Por: Lúcia Alves
O dia 2 de fevereiro amanheceu com uma energia especial no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Baianos e turistas se reuniram em uma das mais tradicionais celebrações da cultura afro-brasileira: a Festa de Iemanjá, que em 2025 completou 103 anos de história.
Com o tema “Renascer com as Águas de Yemanjá”, a festa trouxe um forte simbolismo de renovação e gratidão à Rainha do Mar, mobilizando milhares de devotos que levaram flores, perfumes e presentes como forma de homenagem.
A celebração começou na madrugada de sábado com a entrega do presente de Oxum no Dique do Tororó. Já na madrugada de domingo, a oferenda principal de Iemanjá foi retirada do Terreiro Olufanjá e conduzida até a Colônia de Pesca Z1, onde a alvorada de fogos anunciou oficialmente o início da festa.
Rituais, Cultura e Emoção
Desde cedo, as ruas do Rio Vermelho foram tomadas por um mar de fiéis vestidos de branco, embalados pelos toques dos atabaques e cânticos religiosos. O clima de devoção misturava-se à alegria da celebração, em uma conexão profunda entre fé, cultura e identidade baiana.
O ponto alto do evento foi a entrega da oferenda principal, conduzida pelos pescadores até uma embarcação que seguiu para o Buraco de Iaiá, a três milhas náuticas da costa. Esse momento simboliza o agradecimento e os pedidos de proteção a Iemanjá, reforçando a relação espiritual e cultural entre os devotos e o mar.
Experiência única para turistas
A Festa de Iemanjá vai além de um evento religioso: é uma experiência marcante para aqueles que visitam Salvador. Turistas do Brasil e do mundo se encantam com a força dessa tradição, vivenciando de perto o sincretismo religioso, a energia do povo baiano e a beleza desse grande espetáculo a céu aberto.
Com suas cores, ritos e emoções, Salvador reafirma sua posição como um dos principais destinos turísticos do país, proporcionando momentos inesquecíveis para quem participa dessa celebração única.