Os produtos são da Coobec, mais uma cooperativa confirmada no Trilhas para São Paulo
A Coobec – Cooperativa dos Beneficiadores de Castanhas – do interior do município de Itabaiana, em Sergipe, também tem participação confirmada no Trilhas para São Paulo, criado para facilitar a comercialização de produtos oriundos de quatro biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica – para o Estado de São Paulo, com enfoque na região Metropolitana. O projeto é resultado da parceria entre o Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental e o Instituto Conexsus – Conexões Sustentáveis -, que oferecem uma série de vantagens para aproximar os fabricantes de produtos agroecológicos, feitos de forma artesanal, do mercado paulista.
Para esta ação a Coobec trará castanha de caju beneficiada, de forma artesanal, com valor agregado ao produto, daí os integrantes da cooperativa produziram castanha doce, castanha salgada, castanha apimentada, além claro, da castanha artesanal, carro-chefe da produção. Além dos produtos separados, eles também o trarão em forma de combo, com as quatro variedades da castanha, já embaladas em caixa de presente. Por fim, também trarão o licor de castanha.
“De forma resumida participar do projeto tem vários objetivos. A curto prazo, claro, a meta é vender de forma direta para consumidor na maior cidade do país, que é São Paulo. A longo prazo a gente deseja atender os supermercados e delicatesses da região”, comenta Maria Cristina da Silva, presidente da cooperativa.
Coobec – Cooperativa dos Beneficiadores de Castanhas
Há mais de 50 anos a comunidade do Carrilho, no interior do município de Itabaiana, Sergipe, beneficia castanhas de caju; tradição passada de pai para filho e que garante o desenvolvimento desta pequena comunidade. Resultado de um processo artesanal de torrefação, as castanhas do Carrilho são comercializadas hoje em todo o litoral brasileiro, com um sabor diferenciado e irresistível.
Com o passar dos anos foi identificado à necessidade de melhoria e organização deste processo. Em maio de 2013 foi criada a Cooperativa dos Beneficiadores de Castanha – COOBEC, com o apoio de instituições como: PRONESE, BNDES, INSTITUTO VOTORANTIM, Programa ReDes, SEBRAE e outros parceiros que se uniram para favorecer as famílias envolvidas nesta atividade.
Hoje a cooperativa conta com a participação de 28 cooperados e uma produção mensal de duas Toneladas. A COOBEC tem capacidade de expandir ainda mais a sua produção, atingindo grande mercados sem perder, contudo, sua principal característica, o verdadeiro sabor da castanha, produzida artesanalmente; garantia de uma qualidade insuperável.
O passo a passo para o Trilhas para São Paulo
O Instituto AUÁ por meio do Armazém Biomas, (sede do Auá), situado em Osasco, região estratégica para a logística é responsável pelo armazenamento, comercialização e distribuição dos produtos da Coobec e dos outros Negócios Comunitários integrantes do Trilhas para São Paulo, tanto para o canal varejo como para o canal B2B.
Para Gabriel Menezes, presidente do Instituto Auá, “o Trilhas para São Paulo é uma excelente oportunidade de expansão do trabalho que o Instituto já realiza com os produtores artesanais do Bioma Mata Atlântica, alcançando agora os demais biomas brasileiros, a abertura de novos canais de vendas para os produtos da sociobiodiversidade brasileira, fortalecendo as organizações integrantes da Iniciativa proporcionando aos consumidores o acesso a alimentos saudáveis, sustentáveis e de origem”.
Uma das primeiras ações foi a realização de uma conversa de alinhamento das expectativas com cada um dos negócios comunitários com a solicitação de um levantamento da disponibilidade. A ideia era entender a capacidade de produção e quais produtos poderiam ser comercializados no mercado paulista. “Precisávamos conhecer os negócios comunitários selecionados, a capacidade produtiva e de infraestrutura de cada um e o funcionamento da logística de cada um deles para São Paulo, visando o atendimento dos pedidos agenciados e de distribuição via Instituto Auá”, comenta Maurício Santos, Coordenador de Gestão do Instituto Auá.
Pedro Frizo, Líder de Assessoria a Negócios Comunitários da Conexsus, destaca: “Temos grandes expectativas quanto aos futuros resultados e aprendizados do Trilhas para São Paulo, uma vez que entendemos que a iniciativa vai muito além da comercialização em si. Esperamos que ela contribua para a formação de uma rede de parceria comercial entre negócios comunitários e estabelecimentos comerciais e industriais em São Paulo, promovendo a diversificação de mercados para cooperativas e associações e reduzindo os custos de acesso destes negócios à maior metrópole brasileira. Por outro lado, esperamos que essa iniciativa contribua também para ampliar o acesso a alimentos saudáveis no município, de produção sustentável e que tenham impacto positivo sobre a conservação dos biomas. Vale ressaltar que acreditamos que ações como essa podem ser escalonadas e aplicadas em outros contextos urbanos como solução possível para uma melhor conexão de empreendedores e empreendimentos do campo e da floresta com a cidade”.
Instituto Auá
É uma ONG, criada em 1º de maio de 1997, como um movimento para reconhecer a reserva da biosfera do cinturão verde de São Paulo. Inicialmente com o nome de Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica (AHPCE).
Em 2014, passou a se chamar Instituto AUÁ de Empreendedorismo Socioambiental, mantendo o compromisso da mobilização comunitária para o desenvolvimento sustentável, em especial com a conservação da Mata Atlântica pela agroecologia.
O Instituto AUÁ, que em Tupi significa Gente, é reconhecido por suas ações por diferentes organizações internacionais, como UNESCO, Banco Mundial, Slow Food e WWF – World Wild Foundation.
Instagram: @institutoaua | Facebook: institutoaua
Vídeo Institucional – 20 anos do Instituto AUÁ
Mais informações sobre o Trilhas para São Paulo acesse: