010 e recebe a visita de muitos chineses. Por isso, os cardápios de restaurantes locais também estão escritos em mandarin.

Mas, afinal, o que fazer em Giethoorn? Essa cidade holandesa carrega um estilo bucólico e tem a oferecer ao turista dias agradáveis com paz e tranquilidade, típico de quem mora no campo.

O trivial para os visitantes é o passeio de barco pelos canais. É possível alugar um “punter”, como é chamado localmente, pelo preço mínimo de 75 euros para levar seis pessoas. Os maiores, que transportam até dez pessoas, custam até 175 euros. Porém, se o objetivo é fazer um passeio romântico a dois, o preço “per capita” acaba saindo caro.

Outra modalidade para apreciar as diversas paisagens de Giethoorn é o cruzeiro pelos canais. O mais barato sai por 7,50 euros por um passeio de uma hora de duração. O cruzeiro noturno chega a 17 euros. Para quem quiser incrementar, um cruzeiro, com café (que serve um pedaço de torta com café ou chá), csai por 17 euros. Com um almoço, vai a 21 euros.

Do lado de fora dos canais, passeios de bicicletas ou a pé completam a visita a esse vilarejo de 2,6 mil habitantes.

Mesmo que não haja grandes aventuras ou passeios demorados, Giethoorn não merece apenas um “bate-volta”. Descansar, relaxar, observar o modo de vida dos locais, deslumbrar-se com a beleza de um lugar organizado e arrumado, além de fazer prazerosas refeições fazem parte do turismo.

Para chegar a Giethoorn, a maneira mais cômoda é de carro. Mas lembre-se que eles não entram na cidade. Portanto, deixe-o estacionado em Steenwijk e pegue um ônibus ou alugue uma bicicleta para chegar a esse lindo vilarejo. Ou então, vá até Steenwijk de trem, e o caminho já estará facilitado.

Hospedagem não é algo com muita variedade em Giethoorn. Para se hospedar na cidade, é possível pagar cerca de R$ 150 por dia em uma cama de dormitório. Se preferir um quarto duplo privado, a diária sai no mínimo por R$ 400 na alta temporada.

Depois da visita, é hora de seguir com o roteiro em Portugal para Óbidos. De carro, você já sabe, é só setar o GPS. São 90 quilômetros de distância em direção ao norte para percorrer, ou pouco mais de 1h10 de estrada. Sem carro, é preciso voltar de ônibus para a Estação Portela de Sintra e, de lá, embarcar no trem que faz o trajeto até a cidade. A viagem demora 2h10 e a passagem custa a partir de 8,700 euros. As partidas no fim da tarde são apenas duas, às 16h42 e 18h12, portando atenção ao relógio! Para mais informações, consulte o site da Comboios de Portugal. Uma vez em Óbidos, se encerra o nono dia de roteiro em Portugal. É só procurar seu hotel, pedir uma indicação de lugar para jantar e aproveitar uma bela noite de sono. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Óbidos. Quer sugestão de onde ficar na cidade e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 10: Óbidos

No décimo dia de roteiro em Portugal, é hora de conhecer a encantadora cidade medieval de Óbidos! Não existe nenhum segredo para visitá-la, já que o centro histórico – dentro das muralhas – é muito pequeno e não concentra um grande número de atrações. O barato por lá é mesmo curtir o clima de Idade Média, não entrar em pontos turísticos. Vamos tomar o estacionamento do lado de fora dos muros como ponto de partida. Você verá logo na sua direita um aqueduto mandado construir pela Rainha D. Catarina da Áustria, mulher de D. João III, ele tem 3 km de comprimento e levava água para as fontes da cidade. Depois, você pode seguir em frente e começar seu passeio pela Porta da Vila que, como o nome já diz, é a principal entrada da fortaleza.  No seu interior encontra-se um oratório de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade, decorado com azulejos do século XVIII.

Assim que passar pela porta, você verá à sua esquerda as escadarias que dão acesso ao topo das muralhas. A subida é livre e gratuita, e você pode percorrer todo os seus 1.565 metros de extensão. Em alguns pontos, ela atinge os 13 metros acima do nível do chão, o que garante belas vistas da vila branca abaixo. Você pode optar por fazer só meia caminhada e descer quando chegar ao castelo, mas recomendamos que faça a volta toda por não ser muito longa e garantir fotos por todos os ângulos. Uma vez tendo completado o passeio, desça pelo mesmo ponto por onde subiu e você estará na principal via de Óbidos, a Rua Direita. É nela que está centralizado praticamente todo o comércio de Óbidos. Vá caminhando devagar e apreciando as construções caiadas de branco, de cujas janelas entreabertas pendem vasos de flores de todas as cores.

Você verá lojas de roupas, de artesanato, souvenires, restaurantes, cafés, livrarias, padarias recheadas de deliciosos doces típicos e chocolaterias – o chocolate de Óbidos é famoso em Portugal. Mas a grande atração é a Ginginha de Óbidos, um licor patenteado pela cidade e que só ali se faz. O sabor da ginginha lembra muito o da cereja e a bebida é deliciosa. Quase todas as lojas tem uma mesa para fora onde vendem doses do licor para degustação, sendo a no copo de chocolate a mais popular. O preços variam entre 1 e 2 euros, então não existe desculpa possível para não provar a tão famosa ginginha! Seguindo pela Rua Direita, você chegará à Praça de Santa Maria. Ali, você verá um pelourinho, uma coluna de pedra em estilo manuelino decorado com uma rede de pesca. Este é o emblema de D. Leonor, mulher de João I, que o adotou em honra dos pescadores que tentaram salvar seu filho do afogamento.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

No centro da praça, em um plano mais baixo, você encontrará a Igreja de Santa Maria. Foi neste templo que o futuro Rei Afonso V, então com 10 anos de idade, se casou com a prima Isabel, que tinha 8. Em seu interior, destaque para o teto de madeira pintado e azulejos do século XVII. Depois da visita à igreja e seguindo o trajeto pela Rua Direita, ela acabará no castelo de Óbidos. Reconstruído por D. Afonso Henriques no século XII, ele foi convertido em uma pousada e, por isso, não é aberto à visitação por dentro. Mas você pode dar uma voltinha pela área que fica nos fundos da edificação, chamada de Cerca do Castelo e de onde se pode admirar sua solidez e grandiosidade. Para completar o passeio pelo centro histórico, volte à frente do castelo e vire à esquerda na primeira rua, onde uma casa super fotogênica faz a festa dos turistas.

Passada a casa, vire novamente à direita e siga percorrendo os recantos floridos e pitorescos de Óbidos. Ao chegar ao fim da rua, você estará de volta ao ponto de partida, na Porta da Vila. A parte diurna do passeio termina aqui, mas ainda há a noite para aproveitar. Não deixe de caminhar pelas ruas desertas e iluminadas, nem conhecer o único pub de Óbidos. O nome é complicado – Ibn Errik Rex -, mas tudo o mais lá dentro é muito simples. São quatro mesões de madeira adornados com garrafas antigas alojados em uma legítima taberna portuguesa. A única comida servida no local é o típico chouriço flambado na hora, acompanhado de queijo da Ilha da Madeira picado e o delicioso pão português. O lugar ainda tem um ‘plus a mais’ para brasileiros. Emoldurado na parede, um bilhete assinado por Juscelino Kubitschek atesta que este era o bar preferido do ex-presidente no país! E termina aqui o décimo dia de roteiro em Portugal.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 11: Óbidos/Fátima/Batalha/Coimbra

No 11º dia de roteiro em Portugal, você vai conhecer dois locais profundamente emocionantes: o Mosteiro de Batalha e o Santuário de Fátima. Quem está de carro pode setar o GPS para o primeiro e cair na estrada para percorrer os 88 quilômetros que separam as duas cidades. Quem não está, precisa pegar o ônibus da RodoTejo que sai de Óbidos às 9h35 e chega a Batalha às 11h40. O site da empresa não fornece muitas informações, então é melhor perguntar no seu hotel de onde saem os coletivos e como comprar as passagens. A rodoviária fica a apenas 300 metros do mosteiro, considerado uma das Sete Maravilhas de Portugal e tombado como Patrimônio Mundial da Unesco. Suas obras prolongaram-se por mais de 150 anos e, mesmo inacabadas, resultaram em um dos mais belos exemplares da arquitetura medieval da Europa.

A construção é dominada pelo estilo gótico tardio português, também conhecido como manuelino, e destaca-se pela grandiosidade e riqueza de detalhes. Atualmente, é possível visitar a igreja, dois claustros e dois panteões reais – a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas. Logo de cara, o portal principal do mosteiro vai deixar você de queixo caído com seus seis arcos decorados com as figuras dos 12 apóstolos em destaque, acompanhados de dezenas de anjos, mártires, papas e outros personagens do cristianismo. No centro, Deus, de seu trono, convida à entrada. A igreja principal – que é aberta ao público gratuitamente, assim como todas as demais igrejas católicas de Portugal -, é muito simples e desprovida de decoração. Mesmo assim, é impossível não virar o pescoço para cima para admirar os mais de 32 metros de altura do teto abobadado.

E basta comprar seu ingresso – 6 euros – e entrar na primeira porta à direita para que você comece a entender porque recomendamos de todo coração uma visita ao Mosteiro da Batalha. Trata-de da Capela do Fundador, ou Panteão de D. João I. Este magnífico espaço em forma de octógono não estava previsto nos planos iniciais do mosteiro e foi mandado construir para servir como primeiro local específico para sepultamento dos reis de Portugal. A visita ao Mosteiro da Batalha segue pelo outro lado da nave – à esquerda da porta de entrada -, onde você verá uma porta que fica fechada. Basta bater e apresentar seu ingresso para ter acesso aos dois claustros do mosteiro. O primeiro é o Claustro Real, onde se destacam a beleza dos arcos góticos decorados com uma espécie de renda esculpida em pedra, característica da arquitetura manuelina.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Do primeiro você passa ao segundo claustro, chamado de Claustro D. Afonso V e que, sendo muito simples, não atrai a atenção do visitante. Por fim, você chega às Capelas Imperfeitas, nome que vem do fato de elas não terem sido terminadas e de não haver sequer um teto sobre o desenho de um octógono. Este é o panteão – ou túmulo – de D. Duarte e da rainha D. Leonor, que jazem lado a lado de mãos dadas em uma das sete capelas funerárias do recinto a céu aberto. Diante deles, ergue-se o magnífico portal manuelino com desenhos tão complexos que é preciso usar uma lanterna para divisar até sua última camada – o que foi feito para dar a ilusão de movimento. Para saber em detalhes como visitar o lugar, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre o Mosteiro da Batalha.

Seguindo com o roteiro em Portugal, é hora de deixar Batalha em direção a Fátima, a apenas 20 quilômetros de distância. Quem não estiver viajando de carro não terá o que fazer aqui a não ser pegar um táxi, pois não encontramos opções de transporte nem de ônibus, nem de trem, entre as duas localidades. Mas visitar este santuário com certeza vale o valor que será gasto! Localizado na cidade do mesmo nome no coração de Portugal, é nada menos do que um dos principais locais de peregrinação cristã e devoção católica no mundo todo. Tudo começou em 1917, quando três crianças pastoras – Lúcia, Francisco e Jacinta – afirmaram terem presenciado aparições de Nossa Senhora. Em suas mensagens, ela teria pedido que se rezasse o rosário e que construíssem uma capela em sua homenagem.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Foi o pontapé inicial para a formação do santuário, que hoje ocupa uma área com o dobro do tamanho da Praça de São Pedro, no Vaticano. Logo ao chegar, você encontrará, na entrada do Santuário de Fátima, o Centro Pastoral Paulo VI. Atrás, está a moderna Basílica da Santíssima Trindade. Passando por ela, você chegará a um enorme pátio, que costuma abrigar milhares de peregrinos durante os dias de maior movimentação no santuário, como as datas comemorativas cristãs. No centro, fica o Monumento ao Coração de Jesus. À esquerda, estão a Capelinha das Aparições – hoje cercada por um moderno alpendre -, centro de informações aos visitantes e o local para compra e queima de velas. É na capelinha que se concentram as celebrações e momentos de oração diários, já que ela teria sido erguida no exato ponto em que Maria apareceu.

Ao fim do pátio há uma grande tribuna e, atrás dela, ergue-se contra o céu azul a beleza imaculada da Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Construído em 1928, o templo em estilo neo-barroco é ornado por uma torre de 65 metros de altura, em cujo topo está uma coroa de bronze de 7 toneladas. A basílica é cercada por colunas de ambos os lados. Em seu interior, estão os túmulos dos pastores que afirmam ter visto Maria. Para saber em detalhes como visitar o local, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre o Santuário de Fátima. Terminada a visita, é hora de seguir para o destino final do 11º dia de roteiro em Portugal: Coimbra. De carro, você já sabe. Sem carro, é possível pegar um ônibus ou trem. As viagens duram entre uma hora e 1h30 e custam a partir de 6 euros. Quer sugestão de onde ficar em Coimbra e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 12: Coimbra

No 12º dia de roteiro em Portugal, é hora de conhecer Coimbra, lar de uma das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa. Cidade de ruelas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, ela preserva até os dias de hoje toda a riqueza desse passado histórico. Às 9h (ou 10h, se for domingo) você já precisa estar batendo o pezinho na frente da Sé Nova, a primeira atração do dia. Sé significa ‘catedral’ para os portugueses e esta igreja é hoje a sede da Igreja Católica na cidade. É claro que ‘nova’ é uma palavra relativa em um país com tanta história como Portugal, já que templo foi construído pelos padres jesuítas entre 1598 e 1640. Você paga apenas 1 euro para entrar e fazer uma rápida visita pelo belíssimo interior da igreja, decorado com enormes e magníficos retábulos de madeira com entalhes dourados.

Saindo da Sé Nova para a sua direita, é só seguir até a esquina e dobrar à direita no Largo da Porta Férrea, onde ficam a bilheteria e a entrada para o Pátio das Escolas, que é a parte turística da Universidade de Coimbra. Fundada em Lisboa por D. Dinis em 1290, a instituição foi definitivamente transferida para Coimbra em 1537. O ticket completo inclui a visita à Biblioteca Joanina, ao Paço Real e à Capela de São Miguel por 12 euros. Quem tiver interesse em subir até o alto da Torre da Universidade para ter uma bela vista da cidade precisa pagar mais 1 euro. A entrada na biblioteca tem hora marcada e não pode ser perdida, portanto fique de olho no relógio! O belíssimo conjunto de três salas unidas por arcos, com altos tetos decorados e paredes cobertas por  mais de 60 mil volumes publicados entre o século XII e o XVIII.

Depois de vê-la, passe pela Capela de São Miguel, de 1517. No interior, é possível admirar um imponente órgão barroco e as paredes revestidas de azulejos. Por último, entre na parte do Paço Real para visitar as salas dos Capelos, Exame Privado e Armas, todas muito tradicionais na cultura estudantil de Coimbra. Encerrado passeio pela universidade, pegue a Rua do Norte a sua esquerda. Na segunda esquina, pegue também a esquerda na Travessa da Rua do Norte e vá descendo pelas labirínticas ruelas da Cidade Alta até chegar no Largo da Sé Velha, apenas cinco minutos adiante. A antiga catedral da cidade foi construída na segunda metade do século XII no estilo românico, tendo sido aberto ao culto em 1184. No interior, cuja visitação é gratuita, destaque para o retábulo da capela-mor, executado em 1498 no estilo gótico flamejante. Saindo da Sé Velha, procure pelo restaurante Maria Portuguesa.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

É na frente dele que começa a escadaria que dá acesso da Cidade Alta para a Cidade Velha, conhecida como Quebra Costas (ui). É só seguir o fluxo da descida e em menos de cinco minutos você estará na Torre de Almedina, ou Arco de Almedina. Uma das poucas partes remanescentes da muralha que protegia a cidade, esta estrutura de pedra do século XII marcava a entrada para a Cidade Alta. Como estamos fazendo o caminho inverso, você vai passar pelo arco e sair na Rua Ferreira Borges, já na Cidade Baixa e que concentra o comércio tradicional de Coimbra. Dobre à direita e siga por ela caminhando por mais cinco minutos, até encontrar a Igreja de Santa Cruz, na Praça 8 de Maio, construída em 1131 por D. Afonso Henriques e entregue à Ordem de Santo Agostinho.

Logo na fechada, você vai babar de cara com  o Portal da Majestade, de 1523. Dentro, destacam-se as paredes adornadas por azulejos portugueses. A entrada na nave é livre, mas para visitar o resto do complexo paga-se 2,50 euros. O Claustro do Silêncio, em estilo manuelino, vale a entrada. E não apenas ele, pois o ticket inclui também passagem pela sacristia, Sala do Capítulo, coro com suas cadeiras de madeira entalhadas e aos túmulos reais. Afonso Henriques e Sancho I, os dois primeiros reis de Portugal, repousam em arcas tumulares ricamente decoradas atrás do altar da capela-mor. Encerrada a visita à Igreja de Santa Cruz, é hora de sair à esquerda e voltar fazendo um ‘footing’ pela Rua Ferreira Borges, admirando as vitrines e parando para comprar o que quer que possa lhe interessar.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Mas fique de olho no relógio, porque a próxima parada é o almoço no Zé Manél dos Ossos, o restaurante mais popular e disputado nestas bandas de Portugal. Além de barato, o Zé Manél oferece culinária típica portuguesa e doses generosas de vinho a preços super convidativos. Só tem dois ‘poréns’: o primeiro é que o restaurante funciona para o almoço só das 12h30 às 15h; o segundo, é que a espera por mesa costuma demorar uma hora. Portanto, se você não chegar ao Zé até as 14h, é melhor esperar pela janta e escolher qualquer um dos restaurantes, padarias ou cafés da Ferreira Borges para fazer sua refeição do meio-dia. Para chegar ao Zé Manél, siga pela já mencionada Ferreira Borges até o fim, no Monumento a Joaquim António de Aguiar. Na sua direita, você encontrará a Rua da Sota e, na segunda esquina, o Beco do Forno e a tradicional fila do Zé Manél.

O trajeto todo não chega nem a 10 minutos de caminhada. Satisfeita a fome, é hora de atravessar a ponte que você vê bem em frente ao monumento, a Ponte de Santa Clara. Faça o caminho sem pressa, parando para muitas fotos, pois é dela que se descortinam algumas das melhores e mais tradicionais vistas da cidade. Uma vez do outro lado do Rio Mondego, siga pela Avenida João das Regras, dobre à esquerda na Rua António Augusto Gonçalves e siga até a próxima esquina, entrando novamente à esquerda na Rua Parreiras. Ali você vai encontrar o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fundado em 1283 e entregue às freiras clarissas. No entanto, logo se percebeu que o local da construção não havia sido adequado, já que passou a sofrer com constantes inundações provocadas pela cheia do Rio Mondego. Em 1677, as freiras desistiram de enfrentar as águas e mudaram-se para um novo edifício.

Parte da igreja gótica original foi restaurada, e é isso que pode-se ver hoje no sítio arqueológico do mosteiro. A entrada custa 4 euros. Depois da rápida visita, você caminhará menos de cinco minutos para chegar ao último ponto turístico do dia de roteiro em Portugal. Basta sair do mosteiro para a direita, atravessar a rua e seguir por uma quadra e meia pela Rua Parreiras até encontrar a entrada para os Jardins da Quinta das Lágrimas. Dentro dele está localizada a Fonte dos Amores, que, reza a lenda portuguesa, brotou no local onde Inês de Castro, amante e grande amor de D. Pedro I – o deles, não o nosso – foi assassinada a mando do rei. A fonte em si não passa de um córrego de pedra bem pequenininho, mas o jardim é gostoso. A entrada custa 2,50 euros. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso roteiro em Coimbra.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 13: Coimbra/Aveiro

No 13º dia de roteiro em Portugal, vamos sair de Coimbra tendo como destino a pitoresca cidade de Aveiro, conhecida como a ‘Veneza portuguesa’. De carro, são 60 quilômetros em direção ao noroeste do país. Para quem precisa de um meio de transporte coletivo, há trens que percorrem o trajeto em uma hora de viagem cada com passagens a partir de 7,50 euros. De ônibus, o trajeto dura cerca de 45 minutos e custa a partir de 6 euros. Em 1575, uma terrível tempestade fechou a ligação de Aveiro com o mar e formou no local uma lagoa salubre. Alguns séculos depois, a ligação com o mar foi reaberta e transformada em canais que cortam a cidade e geraram a comparação um tanto descabida com a italiana Veneza. Ao iniciar a visita, sua primeira parada deve ser no Canal Central de Aveiro, onde pelo menos três píeres oferecem aos visitantes passeios de moliceiro.

São assim chamados os barcos típicos da região que antigamente recolhiam o moliço. Muito maiores que as gôndolas de Veneza, eles são coloridos e trazem nas proas e popas desenhos e frases picantes, às vezes com figuras de mulheres seminuas. O preço padrão é o mesmo em todas as empresas, 10 euros, sendo que o tour tem duração de 45 minutos. Trata-se, basicamente, de navegar pelos canais ao lado de mais 20 turistas, portanto não espere grandes belezas ou romantismo. Depois do passeio de barco, aproveite para passear pela Rua João de Mendonça, que acompanha o Canal Central e onde encontram-se belas casas no estilo Art Nouveau, além de lojinhas de souvenires e várias padarias. Isso nos leva à segunda grande atração turística da cidade: o doce típico chamado de ovos moles de Aveiro. Trata-se de uma massa bem fina em forma de barril, concha ou peixe recheada com gemas de ovos super adoçadas.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Uma delícia que normalmente é degustada acompanhada de um café, para quebrar a doçura extrema. Qualquer cantinho de Aveiro vende o doce, que costuma sair por 1 euro ou menos ou 2 euros com o café. Ainda falando em comida, outro ponto de interesse na cidade para quem gosta de pescado é o Mercado do Peixe, no Largo da Praça do Peixe e apenas duas quadras do Canal Central. A venda do produto fresco é feita só até as 11h, mas o restaurante no local segue funcionando. Para quem não gosta de peixe ou apenas quer provar um prato diferente, recomendamos a Tasquinha do Leitão, na Praça 14 de Julho e também a duas quadras do Canal Central. A especialidade da casa é o sensacional leitão à bairrada, um prato típico desta região de Portugal. Para os menos famintos, o sanduíche de leitão é a pedida. Mas chegue cedo para comer, seja no almoço ou na janta, pois o restaurante fecha quando acaba o leitão.

Depois de tantas delícias, a pedida é dar um passeio a pé para fazer a digestão. Perca-se pelas ruazinhas que ficam entre o Canal Central e o Canal de São Roque. Você poderá admirar as casas baixas e muito coloridas que antigamente eram as moradias dos pescadores, além das tradicionais residências portuguesas decoradas com belos azulejos. Você vai passar pelos cais dos Mercanteis e dos Botirões até chegar ao Cais dos Remadores Olímpicos. Seguindo duas quadras por ele está a Ponte de Carcavelos, uma construção típica de madeira colorida que lembra a decoração dos moliceiros. De volta pelo mesmo caminho, atravesse a ria pela moderna Ponte do Botirão e siga pelo Cais das Falcoeiras. Ele vai dobrar à esquerda quando encontrar o Canal Central, passando pelo Jardim do Rossio, e, então, você terá retornado ao ponto de partida. Aqui termina o 13º dia de roteiro em Portugal. Quer sugestão de onde ficar na cidade e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 14: Aveiro/Porto

Você vai iniciar seu 14º dia de roteiro em Portugal visitando um último ponto turístico em Aveiro: trata-de da Praia da Costa Nova, localizada a apenas 10 quilômetros do centro da cidade. Quem não está viajando de carro não precisa se preocupar, pois há ‘tuk tuks’ que saem do Canal Central e levam você até lá. Há também ônibus da empresa Transdev que partem da Estação de Aveiro e chegam à praia em 35 minutos. Por que ir até essa praia completamente desconhecida e bem longe das belezas estonteantes do Algarve? Para ver as tradicionais casas listradas de todas as cores do arco-íris, que se espalham ao longo da Avenida José Estêvão. Para acompanhar a caminhada, você pode provar a tradicional ‘tripa’, uma espécie de crepe com recheios variados vendido em quiosques espalhados pela avenida.

Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Aveiro. Depois, é hora de seguir caminho para o destino final do 14º dia de roteiro em Portugal: Porto. De carro, são 76 quilômetros de estrada em direção ao norte do país. Para quem precisa de um meio de transporte coletivo, há trens que percorrem o trajeto em mais ou menos uma hora de viagem cada com passagens a partir de 7,50 euros. De ônibus, o trajeto dura cerca de 1h45 e custa a partir de 8,60 euros. Uma vez em Porto, que é a maior cidade do norte do país, você pode tirar uma noite para descansar da viagem, que a essa altura já estará bem longa! Procure seu hotel, desfaça as malas e procure um lugar para jantar. Depois, cama, que na manhã seguinte acabou a folga e o roteiro em Portugal continua. Quer sugestão de onde ficar em Porto e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 15: Porto

No seu 15º dia de roteiro em Portugal, você vai conhecer a maior cidade do norte do país. Banhada pelo Rio Douro, Porto mistura um ar industrial moderno com o charme retrô que só uma cidade habitada há mais de 3.000 anos pode oferecer. Embora não tenha fortalezas, palácios ou outros marcos históricos que abundam na maioria das cidades portuguesas, Porto é uma cidade vibrante como a juventude que frequenta sua famosa universidade, agitada pela vida noturna, cheia de atividades culturais, com um cenário gastronômico de fazer a gente salivar e que oferece uma ampla gama de atrações turísticas. A primeira que você vai conhecer é a Torre dos Clérigos, na parte alta da cidade. Inaugurada em 1763, a torre em estilo barroco tem 75 metros de altura é um marco arquitetônico de Porto. Para chegar até o mirante no topo, é preciso encarar uma subida de 225 degraus e um conjunto de sinos bem barulhentos.

Mas a vista panorâmica da cidade em 360 graus que se tem lá do alto compensa o esforço! A entrada custa 5 euros. Saindo a torre, vá para a esquerda na Rua de São Filipe de Nery até a esquina com a Rua de São Bento da Vitória, onde vai entrar à esquerda. Em menos de cinco minutos de caminhada, você chegará ao fim da via, que termina em um dos mirantes mais secretos de Porto: o Miradouro da Vitória. Depois de apreciar a vista, vamos continuar a descida em direção à cidade baixa. Saia do mirante para a direita na Rua da Vitória e entre a esquerda nas escadarias que aparecem logo em seguida, as Escadas da Vitória. Você vai dar na Rua de Belmonte, pegar direita e logo em seguida a primeira à esquerda para entrar na Rua de Ferreira Borges. Então é só seguir reto por duas quadras e você estará em frente ao Palácio da Bolsa. Este suntuoso edifício de 1842 foi erguido pelos ricos comerciantes da cidade para abrigar o Tribunal do Comércio e a Bolsa de Valores.

Destaque para o Pátio das Nações, a Escadaria Nobre, a Sala das Assembleias Gerais e o belíssimo Salão Árabe. Todas as visitas são feitas em grupos guiados e duram cerca de 45 minutos. Para garantir um horário que seja adequado ao seu roteiro, o ticket pode ser comprado com antecedência no site oficial. O custo é de 5,50 euros. Sua próxima parada no roteiro em Portugal fica logo ao lado do Palácio da Bolsa. É só sair à esquerda pela Rua de Ferreira Borges e dobrar na esquina à direita, na Rua do Infante D. Henrique. No alto das escadarias está a Igreja de São Francisco. O interior do templo, construído no século XVII, é decorado com mais de 200 quilos de ouro, que recobrem o altar, colunas e pilares criando figuras de flores, anjos e animais. O ponto máximo é a Árvore de Jessé, uma alegoria bíblica esculpida em madeira dourada e colorida. A entrada custa 5 euros.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Finda a visita, você já deve estar sentindo seu estômago nas costas. Então é uma ótima hora para se dirigir ao popular Cais da Ribeira! Saindo da igreja, pegue a esquerda na Rua do Infante D. Henrique até a esquina com a Rua Alfândega, onde vai entrar à direita. Na próxima esquina, entre à esquerda na Rua da Fonte Taurina. Você sairá na Praça da Ribeira e verá, logo à direita, o Cais da Ribeira, às margens do Douro. Fique à vontade para caminhar pelos inúmeros restaurantes de frente para o rio e escolher aquele cujo cardápio mais lhe agradar ou que melhor couber no seu bolso. Recomendamos que você prove a francesinha, um prato tradicionalíssimo da região norte de Portugal. Trata-se um tipo de sanduíche recheado com linguiça, salsicha, fiambre, bife e outras carnes que é coberto com queijo gratinado e servido com molho à base de tomate, cerveja e pimenta piri-piri.

Satisfeita a fome, volte até a Praça da da Ribeira e suba pela Rua de São João até encontrar a esquina com a Rua de Mouzinho da Silveira, onde você vai entrar à direita. Entre na primeira à esquerda, que é a Rua da Ponte Nova, e então na primeira à direita. Você terá chegado à Rua das Flores, a via mais icônica de Porto com seus prédios tradicionais decorados com pequenas varandas de ferro e fachadas de azulejo. Passeie até o fim dela e então entre à esquerda na Rua Trindade Coelho. Siga por duas quadras e então entre à esquerda na Rua dos Clérigos, muito próximo de onde você começou o passeio pela manhã. Na próxima esquina, a via se bifurca e você deve pegar o lado direito, que é a Rua das Carmelitas. Continue por ela até chegar ao número 144, endereço da famosa Livraria Lello. Este belo edifício e sua escadaria de madeira serviu como inspiração para que a escritora J. K Rowling criasse alguns dos cenários da consagrada saga do menino bruxo Harry Potter.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

O ingresso custa 4 euros. Depois da visita, saia da livraria para a direita e dobre também na esquina à direita. Logo em seguida, entre na esquerda na Praça de Gomes Teixeira. Faça uma parada para alguma fotos com a bela Fonte dos Leões com a reitoria da Universidade do Porto ao fundo. Na outra esquina da praça, fica a Igreja do Carmo. Mas olho no relógio, porque ela fecha às 18h (aos sábados às 16h e aos domingos, 13h30)! Se for preciso, visite-a primeiro e depois vá à livraria e à fonte, pois tudo está a apenas uma quadra de distância. Este belíssimo edifício na verdade abriga duas igrejas, sendo que a entrada da direita é para a Igreja do Carmo, de 1768, e a da esquerda, para a Igreja das Carmelitas, de 1628. Exemplares do estilo barroco português, os dois templos valem uma visita por dentro, mas sem dúvida a grande atração fica por fora: o enorme painel de azulejos azul e branco que cobre uma das paredes laterais.

E acabou, está encerrado o passeio do 15º dia de roteiro em Portugal. Agora é hora de beber e comer, hehe! Saia da igreja e vá para a esquerda, passando pela parede de azulejos e atravessando a rua. Em menos de um minuto de caminhada, você estará na Cervejaria do Carmo (Praça de Carlos Alberto, 124). O lugar é super simples e descolado, ideal para uma happy hour despretensiosa e regada à melhor cerveja artesanal portuguesa. Quando as pernas já estiverem descansadas e a barriga começar a roncar, é só seguir pela Praça de Carlos Alberto por mais dois minutos. Ela vai virar Rua das Oliveiras e, no número 8, você vai encontrar o Restaurante Lareira. Outro lugar bem despretensioso, quase só frequentado por locais e com um menu especializado em refeições de petiscar. Há caldos, tábuas, alheiras e pregos, um tipo de sanduíche português. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso roteiro em Porto.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 16: Porto

16º dia de roteiro em Portugal, segundo dia de roteiro em Porto. Vamos começar garantindo que a pança estará cheia ao longo do trajeto, hehe. Dirija-se à Ruas dos Clérigos – aquela por onde você passou ontem e que fica na parte dos fundos da Torre dos Clérigos – e faça uma parada no número 65A. Nele, funciona a Confeitaria dos Clérigos, um comércio bem simples e tradicional português, onde você comprar quilos de pães, salgados, sanduíches e doces deliciosos para fazer um piquenique mais tarde. Garantida a refeição, saia da padaria para o lado direito e siga andando pela mesma rua. Em uma quadra e meia você avistará, na sua esquerda, a Praça da Liberdade. Nela, você pode admirar o Monumento a D. Pedro IV, mais conhecido aqui no Brasil como D. Pedro I. A praça é toda cercada por belos prédios em estilo clássico e, no fim dela, fica a imponente Câmara Municipal de Porto.

Depois deste pequeno passeio, volte para a rua em frente ao monumento e siga até a esquina, dobrando na primeira à direita para a Avenida D. Afonso Henriques. Bem na sua frente, estará a estação ferroviária de Porto São Bento. Entre na construção de 1916 e aprecie o hall, todo decorado com azulejos azuis e brancos que retratam os transportes do passado. A próxima atração do roteiro em Portugal é a Sé da cidade. Para chegar até ela, saia da estação e vá para a esquerda, seguindo pela Avenida D. Afonso Henriques até encontrar a esquina com a Calçada de Vandoma, onde você vai entrar à direita. É só andar mais alguns metros e você estará no terreiro da catedral. A igreja-fortaleza foi erguida nos séculos XII e XIII e pode ser visitada de graça. Depois, volte pela Calçada de Vandoma e vire na primeira esquina à direita para entrar na Avenida Vimara Peres.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Agora, é só ir sempre em frente que, em poucos metros, você estará sobre a parte mais alta da Ponte D. Luís I, o símbolo e principal cartão-postal da cidade. Por esta parte da construção passam apenas pedestres e o metrô de superfície. A estrutura de ferro não lembra a Torre Eiffel à toa. Ela foi construída em 1886 por um assistente de Gustave Eiffel para ligar Porto à Vila Nova de Gaia, o bairro que fica na margem oposto ao Cais da Ribeira e onde estão localizadas as famosas vinícolas de Porto. Caminhe sem pressa, admirando a vista espetacular do Rio Douro aos seus pés e a cidade que se espalha ao redor dele. Um vez do outro lado, busque pela entrada do Teleférico de Gaia e compre um ticket apenas para descida (6 euros). O passeio dura menos de cinco minutos, mas é uma forma diferente de fazer a descida depois de dois dias batendo perna pela cidade.

Você vai sair na Estação Cais de Gaia e, deste ponto, vai começar a voltar a pé pela beira do rio em direção à ponte. Caminhe com calma, admirando as vistas do rio e o movimento nos inúmeros restaurantes estrategicamente localizados com vista para o Douro. Quando achar um ponto que lhe agrade, sente em um banquinho, na grama ou nos degraus das escadarias que levam até as águas e faça um piquenique de almoço com os deliciosas salgados portugueses que comprou lá na Rua dos Clérigos. É bom você estar com a barriga cheia para a próxima atração do roteiro em Portugal, caso contrário corre o risco de sair tontinho, hehe. Isso porque você fará uma visita à famosa Sandeman, a mais popular vinícola de Porto. Você verá um letreiro enorme com o nome da empresa na sua direita, de frente para o rio, então não tem como errar.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

As visitas guiadas às cavas custam 12 euros sem degustação, 15 com degustação dos três tipos básicos do vinho do Porto (White, Ruby e Tawny), 22 para degustação de cinco tipos e 40 euros para provar Tawnies envelhecidos por até 40 anos. Para maiores informações, consulte o site da vinícola. Depois de aprender mais sobre a fabricação e provar esta deliciosa mescla de vinho com conhaque, é hora de seguir com o passeio pela margem do rio em direção à ponte. Seu destino é o Jardim do Morro, um pequeno parque verde localizado atrás da estação do teleférico por onde você desceu no início da tarde. Para chegar até ele, basta entrar na primeira esquina à direita, então na primeira à esquerda e, na próxima, à direita, que é a Calçada da Serra. Continuando por ela, você cai na Rua Rocha Leão, exatamente onde fica o parque. Escrevendo assim, parece complicado e muito longe, mas são menos 10 minutos de caminhada basicamente subindo o morro.

Deste parque se tem uma belíssima vista para o pôr do sol sobre o Rio Douro e a cidade. Ainda temos um último lugar para ir e, sim, é para comer e beber. Para chegar até ele, dirija-se à Estação Jardim do Morro do metrô, que fica logo ao lado do parque, na Avenida da República. Pegue a Linha D em direção ao Hospital São João e desça na Estação Aliados. Pegue a direita na Avenida dos Aliados e siga até a esquina com a Rua de Elísio de Melo, onde vai entrar novamente à direita. Em duas quadras, vire à direita na Praça D. Filipa de Lencastre e, logo em seguida, à esquerda na Rua de Ceuta. Quando chegar na Rua de Sá de Noronha, entre à direita. Ela vai virar Rua das Oliveiras e, no número 75, você vai encontrar o Pipa Velha, um dos pubs mais tradicionais de Porto. Este é o point certo para se jogar nos petiscos, vinhos e cervejas portugueses até a hora da madrugada que mais lhe agradar. O 16º dia de roteiro em  Portugal termina aqui.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 17: Porto/Braga/Porto

No 17º dia de roteiro em Portugal, você vai fazer um bate-volta até a cidade mais antiga do país: Braga. De carro, são só 67 quilômetros para o norte. Se não estiver, é possível chegar a Braga saindo de Porto tanto de trem quanto de ônibus. Os trens partem da Estação Campanha a partir das 6h20 e chegam ao destino em 50 minutos. Da Estação de Braga até o Arco da Porta Nova são apenas 700 metros de caminhada. Para voltar, há composições partindo no sentido contrário até as 23h30. As passagens custam a partir de 3,20 euros o trecho. Já os ônibus saem do Campo 24 de Agosto, nº 125, a partir das 4h15 e demoram uma hora para chegar à rodoviária de Braga, que fica a apenas 600 metros da Praça da República. No entanto, os horários são bem menos frequentes do que os de trem. As passagens custam a partir de 6 euros.

Uma vez na cidade, o primeiro local a se visitar é a Praça da República, onde uma bela fonte e um letreiro com o nome da cidade dão as boas-vindas aos visitantes. Ali na praça mesmo inicia-se a Rua do Souto, a principal do centro histórico e fechada apenas para pedestres. Logo na primeira esquina, aproveite para tomar um café no tradicional Café A Brasileira, elegantemente decorado ao estilo do século XIX.  Na próxima esquina, à direita, você vai encontrar a Rua do Castelo, de onde se pode avistar a Torre de Menagem. Trata-se da única construção que restou das fortificações medievais da cidade, tendo sido erguida no século XIV. Voltando da torre e seguindo o passeio pela Rua do Souto, você vai passar pelo Largo do Paço onde verá, na sua direita, o Chafariz do Castelo e o prédio da Reitoria da Universidade do Minho.

Logo depois de passar por ele, dobre na primeira esquina à esquerda, na Rua de Nossa Senhora do Leite, então à direita na Rua Dom Paio Mendes e novamente à direita na Rua do Cabido. Você sairá na frente da Sé de Braga, sede de uma das dioceses mais antigas de toda a Europa. O templo que pode ser visto hoje é uma mistura de três estilos arquitetônicos – românico, manuelino e barroco -, originários desde sua construção no século XIII e passando por todos os acréscimos e restaurações que foram feitos no prédio até o século XX. Para conhecer a Sé de Braga é preciso pagar entrada. São 2 euros apenas para a catedral, 2 para capelas e coro alto e 3 para o museu e tesouro. O bilhete combinado para tudo sai por 5 euros. Seguindo com nosso roteiro pela cidade, é só sair à direita da Sé e andar até a esquina para encontrar a Rua Dom Diego de Souza, que é a continuação da Rua do Souto.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Na quadra seguinte, você vai chegar ao fim da peatonal, que termina no Arco da Porta Nova. Mais um marco arquitetônico da cidade, este arco de pedra em estilo barroco e neoclássico foi construído no século XVIII e marcava uma das entradas da cidade quando ela ainda era cercada por muralhas. Depois do Arco da Porta Noca, vire à direita na Rua dos Biscainhos. Logo na próxima esquina, você vai encontrar o Museu dos Biscainho, que funciona no palácio do mesmo nome. Mas o interessante aqui não é o acervo, e sim o belo jardim barroco que data de 1750. A entrada é livre de terça a domingo. Depois da visita, continue seguindo pela Rua dos Biscainhos até a Praça Conde de Agrolongo. Você vai avistar, na sua esquerda, o belo prédio barroco da Câmara Municipal de Braga, construção atribuída ao arquiteto André Soares da Silva no século XVIII.

Saindo da praça, pegue a Rua de Santo Antônio. Na próxima quadra você verá outra praça à sua direita, a do Município. Este espaço aconchegante abriga a Fonte do Pelicano e os Paços do Concelho. Na sua esquerda, você verá os fundos do Paço Arquiepiscopal. Basta entrar na Rua Eça de Queiroz e você sairá na parte frontal do edifício, junto ao Jardim de Santa Bárbara. Antigo palácio dos arcebispos de Braga, hoje ele abriga o arquivo da cidade. O edifício foi erguido nos séculos XIV e XV e tem a aparência de uma fortaleza. Em conjunto com o jardim, forma um dos cartões-postais de Braga. No seu centro, encontra-se uma fonte do século XVII encimada por uma estátua de Santa Bárbara. Depois desta bela caminhada, é hora de fazer uma pausa para o almoço. Nossa recomendação é o Frigideiras do Cantinho, restaurante especializado em um prato típico da cidade.

A frigideira é uma espécie de torta salgada feita de massa folheada e recheio de carne ou queijo. Para chegar ao Cantinho, basta seguir pela rua que passa em frente ao Jardim de Santa Bárbara – a Dr. Justino Cruz – por duas quadras, até a esquina com o Largo de São João do Souto. Depois de satisfeita a fome, é hora da última parte do passeio pelo centro histórico da cidade. Saindo do Frigideiras e indo para a esquerda, é só dobrar na primeira esquina à direita em uma passagem que não tem nome e, depois, na primeira à esquerda na Rua Dom Afonso Henriques. Siga por ela até que mude de nome para São Lázaro e encontre com a Rua do Raio. Na sua esquerda, você verá a bela fachada azulejada do Palácio do Raio, mais um belo exemplar da arquitetura barroca do século XVIII em Braga. Entrando na Rua do Raio, você chegará à Fonte do Ídolo, erguida no tempo em que Braga ainda era parte do Império Romano. Para conhecer o sítio arqueológico, a entrada custa 2 euros.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Seguindo pela Rua do Raio, você sairá na esquina da principal via da cidade, a Avenida da Liberdade. Vá primeiro para sua esquerda, para apreciar os canteiros floridos da parte que é fechada para pedestres e namorar as vitrines, pois é aqui que se concentram as principais lojas do comércio de Braga. Aproveite para fazer um lanche, tirar suas últimas fotos e se despedir do centro histórico. Se você estiver de carro, é hora de buscá-lo no estacionamento e setar no GPS o caminho de pouco mais de cinco quilômetros até o Santuário do Bom Jesus do Monte. Se não, volte pela Avenida Liberdade até encontrar a unidade do supermercado Pingo Doce. Na frente dele há uma parada de ônibus de onde sai o autocarro 2 em direção ao Bom Jesus, que é o ponto final da linha. O bilhete custa 1,65 e pode ser comprado diretamente com o motorista.

Foi numa colina coberta de árvores a leste de Braga que, em 1722, o arcebispo da cidade teve a ideia de construir uma gigantesca escadaria em estilo barroco para dar acesso ao então pequeno Santuário do Bom Jesus do Monte. Uma vez no topo da colina, você deve escolher como vai fazer a visita ao santuário: se sobe e desce de funicular, sobe de um jeito e desce do outro; ou se faz os dois sentidos caminhando. Nossa recomendação é que você suba de funicular e desça pelas escadarias. Não que a subida seja muito extenuante, mas porque o bondinho que faz a subida é uma atração à parte. Construído em 1822, ele é o mais antigo funicular movido a sistema hidráulico em funcionamento no mundo. Vindo pela estrada em direção ao santuário, você vai ver uma entrada à esquerda e uma placa que indica a entrada do funicular.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Já o ônibus deixa você no mesmo lugar. Cada trecho custa 1,20 euros, sendo ida e volta 2. Depois da rápida viagem de menos de cinco minutos, você poderá finalmente admirar toda a beleza do Santuário do Bom Jesus do Monte. Comece seu passeio pela basílica, construída em 1811 no lugar do antigo prédio do século XV. Muito amplo e bonito, o templo em estilo neoclássico é cercado por oito estátuas que representam as pessoas que estiveram envolvidas na Paixão de Cristo, como Herodes e Pilatos. Logo em frente, fica uma bela escadaria dupla curva, que leva ao Largo do Pelicano, uma espécie de pátio mais baixo. Nele, estão a Fonte do Pelicano, a Estátua de São Longuinho e canteiros floridos lindos de morrer. Olhando para o lado oposto você verá o começo a famosa escadaria. Ela tem um total de 573 degraus que descem – ou sobem – por 116 metros e está dividida em três partes: do Pórtico, dos Cinco Sentidos e das Virtudes.

Mas, antes de iniciar a descida, admire a vista incrível de Braga lá embaixo! Passado o pórtico de saída, lá embaixo, você estará de volta ao estacionamento em frente à estação do funicular, de onde poderá pegar o carro ou o ônibus de volta para a cidade. O Santuário do Bom Jesus do Monte abre todos os dias, sendo que o funicular funciona das 9h às 20h no verão, e das 9h às 19h no inverno. A entrada na basílica é gratuita e pode ser feita das 8h às 19h no verão, e das 9h às 18h no inverno. Para os interessados em assistir missas no local, elas ocorrem às 8h nos sábados e domingos, às 11h nos domingos e às 17h de segunda a sexta e aos domingos. Aqui termina o 17º dia de roteiro em Portugal, bastando fazer a viagem de volta para Porto. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso texto exclusivo sobre Braga.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 18: Porto/Lisboa

Seu 18º dia de roteiro em Portugal vai ser usado, basicamente, para se locomover de Porto a Lisboa e também para fazer a devolução do carro, caso tenha alugado um. Isso porque há farto transporte público na cidade e, sendo a capital justamente o último ponto do roteiro em Portugal, não motivos para pagar mais três diárias. A distância de 320 quilômetros pode ser percorrida em cerca de três horas. De ônibus são 3h30 de estrada e as passagens custam a partir de 19 euros. Já os trens levam cerca de 3 horas e custam a partir de 22 euros. Uma vez lá, procure seu hotel, desfaça as malas e busque um lugar para jantar. Depois, cama, que na manhã seguinte o roteiro em Portugal continua. Para saber em detalhes como visitar a cidade, com mapas, confira nosso roteiro em Lisboa. Quer sugestão de onde ficar na cidade e gastar pouco? Clique aqui!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 19: Lisboa

E, finalmente, no 19º dia de roteiro em Portugal, é hora de conhecer Lisboa! O ponto de partida do passeio é a bela e arborizada Praça do Rossio, facilmente acessível a pé para quem está hospedado na região da Baixa-Chiado e para quem vem de metrô pela Estação do Rossio (linha Verde). Rodeada por gostosos cafés e padarias, esta praça tem sido o coração de Lisboa há mais de seis séculos. Nela, se destacam o calçamento de mosaico em forma de ondas – igual ao de Copacabana -, a estátua de Dom Pedro IV no centro, as fontes monumentais de ferro fundido nas laterias e o Teatro Nacional ao fundo. Depois que tiver visto tudo, siga até o fim da praça – na direção do teatro – e pegue a Rua 1º de Dezembro, à esquerda. Logo à sua esquerda, você verá o prédio neomanuelino da Estação do Rossio, com seus arcos em forma de ferradura.

É uma caminhada de apenas cinco minutos, até a esquina com a Calçada da Glória, também à esquerda. Aqui fica uma das estações do Ascensor da Glória, um funicular que vai te levar da Baixa até o Bairro Alto. A viagem dura apenas um ou dois minutos, mas é uma experiência divertida subir a bordo dos carros de 1885, hoje totalmente coloridos por grafites. O segredo aqui é ter um cartão de transporte Viva Viagem, pois com ele você vai pagar apenas 1,45 euros para subir. Se não tiver, o bilhete comprado a bordo custa 3,70 euros. Ele vale para ida e volta, mas não vamos voltar pelo mesmo caminho e não há meia tarifa. Assim que descer do ascensor, você verá na sua direita o Miradouro de São Pedro de Alcântara. Este mirante oferece belas vistas da parte leste da cidade, incluindo Castelo de São Jorge. Um mapa em azulejo colocado no terraço ajuda a localizar os marcos de Lisboa que podem ser admirado dali.

Depois de admirar a vista e, se quiser, dar um tempinho na praça sombreada, vamos seguir até as ruínas do Convento do Carmo em uma caminhada de menos de 10 minutos. Para chegar até ele, pegue a rua do miradouro, a São Pedro de Alcântara, para a sua esquerda. Ela vai mudar de nome para Rua da Misericórdia, mas é só seguir reto até a esquina com o Largo da Trindade, onde você vai entrar à esquerda. Na esquina seguinte – Rua Nova da Trindade – dobre à direita, e na seguinte – Rua Trindade -, vire à esquerda. Pouco mais de uma quadra adiante estará a Praça do Carmo, com sua bela fonte do século XVIII, e o convento do mesmo nome. O ingresso custa 4 euros, mas você não vai visitar uma casa religiosa tradicional. Tratam-se das ruínas da maior igreja que havia em Lisboa até o grande terremoto de 1755.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Ficaram de pé apenas as paredes laterais e os grandes arcos em estilo gótico, sendo que o teto desabou sobre os fieis que assistiam à missa. No fundo da igreja, onde antes ficava o santuário, hoje funciona um pequeno museu arqueológico. Saindo do convento, pegue a rua que sai pela lateral direita da igreja – Travessa Dom Pedro de Menezes. Você vai passar pelos arcos e chegar ao restaurante Bellalisa Elevador. Mas calma que ainda não é hora de almoçar! Nesse restaurante fica a entrada superior do Elevador de Santa Justa, onde há acesso para um mirante. A entrada custa 1,50 euros e dele você poderá descortinar belas vistas de Lisboa. À esquerda está à Praça do Rossio, à frente o Castelo de São Jorge, e à direita estão a Sé de Lisboa e o Rio Tejo. Para descer de volta à Baixa, existem duas opções. A primeira, obviamente, é pegar o elevador.

Se você tem o cartão Viva Viagem, vai pagar apenas 1,45 euros pela viagem. Se não, são dolorosos 5,15 euros pelo bilhete comprado a bordo, sendo que você estará pagando por ida e volta, mas usando só a ida. A segunda opção é voltar e sair para direita do Bellalisa, por onde você pode descer até entrar no Restaurante Miradouro dos Terraços do Carmo, a céu aberto e cheio de espreguiçadeiras com vista privilegiada. No fim desse restaurante há uma porta de elevador que te leva até o térreo do centro comercial que fica logo atrás do Santa Justa. Assim, você desce de graça. Uma vez lá em baixo, não deixe de admirar o exterior do elevador, inaugurado a 10 de julho de 1902. Trata-se de um trabalho do engenheiro Raoul Mesnier de Ponsard, discípulo de Gustave Eiffel. Sua estrutura em estilo neogótico é de ferro fundido, enriquecido com trabalhos em filigrana.

Seguindo com o roteiro em Portugal, pegue a rua que sai exatamente da frente do elevador – Rua de Santa Justa – e siga por ela até encontrar a esquina com a Rua Augusta, onde entrará à direita. Esta agitada via de pedestres é a principal e mais elegante do centro histórico, com suas largas calçadas de mosaicos. Aqui você encontra muitas lojas, restaurantes com mesas nas calçadas e artistas de rua. Agora sim é hora de fazer uma pausa para o almoço, basta escolher o local que mais lhe aprouver para fazer a refeição entre as inúmeras refeições. Matada a fome, é hora de seguir com o roteiro em Portugal caminhando até o fim da via, onde fica o triunfal Arco da Rua Augusta. Ele foi construído em 1873 para celebrar a restauração da cidade depois do grande terremoto de 1755. Passando por ele e atravessando a rua, você chegará à ampla Praça do Comércio.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Essa imensa área abrigou o palácio real por 400 anos, até sua destruição no terremoto. O novo palácio foi erguido de forma diferenciada, sendo que os prédios sustentados por galerias com grandes arcadas ocuparam três lados do terreno, e não o centro. O quarto lado da praça é aberto para o Rio Tejo. No centro, fica a estátua de bronze de Rei José I. Para encerra esta parte do passeio, dirija-se para a margem, que nesta parte se chama Cais das Colunatas. Há uma praia minúscula e um píer de pedras onde é possível sentar, comprar um vinho ou uma cerveja e se preparar para uma das atrações da cidade: o pôr do sol no Tejo. Leve um casaco reforçado para aguentar o vento frio que sopra mesmo nos dias quentes de verão e aprecie o espetáculo. Depois, vá para o hotel tomar banho e trocar de roupa para a segunda parte do 19º dia de roteiro em Portugal.

O ponto de partida será a Escultura de Fernando Pessoa, que fica bem em frente ao famoso Café A Brasileira (Rua Garret, 122). Quase todos os brasileiros que vão a Lisboa querem tirar uma foto com a réplica em bronze do autor. Mas a grande atração da noite é o labirinto de ruelas coalhadas de bares e restaurantes do bairro boêmio de Alto. O ‘bububu’ fica mais ou menos entre a Rua da Misericórdia, Rua do Loreto, Rua da Rosa e a Travessa da Queimada. Você pode circular a vontade e escolher qualquer lugar para comer e beber, mas vamos também dar duas sugestões para esta primeira noite. Uma delas é o Pub Português, que fica na Rua da Barroca 15. Para chegar até ele saindo do Fernando Pessoa, é só seguir até a esquina e dobrar à direita e esquerda para pegar o Largo do Chiado. Na próxima esquina, entre á direita da Rua da Misericórdia.

Entre na segunda à esquerda – Travessa da Espera – e ande quatro quadras até a esquina com a Barroca, à esquerda. No Pub Português você encontra boas cervejas e comida no estilo petisco servidas em panelinhas de ferro e que são uma delícia. Você pode encerrar a noite aqui mesmo ou fazer como os lisboetas, que depois de comer saem de bar em bar, bebendo uma sangria aqui, um vinho ali, até cansar. Um dos lugares mais baratos para fazer isso é o Bar Oitonove, que fica no número 89 da mesma rua. É um local agitado e muito procurado por jovens exatamente pelos seus bons preços. Assim como na maioria dos bares do Alto, o espaço interno é mínimo e nada agradável. A pedida é buscar sua bebida e ficar degustando na rua mesmo, como todo mundo faz. Recomendamos a sangria de espumante. Depois, sim, é hora de voltar para o hotel em definitivo e encerrar mais um dia de roteiro em Portugal!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 20: Lisboa

O 20º dia de roteiro em Portugal também será dedicado à capital do país. O passeio começa no Cais do Sodré, a estação de trem que fica bem próxima da Praça do Comércio. Nela, você vai pegar o trem para Belém. Os comboios saem a cada 20 ou 30 minutos dependendo do horário e a passagem custa 1,30 euros. O destino final dos vagões é a praia de Cascais, mas você vai desembarcar muito antes. Basta passar as estações Santos, Alcântara-Mar e a seguinte já será Belém. É neste bairro a 7 quilômetros do centro e à beira do Rio Tejo, que estão localizadas algumas das principais atrações turísticas da cidade. A começar pelo incrível Mosteiro dos Jerônimos. Para chegar até ele, basta sair da estação para o lado contrário do rio. Siga pela avenida por mais alguns metros e você verá um parque à sua direita.

É o Afonso de Albuquerque, e você deve atravessá-lo até o outro lado. Você vai sair na Rua de Belém e ir para a esquerda. Cerca de 500 metros adiante, do outro lado da rua, avistará toda a imponência da fachada do mosteiro. O prédio foi encomendado em 1501 pelo Rei Manuel I e é considerado o ponto alto da arquitetura manuelina. Marco da Era dos Descobrimentos, que elevou Portugal à categoria de ‘dono’ da metade do mundo, sua construção foi em grande parte financiada pelas riquezas geradas pelo comércio de ouro e especiarias vindos das colônias. A visita pode ser feita em duas partes. Na primeira, vamos conhecer na Igreja de Santa Maria Belém, cuja entrada é gratuita. Procure as placas que sinalizam a fila para o templo e espere a sua vez.

Você vai se impressionar logo de cara com a imensa nave da igreja, cuja abóboda é sustentada por seis imensos pilares que a erguem a 30 metros de altura. Logo na entrada também se encontram os túmulos de Vasco da Gama (sob o coro esquerdo) e de Luís de Camões (sob o coro direito), ambos do século XIX. Mais ao fundo da igreja, no braço direito do transepto, está a sepultura vazia do lendário Dom Sebastião. O jovem rei nunca voltou de uma batalha em 1578 e foi esperado pelo povo português durante anos e anos, na esperança de que seu retorno salvasse o país. Encerrada a visita ao templo, é hora de voltar às filas e desta vez seguir as placas para o mosteiro propriamente dito. Aqui é preciso pagar uma entrada de 10 euros. A grande atração desta parte é sem dúvida o claustro de dois andares, todo decorado com a profusão de símbolos e desenhos intrincados característicos do estilo manuelinos.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Mas também é possível ver o antigo refeitório dos monges, os confessionários, a Sala do Capítulo, a sacristia e o coro alto da igreja, de onde se tem uma bela visão da parte superior da nave. Como você deve ter percebido, não se trata de uma visita curta! Por isso, se já estiver com fome, recomendamos que escolha um dos restaurantes da Rua de Belém para fazer sua refeição. Ou compre um lanche nas inúmeras padarias locais e leve para a Praça do Império, que fica logo em frente ao mosteiro, para fazer um piquenique. A praça é cheia de canteiros floridos, fontes e um grande chafariz bem no centro. Vale a visita durante o almoço ou depois dele. Mas, antes de seguir para a próxima parada do 20º dia de roteiro em Portugal, existe mais um lugar na Rua de Belém onde você deve ir.

Trata-se da Pasteis de Belém, a loja original do século XIX cuja receita única deste doce típico português o tornou uma iguaria famosa no mundo todo. A padaria funciona no número 84-92 e costuma ter filas quilométricas na frente. Se você quiser entrar e comer sentado no salão, vai precisar de uma bela dose de paciência. Mas é claro que o sabor dos pastéis acompanhado de um bom café sempre vale a pena. Quem prefere apreciar o seu ao ar livre, vai descobrir que a fila da compra para pronta entrega é longa, mas muito, muito rápida. Os pasteis de Belém estão sempre crocantes, fresquinhos e são acompanhados de sachets de açúcar e canela. Uma delícia inigualável que sai por apenas 2 euros a unidade! Você pode levar para comer na Praça do Império ou mesmo na próxima atração do passeio, que é a famosa Torre de Belém.

Para chegar até ela, é só pegar a Rua de Belém, passar pelo mosteiro, pela praça e seguir reto até encontrar a esquina com a Rua Praia do Bom Sucesso, onde você deve entrar às esquerda. Um pouco mais adiante, vai virar novamente à esquerda na Travessa da Saudade, que vai te levar até uma passarela onde cruzar por cima da Avenida da Índia. Deste ponto você já terá avistado uma grande área verde na sua direita, e a torre lá na beira do Rio Tejo. A caminhada toda dura menos de 20 minutos (1,3 quilômetros). Mas não vá direto para a fila na entrada da torre, que costuma ser enooooooorme. Procure pelo quiosque que vende ingressos ali na área verde mesmo, a alguns metros de distância. Costuma estar vazio e o preço é o mesmo: 6 euros. Depois disso, sim, pode entrar neste que talvez seja o maior símbolo e cartão-postal da cidade.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

A Torre de Belém foi construída estrategicamente na margem norte do Rio Tejo para a defesa de Lisboa. Erguida entre 1514 e 1520, é outra das jóias arquitetônicas do reinado de Dom Manuel I. Do lado de fora, os destaques são as sacadas trabalhadas, as torres de vigia em estilo mourisco e as ameias em forma de escudo. Do lado de dentro, ela é menor e menos impressionante do que seu exterior promete. Destaque para a estátua de Nossa Senhora do Bom Retorno, no pátio, e para as vistas que se descortinam do terraço da torre. Depois da visita, é hora de partir para a última parada em Belém do roteiro em Portugal. Trata-se do Padrão dos Descobrimentos, um impressionante monumento de 52 metros de altura erguido também às margens do Tejo em homenagem ao Rei Henrique, o navegador, e outros personagens que impulsionaram as navegações.

Para chegar até ele, basta voltar em direção ao mosteiro, mas pela beira do rio. Basta contornar a marina e seguir reto por menos 1 quilômetro. Você verá o monumento desde a torre, não há como perder. Erguido em 1960, ele tem a forma de uma caravela em cuja proa está Henrique, com uma pequena caravela nas mãos. Atrás dele, dos dois lados, estão estátuas de pedra de outros grandes nome da era dos descobrimentos portuguesa, como Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, Camões e o nosso velho conhecido Pedro Álvares Cabral. Na área atrás do monumento, é possível admirar no chão um enorme mosaico que retrata uma bússola antiga. Tudo compõe um conjunto impressionante e que fica ainda mais admirável na hora do pôr do sol, quando a pedra branca do Padrão parece se colorir de rosa junto com o céu e o Tejo.

Aqui se encerra o passeio em Belém, é só seguir reto pela Avenida da Índia e você chegará de volta à Estação Belém de trem. Hora de voltar ao hotel para um bom banho e uma relaxada antes de voltar ao Bairro Alto para mais uma noite de boemia portuguesa. Desta vez, nossa recomendação para o jantar é o Primavera do Jerónimo, um minúsculo e delicioso restaurante bem português que fica na mesma Travessa da Espera por onde passamos na noite anterior (número 34). A cerveja não é das mais geladas, então peça vinho. Para comer, deixamos de sugestão a alheira com ovo e batatas fritas. Depois, você já sabe: faça como os portugueses e vá beber um copo em cada bar que achar interessante. A noite só termina quando você quiser, mas lembre-se que ainda tem muita perna para bater no último dia de roteiro em Portugal!

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Roteiro em Portugal – Dia 21: Lisboa

O terceiro dia em Lisboa será também o último do roteiro em Portugal! Levante cedinho, vá para a Estação do Rossio e pegue o primeiro trem que puder para Queluz, na região metropolitana. Os comboios tem como destino final a cidade de Sintra, mas você vai descer bem antes, na Estação Queluz-Belas. São menos de 20 minutos de viagem e a passagem custa 1,60 euros. Uma vez na estação, saia pelo lado direito e pegue a Avenida António Ennes. Quatro quadras à frente, ela vai virar Avenida da República. É só seguir reto e reto até dar de cara com a primeira atração: o Palácio de Queluz. A caminhada totaliza 1 quilômetro e pode ser feita em menos de 15 minutos. O ingresso custa 10 euros para o palácio + jardins. Antigamente um pavilhão de caça, o prédio foi convertido em 1747 em um refúgio de verão para a família real portuguesa no estilo rococó.

Entre os personagens conhecidos por nós, brasileiros, que viveram lá, estão Dona Maria I, a Louca, Dom João VI e Dom Pedro I. Fica em Queluz, aliás, o quarto onde nosso primeiro imperador nasceu e morreu. O aposento é lindo de chorar no cantinho, com um teto em forma de abóbada, paredes cobertas de pinturas e chão de madeiras exóticas. Por dentro destacam-se ainda o Corredor de Azulejos, a Sala dos embaixadores e a suntuosa Sala do Trono. Por fora, os jardins do palácio seguem o estilo formal francês e são decorados com canteiros simétricos floridos, estátuas e muitas fontes. Depois de conhecer esta joia escondida, você pode voltar para Lisboa pelo mesmo caminho que veio. Uma vez desembarcado no Rossio, saia da estação, atravesse a praça do mesmo nome e pegue a Rua da Betesga. Logo à frente, na Praça da Figueira, você verá um ponto de bonde elétrico. Pare ali e espere o de número 28.

Foto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl/Escolha Viajar

Pode usar o cartão Viva Viagem para pagar a passagem ou comprar a bordo, mas aí sai por 2,90 euros o trecho. Desça no Largo das Portas do Sol e procure pela placa que indica o início do caminho para o Castelo de São Jorge, através do Beco do Maldonado. Muitos turistas estarão indo para lá, então não tem como errar. São cerca de 250 metros de ruelas labirínticas até chegar ao Arco do Castelo, onde fica a bilheteria. O ingresso custa 8,50 euros. Logo após passar pela entrada, você estará no Bairro do Castelo, onde os moradores mantém lojinhas fofas e vivem em casas antigas, com fachadas descascadas, vasos de plantas nas janelas e roupas estendidas nos varais. Vale perder algum tempo passeando por elas e tirando fotos. Depois, pode subir para a área do castelo propriamente dito. Esta cidadela fortificada foi construída no alto da colina durante o período de dominação árabe na Península Ibérica, tendo sido tomada dos mouros na reconquista de Lisboa, em 1147.

O Rei Afonso Henriques transformou o antigo castelo na residência da família real portuguesa, que ali viveu por mais de 500 anos. Depois do terremoto de 1755, a fortaleza ficou em ruínas e acabou abandonada. Seu restauro aconteceu apenas na década de 1930, quando os muros medievais foram acrescidos de jardins e voltaram a atrair moradores e visitantes para as redondezas. São esses jardins que você verá primeiro, junto ao terraço onde ainda estão dispostos os antigos canhões e de onde se descortinam belíssimas vistas da capital portuguesa. Em seguida, você pode visitar o castelo, que na verdade é pequeno e não muito impressionante para quem já viu outras fortalezas medievais ou mesmo o Castelo dos Mouros, em Sintra. Mas o passeio pelo alto das ameias é sempre divertidos. Encerrada a visita a São Jorge, volte pelo mesmo caminho de onde veio para fazer uma pausa para o almoço no Portas do Sol.

O largo tem um quiosque com mesinhas ao ar livre e um mirante com vista para o Tejo. É o lugar ideal para tomar uma cervejinha gelada, comer um lanche e recuperar as forças antes de iniciar a descida em direção à Alfama. É só seguir pela rua que vai para baixo que, logo em frente e à esquerda, estará o Miradouro de Santa Luzia, que vale mais uma rápida parada para fotos sob a pérgola branca coberta por flores. Depois é só continuar indo reto ladeira abaixo, literalmente, para chegar à próxima atração do roteiro em Portugal: a Sé. São cinco minutos de caminhada pela Rua do Limoeiro, que vai virar Rua Augusto Rosa, e você verá o imponente edifício de pedra à sua esquerda. O mesmo Rei Afonso Henriques a mandou construir, em 1150, para ser a sede do episcopado da capital. O prédio original foi duramente atingido por nada menos do que quatro terremotos, e muito do que se vê hoje dele é reconstrução.

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

Por dentro, a nave é bastante obscura e despida de atrativos. Por fora, suas torres em estilo românico servem como pano de fundo perfeito para fotos com os bondes elétricos que descem desde o castelo e seguem em direção à Praça do Comércio. E se você é devoto de Santo Antônio, este roteiro em Portugal tem uma atração especial. Poucos metros à frente da catedral, ainda no Largo da Sé, se encontra, à sua direita, a Igreja de Santo Antônio à Sé. Trata-se nada mais, nada menos do que o templo construído onde se acredita que ficava a casa onde ele nasceu. A igreja em si é relativamente nova e não muito bonita, então se você não tem interesse em fazer uma oração ao santo casamenteiro, pode pular essa parte do roteiro. Se for, entre no corredor à esquerda e desça até a cripta, que foi tudo o que restou do templo original e onde se encontra o relicário de Santo Antônio.

Hora de seguir para a última parte diurna do roteiro. Saia da igreja para a esquerda, atravesse a rua e pegue a Travessa de Santo Antônio da Sé. Ela faz uma curva à esquerda e outra à direita até chegar na Rua Canastras, onde você entra à esquerda, e então à direita na próxima esquina – Rua Arco Portas do Mar – e à esquerda na seguinte – Rua dos Bacalhoeiros. No número 10 fica a Casa dos Bicos, uma curiosa residência de 1523 com sua fachada recoberta por pedras em forma de bicos. A partir daqui, vamos iniciar uma caminhada pelo Bairro da Alfama sem guia de ruas. Isso porque o gostoso deste bairro tão tradicional – localizado entre o castelo e o Rio Tejo – é exatamente se perder por ele! Seu traçado muito antigo, ainda do tempo dos mouros, resultou em um emaranhado sem fim de ruelas coloridas por prédios e casas com flores nas janelas e roupas estendidas em varais suspensos.

Entre o sobe e desce pelas escadarias pela colina abaixo e acima, pipocam pequenos restaurantes típicos, padarias, casas de fado e bares. Sinta-se livre para percorrer Alfama da forma como lhe aprouver e até os pés cansarem. Depois disso, volte para o hotel para aquele banho e um pouco de descanso antes de voltar ao Alto. É claro que não poderíamos deixar o bairro boêmio de fora da última noite do roteiro em Portugal! A sugestão hoje é um jantar não tão típico de Portugal, mas muito gostoso. O Restaurante Cabaças oferece um cardápio de carnes que você mesmo cozinha na pedra quente que eles levam para a sua mesa. É tão gostoso que, mesmo no calor escaldante do verão português, vale a pena experimentar. O Cabaças fica muito perto do Café A Brasileira, na Rua das Gáveas 8. E o roteiro em Portugal termina por aqui, a noite no Alto é sua para aproveitar como quiser!

Foto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

© Fornecido por Escolha ViajarFoto: Ticiana Giehl e Marquinhos Pereira/Escolha Viajar

O post Roteiro em Portugal: 21 dias de viagem do Algarve até Porto apareceu primeiro em Escolha Viajar.

About The Author

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *