Fausto de Andrade será o terceiro presidente do banco no governo de Jair Bolsonaro. Mais cedo, o atual presidente, André Brandão, pediu renúncia do cargo.
O Ministério da Economia indicou nesta quinta-feira (18) o atual diretor da BB Administradora de Consórcios, Fausto de Andrade, para a presidência do Banco do Brasil.
A indicação ocorre no mesmo dia em que o atual presidente do banco, André Brandão, pediu renúncia do cargo.
De acordo com o blog da Ana Flor, o presidente Jair Bolsonaro queria para a vaga de Brandão alguém com perfil parecido com o do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Isso significaria alguém que valorize o papel social do banco. O presidente vinha demonstrando insatisfação com Brandão depois que o Banco do Brasil anunciou, em janeiro, fechamento de agências pelo país e programas de demissão voluntária.
Presidente do Banco do Brasil, André Brandão, pede demissão
Fausto de Andrade será o terceiro presidente do Banco do Brasil em menos de um ano. Brandão, nome bem visto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, assumiu em setembro de 2020, após renúncia de Rubem Novaes.
Segundo o Ministério da Economia, o nome de Ribeiro será encaminhado ao Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade do BB.
O estatuto social do banco estabelece que o presidente do Banco do Brasil é nomeado pelo presidente da República.
Perfil
Ribeiro é servidor do Banco do Brasil desde 1988. É formado em Direito e Administração de Empresas, tem especialização em finanças internacionais e pós-graduação em Economia.
Ele assumiu o atual cargo de diretor presidente da BB Consórcios, subsidiária do BB, em setembro de 2020. Antes, ele estava na função de gerente executivo da Diretoria de Contadoria.
Baixas na equipe econômica
Brandão é o nono ocupante de cargo estratégico na equipe econômica montada pelo ministro Paulo Guedes a deixar o cargo. Veja os demais:
- junho de 2019: Joaquim Levy, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
- setembro de 2019: Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal (demitido)
- junho de 2020: Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro (único a assumir o cargo antes da chegada de Guedes; ele pediu para sair em junho, mas a exoneração foi publicada pelo governo no mês seguinte)
- julho de 2020: Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil
- julho de 2020: Caio Megale, ex-diretor de programas da secretaria de Fazenda
- agosto de 2020: Salim Mattar, secretário especial de Desestatização
- agosto de 2020: Paulo Uebel, secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital
- março de 2021: Wagner Lenhart, secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal
Fonte: g1.globo.com