Iniciativa pretende gerar novas oportunidades e qualificação profissional para fazer a economia crescer.
A Agência de Fomento Empresarial (AGFE) foi lançada em Mogi das Cruzes nesta quinta-feira (26). Um dos objetivos da iniciativa é gerar novas oportunidades e qualificação profissional para fazer a economia crescer. A iniciativa conta com a participação de 13 grandes empresas da região.
Cerca de 40 mil negócios formalizados movem atualmente a economia de Mogi das Cruzes. Entre eles estão estabelecimentos ligados ao setor de empresas, serviços, indústrias, construção civil e agropecuária.
A AGFE pretende interligar as demandas desses negócios em relação à mão de obra e matéria-prima umas das outras. O objetivo é que nenhuma empresa precise buscar nada em outras cidades. Ou seja, com setores unidos e comprando entre si, é mais dinheiro concentrado na região.
“Uma maneira desse dinheiro circular é obviamente fomentando esses empreendedores para que eles forneçam para essas grandes empresas. Outro ponto importante, na média, as empresas de Mogi empregam 51% dos funcionários que moram na cidade. Então, 49% estão vindo de fora de Mogi. Muito provavelmente nós não temos mão de obra qualificada, suficiente para atender essa demanda e a gente precisa, também, criar essa mão de obra”, explica Claudio Costa, diretor da AGFE.
A ideia é também alavancar o empreendedorismo e criar estratégias para ajudar os empresários de várias formas; incluindo a representação de empresas associadas quando houver demanda de assuntos ligados ao poder público. Além dos investimentos em vários setores dessas empresas.
“A gente tem bastante recursos dentro da associação dessas empresas de hoje. Investe em tecnologia, investe em inovação, investe em serviço, investe em qualificação, investe em práticas SG. Se a gente combinar todos esses investimentos, de maneira organizada, todos ganham”, acredita o diretor geral da Ponse Fernando Campos.
E onde há incentivo, também tem investimentos. Inclusive um conselho da União Europeia, especialista em inovação tecnológica em outros países, está de olho em Mogi das Cruzes. Até porque a cidade tem um polo de tecnologia de produção de software, algo raro no Brasil.
“Especificamente em Mogi, nós estamos coordenando um projeto para fazer em Mogi uma cidade digital. E o que vem a ser uma cidade digital? Não somente para aumentar a melhora do serviço e a eficiência dos serviços operantes para o cidadão de Mogi das Cruzes, mas, principalmente, o polo digital visa a capacitação de novas iniciativas, como uma fábrica de software, como o próprio logístico, uma vez que Mogi é o centro logístico”, avalia o Consul de Luxemburgo Jan Einchbaun.
É boa notícia para quem produz hoje, e previsão de horizonte positivo para economia. “Isso fortalece de um ambiente, de um ecossistema favorável para geração de emprego e renda. A nossa ideia e, agora, junto com a AGFE é tornar Mogi cada vez mais atrativa para realização de novos negócios”, afirma o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha.
E se estamos falando em integração de demandas, o principal foco desse projeto já tem planos para essas parcerias.
“Vão desde coisas comuns, como aquisição de energia e a gente perceber que existem demandas comuns, como a compra em grande escala e oportunidade de juntar demanda para poder fazer contratos de grande porte”, observa o presidente da Hoganas, Adriano Machado.
O representante da Rud Correntes, Daniel Knudsen, também está otimista com a iniciativa. “Nós queremos aumentar a quantidade de fornecedores locais das nossas empresas, das nossas maiores empresas da região e melhorar as condições de vida da população, da comunidade como um todo.”
O diretor executivo da JSL, Fábio Velloso, destaca que a união é sempre positiva. “A gente costuma dizer na empresa que sozinho a gente vai mais rápido, mas junto a gente vai mais longe. Então, eu acho que juntas as empresas da região vão conseguir ir mais longe.”
Fonte: G1
